Não é todos os dias que pensamos em Geralt of Rivia como, nada menos, do que alguém sobre-humano, capaz de manipular elementos como fogo ou vento, controlar a mente dos mais mentecaptos ou de esventrar monstros gigantes sem deixar cair uma gota de suor. No entanto Blood and Wine, a última expansão de Witcher 3, levanta o véu sobre o que poderá ser o futuro de Geralt, faz-nos imaginar o dia em que o Witcher finalmente pendura as suas duas espadas na parede de sua casa e senta-se no alpendre a olhar para o horizonte.

Mas antes que esse dia chegue, Geralt ainda tem muito que fazer e, em Blood and Wine, tem toda uma nova área para explorar. E Toussaint é o oposto da maioria dos lugares por onde já caminhámos no universo de Witcher, longe da miséria, guerra e confusão do resto do continente, Toussaint é vibrante, cheio de cor, colinas repletas de vinhas por onde cavaleiros com armaduras douradas cumprimentam donzelas de vestidos longos. Mesmo assim, todo o paraíso tem os seus problemas, e como devem calcular, cabe a Geralt of Rivia resolvê-los. E com novos problemas chegam também novas personagens e, sem se perceber muito bem como, novamente a CD Projekt Red consegue quase nos fazer esquecer que estas são apenas criações digitais, tal é a complexidade de emoções que nos conseguem transmitir.

Blood and Wine é construído em cima do jogo base Witcher 3 e se a maioria das mecânicas continuam iguais, tal como o combate ou o uso de poções, existem novas alterações à série. Além das obrigatórias novas armaduras e espadas, podemos agora tingir a nossa vestimenta com várias cores à nossa escolha e, esta, não é a única coisa que podemos personalizar. Temos também acesso a uma casa onde podemos deixar toda a tralha que vamos coleccionando ao longo da nossa viagem e que podemos melhorar, seja cosmeticamente ou comprando áreas de trabalho onde podemos reparar o nosso equipamento. Com uma renovação a todo o interface gráfico, simplificaram a forma como mexemos no inventário ou nas habilidades de Geralt. Também novidade são as novas mutações que se podem desbloquear, permitindo melhorar vários aspectos da nossa personagem, desde novas habilidades em combate ou na quantidade de coisas que podemos carregar.

Blood and Wine poderia muito bem ter sido uma sequela de Witcher 3. Certamente passaria pela cabeça de muitos publishers rotular Blood and Wine como um jogo standalone e pedir um preço equivalente a um jogo AAA. E provavelmente teriam o feito sem grande críticas, pois Blood and Wine oferece dezenas de horas de jogo, não só uma área completamente nova para explorar, mas também uma história e personagens novas. CD Projekt Red volta a mostrar como é possível estar-se do lado do consumidor nesta indústria, com uma expansão a um preço acessível, com muito e bom conteúdo e livre de DRM. É o adeus a Geralt of Rivia, mas dificilmente se podia pedir melhor despedida.

witcher3recomenda

Publicidade - Continue a ler a seguir