O Salão de Jogos testou a Beta de Destiny em várias frentes. Para isso eu e o João escolhemos duas facções diferentes para duas abordagens diferentes ao jogo. Melhor dizendo, o João mandou-me uma mensagem a dizer “Sou o Warlock!”, como quem diz, não escolhas e “pimbas já é meu!”. Portanto eu fiquei com o Hunter.

Escolhi o Hunter porque sou do tipo de jogador com muito paciência e que é capaz de estar com o seu Sniper Riffle durante 5 minutos a “varrer” uma área com “headshots”, o que me torna um bocado lento nas situações mais caóticas. Depois a opção de tostar os meus inimigos ou a Golden Gun (onde, basicamente, depois de carregada temos uma arma dourada em que basicamente matamos cada inimigo com um tiro), facilitaram a decisão final.

Apesar de eu não ser um fã de FPS, sou um fã de Destiny, o ambiente Battle Star Galactica, a banda sonora que o acompanha e história ajudam, e de que maneira, mas a acessibilidade e facilidade de tudo o que gira à volta da nossa personagem despertou desde logo o meu interesse. Podemos trilhar o nosso próprio destino. Podemos atirarmo-nos às missões na Terra e na Lua, podemos repetir missões para ganhar experiência, podemos envolvermo-nos em Crucibles, podemos fazer o que queremos, como queremos e onde queremos. E a verdade é que nunca sentimos que estamos em inferioridade, o sistema da Bungie funciona maravilhosamente bem, e as diferenças que se sentem, são muito mais de classes para classes do que de níveis para níveis, visto que o sistema enquadra e dispõe os jogadores numa evolução constante e não em sessões de jogo desmedidas, em que apenas estamos a fazer figura de parvo ou a fazer os outros de parvos.

Voltando um pouco ao meu Hunter é curioso como a minha escolha de personagem demonstra a forma como efectivamente jogo. Muitas vezes via passarem por mim outros jogadores montados nos seus veículos planadores, outra das coisas que adorei, a ir à caça de inimigos “à cara podre”, enquanto eu movia-me silenciosamente e ia despachando os generais de cada zona. Muitas das vezes os inimigos ficavam entretidos com eles enquanto eu acedia a computadores em busca de mais informações sobre o objectivo.

É claro que o facto de por pertencer à classe Hunter, ser mais vulnerável, isto é, recuperar a vida mais lentamente do que os outros, faz também com que aborde as áreas com um cuidado extra, mas que pense sempre numa estratégia de abordagem, de cobertura, de “hit and run”, de fazer danos a sério aos meus inimigos de carregar a Golden Gun para o momento certo, e isso é o que mais me atrai em Destiny. É olhar para o jogo sentir isso ao jogar, mas só me aperceber disso mesmo depois de o largar e o analisar. Tudo fluí, tudo acontece com uma enorme naturalidade, mas também perspicácia e eficácia.

Geralmente cada um é para o que nasce, eu tenho como Destiny ser Hunter e mal posso esperar pelo lançamento do jogo. Vejamos como o mágico Warlock João, sentiu o novo jogo da Bungie.

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Tal como Pedro referiu não teve grande hipótese na escolha de personagem! Quando joguei pela primeira vez Destiny ainda nos escritórios da Ecoplay, deram-me um comando para a mão e disseram para testar o jogo. Era o destino que estava ali, era um Warlock de nível 7 e percebi logo que era a minha classe. Ao contrário do Pedro não consigo esperar 5 min para o headshot perfeito, nem sou muito silencioso no ataque, sei usar uma sniper riffle, mas prefiro uma bela metralhadora, prefiro encarar o combate frente a frente, mas também não tenho paciência para ser saco de pancada enquanto Titan. Gosto de planear o meu ataque ver o melhor ângulo e dar cobertura a quem acede ao computador, gosto de ter “magia” que me permite em caso de caos afastar as ondas inimigas que vem na minha direção, e recuar até um ponto seguro e partir à carga novamente. Gosto de ter granadas que funcionam ao contrário, em vez de expulsarem inimigos os sugam.

Ficar preso em constante ataque inimigo aconteceu algumas vezes, tive de empurrar e correr para segurarança entre troca de armas e corrida e recuperar vida podia perder o controlo e ter de fazer respawn no meio do caos. Mas em momento algum senti que não sabia o que fazer, que o destino acabava ali, que o caos real chegara, não porque a mecânica de jogo ajudou-me a saber o que fazer passo a passo as coisas fluem. Encaixamos a nossa classe como uma extensão nossa na consola. No fundo a nossa classe somos nós. A nossa personagem somos nós!

Uma coisa que vi logo na sessão de apresentação foi a customização de personagens, e como podíamos ser de raças diferentes, achei engraçado uma delas ser um sexo, um robô humanóide, e para verem como todos nós podemos ter o nosso destino neste jogo, para além de saber qual a minha classe, soube logo qual seria a raça do Pedro.

O jogo funciona sem nos fazer sentir parados, há sempre algo a acontecer, quer seja uma missão nova que surge, quer seja um aliado que está no nosso mapa e se encontra de repente em apuros, e nos casualmente estamos lá na hora certa para fazer “revive” ou para o ajudar na missão. E é aqui que a Bungie faz um trabalho impecável, em momento algum na sala de estar lá em casa, me senti sozinho neste jogo. Havia sempre alguém connosco, alguém que nos desse a mão ou precisa-se da nossa.

Neste momento em que na Beta existia um Level Cap de 8, os PVP’s eram extremamente divertidos, não havia como o Pedro disse diferença de níveis, mas sim de classes, acredito que no produto final essa tarefa de separar por níveis seja mais difícil mas se continuar a ser feita esta triagem como deve ser, as batalhas na Lua e em Vénus terão certamente outro encanto.

Espero ansiosamente pelo produto final, para em conjunto chegarmos todos nós ao destino final.