Developer: Ubisoft
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One
Data de Lançamento: 20 de março de 2018
Eu não sei porquê, mas a minha equipa está sempre a mandar-me ao mar… Será isto um sinal?! Provavelmente sabiam que eu tinha feito a análise ao Assassin’s Creed Rogue quando saiu para a PlayStation 3 e Xbox 360 e agora lanço-me ao mar outra vez com a remasterização que chega à nova geração.
Aquilo que eu considero uma remasterização, isto é, todo o plano gráfico foi remodelado ou retocado para assinalar a verdadeira passagem para as novas consolas, aliás, se se recordam, há 3 anos e meio, tínhamos o Assassin’s Creed Rogue a surgir para PlayStation 3 e Xbox 360 e ao mesmo tempo o Unity para PlayStation 4 e Xbox One, e com tantos bugs que o Unity tinha, o Assassin’s Creed Rogue acabou por ser um jogo melhor em vários aspectos mas numa consola inferior. Foi por isso que fiquei todo contente em ver o Assassin’s Creed Rogue Remastered a levar este facelift e podê-lo jogar como deveria ser jogado, com alta qualidade e podendo desfrutar do terramoto de 1755 à séria.
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Antes de irmos às questões técnicas e até para aqueles que não jogaram a versão original, dizer que o jogo conta a história de Shay, um assassino que comanda o navio Morrigan e passa por confrontos ideológicos conforme os factos se desenrolam, que o faz “virar a casaca” e se unir aos Templários, eles que detêm dois artefactos misteriosos que terá de procurar. Uma misteriosa caixa e um livro que a interpreta e que lhe vão acabar por dar as coordenadas da cidade de Lisboa, em Portugal. É isto muito resumidamente para não estragar nada, mas vai ser giro verem as ligações de locais ou personagens com o Assassin’s Creed Black Flag, por exemplo.
Como disse a jogabilidade não levou alterações, portanto vão voltar a contar com furtividade, combate corpo a corpo, muitos coleccionáveis para procurar, tesouros mergulhar por entre navios afundados e andar à caça de baleias ou tubarões. Mas mais importante do que isso tudo é poder voltar a navegar um barco pirata e disparar sobre os outros barcos, epah que divertido que isso é!
Esta remasterização segue o mesmo conceito usado na conversão de Assassin’s Creed Black Flag da PlayStation 3/Xbox 360 para a PlayStation 4/Xbox One. Ou seja, não vai tocar em nada que seja relacionado com a jogabilidade, mas melhorando o visual em todos os pontos possíveis. O que eu na verdade até prefiro, por exemplo, o parkour volta a ser automático e a corrida está mapeada no gatilho direito, acho que torna o jogo mais rápido, mais fluído, mas isto sou eu.
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A PlayStation 4 e a Xbox One correm o jogo a 1080p, Assassin’s Creed Black Flag corria a 900p na consola da Microsoft, sendo que ao que sabemos apenas a qualidade da anti-aliasing distingue as duas versões, a imagem está ligeiramente pior na Xbox One, apesar da resolução ser a mesma. Isto também se aplica às duas versões mais poderosas: a Xbox One X e a PlayStation 4 Pro conseguem 4K nativa – um aumento de 4x na resolução, mas a X produz arestas ligeiramente mais recortadas. É uma grande melhoria na qualidade de imagem sobre as anteriores consola, especial sobre a 1200×688 da Xbox 360. Além da 4K, as sombras dinâmicas recebem uma forte melhoria na Xbox One X, onde estão mais nítidas e numa resolução superior à do PC.
Para além das melhorias dizer ainda que vão poder contar com duas missões single player, uma de exploração e investigação e outra de conquista de um forte, dois pacotes de personalização para Shay e oseu navio “Morrighan” e os tradicionais desbloqueáveis, via Ubisoft Club, sim coisas como os fatos de Altair ou até de Abyek vão estár disponíveis.
Assassin’s Creed Rogue Remastered ganhou finalmente o tratamento que merecia, e poderia ter sido um enorme sucesso na altura em que foi feito, pois poderia ter feito melhor figura que o Unity. A Ubisoft terá aprendido com os erros e devolvido todo o fulgor e destaque que este jogo merecia, apesar de datado em alguns pormenores, o que é normal, mas continua a ser um dos meus favoritos.