Devo dizer que estava bastante céptico em relação a este título da Ubisoft. Tinha visto alguns vídeos gameplays, alguns streams, e tinha ficado com a sensação que seria mais um caso de downgrade gráfico como foi Watch Dogs, sendo que o me preocupava ainda mais era o facto de me parecer que o chão é que andava e não carro, como no “Outrun” lembram-se?!

Foi então com agrado que a Beta que experimentámos em nada têm a ver com o que disse anteriormente. A jogabilidade é acessível, arcade até, lembrando um “Scud Race” quando temos corridas em que o “drift” é imperativo, mas temos também quase a adrenalina de um Dakar (se calhar mais citadino), ao conduzir em Off-Road. Mas antes de aprofundar mais sobre isso, deixem-me apenas contextualizar um pouco a história deste jogo. Será na pele de Alex que vamos estar ao volante de uma enorme variedade de carros e percorrer os Estados Unidos da América de costa a costa. Alex, um condutor exímio, que vê o seu irmão ser assasinado, e culpabilizado por tal acontecimento. No entanto Zoe, uma agente do FBI sabe de quem é a culpa, mas precisa que Alex se infiltre no gangue do qual fazia parte o seu irmão para arranjar provas contra o “polícia sujo” e já agora apanhar o líder do gangue. Bem a história tem muito de Velocidade Furiosa misturada com alguns dos Need For Speed’s, e de facto faz todo o sentido que seja encaixado nesse mundo. É que vamos sentir muitas vezes a nossa memória a viajar até os tempos primórdios do jogo da Electronic Arts, onde andávamos a entregar carros e tínhamos um tempo limitado para o fazer, o que acontece em The Crew, para além de nos lembrarmos de Need For Speed Shift quando temos uma espécie de Boss para derrotar, mas aqui podemos escolher se sozinhos ou com a nossa Crew.

De facto há muito por onde pegar neste jogo da Ubisoft e nada de mau, até ver, os carros estão muito bem detalhados, assim como os seus interiores, podemos mexer em todos os componentes dos veículos, desde a sua mecânica e performance, passando por questões estéticas, tunning, decalques, mudar as cores dos interiores, pinturas, estilos, etc. Tudo isto acompanhado por uma espécie de cut scene, para além de podermos testar todas as alterações.

Depois temos vários estilos de kits de performance para utilizar, consoante o objectivo/missão que tivermos, teremos que adaptar o nosso carro para o efeito, efectivamente faz toda diferença quando o fazemos, e nas primeiras missões vamos trocar de carros constantemente, uma forma do jogo nos dizer, “olha é isto que vais ter que fazer mais lá para a frente…”.

Publicidade - Continue a ler a seguir

The Crew tenta agradar a todos, não só com vários géneros de carros e de corridas, mas também nas opções. Terão a opção de Fast Travel ou Play se não quiserem ter que percorrer um estado de um lado ao outro para arrancar com a missão. Mas nem sempre isso vai funcionar, têm que desbloquear essas opções em alguns casos. No entanto o mapa onde percorrem as missões é um dos pontos altos do jogo, é quase como um Google Earth, que vos mostra todos os pormenores, e localizações de pequenos objectivos secundários que vos fazem ganhar pontos para irem às compras. Mas há mais pormenores, como por exemplo temos um smartphone (menos sofisticado do que Watch Dogs) onde até podemos fazer logo os upgrades ao nosso carro e “tunar” sem termos que ir a uma garagem, ou escolher a banda sonora do nosso rádio. Banda sonora essa que para os fãs de Rock n’ Roll e da cena mais Indie, vão amar! Uma última palavra e referência para o modo cooperativo. Joguei uma missão em que tinha que “dar cabo” de um carro e estava a ter alguma dificuldade e de repente ao fazê-la com outro jogador que estava na minha sessão tudo se tornou mais fácil e divertido. O modo co-op pode efectivamente tornar-se tudo aquilo que o Driveclub quis ser e não é.

Algo que me surpreendeu nesta Beta, foi o facto de sentir que tinha o jogo completo instalado na minha consola e que estava em formato contra-relógio para jogar o máximo possível, depois do prólogo a instalação demorou quase duas horas para poder continuar a jogar, uma seca, é um facto, mas valeu a pena, porque tudo o que encontrei no The Crew gostei, e poderá efectivamente acabar com o reinado de Need For Speed, de vez!