Em EverOasis somos postos na pele de um pequeno seedling que dadas as circunstâncias se vê na obrigação de ser o chefe do último oásis no deserto. Como chefe devemos garantir a sobrevivência e aumento deste nosso pedaço da paraíso. Para isso devemos explorar o mundo lá fora e angariar novos residentes para a nossa aldeia. Esta é a premissa base deste RPG de acção. E desenganem-se pelo ar fofinho das personagens, o jogo começa de uma forma algo trágica e a jogabilidade apesar de fácil, requer alguma tática que aos mais novos passará ao lado.

 

O jogo começa por nos explicar como cuidar de um oásis, através de pequenas coisas como limpar o espaço, satisfazer as necessidades dos nossos habitantes, de uma forma sem preocupação pois não é o nosso espaço. Até que numa reviravolta ficamos sós, num novo oásis onde juntamente com um ser de água ( nós como disse acima somos seedlings, pequenas sementes) criamos o nosso próprio oásis. A partir daí aprendemos com este ser e da forma mais “difícil” o que realmente é necessário para cuidar o nosso espaço. 

Começamos com pequenas coisas, encontrar pessoas, encontrar os seus items preferidos, e vamos abrindo lojas que chamam outras pessoas. Aqui começa a entrar a gestão, temos de ver o que os nossos habitantes gostam e tentar fornecer-lhes isso, de forma a que fiquem felizes e fiquem mais tempo, da mesma forma devemos tomar atenção ao que eles têm a dizer para encontrar-mos outros habitantes, ou até segredos deste mundo vasto, ou não muito, mas já lá vamos. 

 

Publicidade - Continue a ler a seguir

É aqui que este RPG diverge de alguns dos restantes, esta necessidade de salvar o mundo é quase secundaria e damos por nós preocupados com o nosso pequeno mundo, a nossa aldeia e o que a faz girar.

Preocupamo-nos com o que os nossos aldeões precisam, com o que os faz feliz, isto faz com que a aldeia suba de nível e tenhamos mais habitantes, logo temos mais preocupações, e também mais companheiros de viagem.

 

Mas como disse acima o mundo não é a aldeia. É também o deserto que a rodeia, as masmorras em forma de grutas que a rodeiam também. Aí encontramos alguns perigos, algumas criaturas que foram domadas por espíritos malignos que devemos combater e libertar. Aí também encontramos alguns novos habitantes e alguns companheiros de viagem que tem algumas habilidades especiais. Alguns conseguem minar, outros cavar, e isto serão partes importantes da escolha de companhia. 

 

Quando saímos da aldeia (e quando já temos alguns habitantes) podemos escolher até 2 companheiros de viagem. Esta escolha pode ser fundamental face ao caminho que vamos fazer, e é uma escolha por vezes difícil pois só podemos alterar as personagens na aldeia. 

Fora da aldeia o jogo muda de mecânica passando a uma mecânica de exploração e combate, o combate é algo simples, mas eficaz, controlamos uma das personagens que tem um tipo de arma, que pode ser mais eficaz contra determinados monstros, esta é uma das escolhas estratégicas de combate, pois nem todos os monstros são iguais, nem todos os ataques são eficazes. Infelizmente o combate peca um pouco ao ficar por vezes confusos graças a uma câmera algo instável, que tão depressa foca o nosso inimigo, como depois se esquece de qual o plano a seguir.

 

Ao chegar o fim do dia, os perigos são maiores no deserto, ou fora da aldeia, e como tal para nossa segurança devemos voltar. Ao voltar podemos recolher os lucros das lojas, e distribuir os items necessários para que as mesmas produzam material.

 

Infelizmente e apesar de uma boa premissa, o jogo rapidamente se torna algo repetitivo, quer em termos de cenário, quer em termos de coisas para fazer. Os cenários não divergem muito do deserto e das grutas, e o que fazer é quase sempre, obter materiais, fazer aldeia feliz, num ciclo repetitivo.

 Apesar destes dois problemas, é um jogo que nos deixa com um sorriso, e ao qual podemos sempre regressar por uns minutos para explorar mais um pouco, e cuidar mais um pouca da nossa aldeia, quase como Mayors da nossa própria cidade.