Ora então mergulhamos mais uma vez num jogo da LEGO, desta feito o LEGO City Undercover, jogo que na sua origem tinha saído há um par de anos para a Wii U. Agora a nova consola da Nintendo, a Switch, recebeu o jogo assim como a PS4, PC e a Xbox One, a plataforma em que analisámos o jogo.

E isso nota-se desde o início, os vídeos não foram “actualizados” para as novas plataformas, notando-se a resolução mais baixa nas cut-scenes do jogo. No entanto o jogo em si levou um upgrade visual, especialmente nos efeitos de iluminação. Como o jogo era da Wii U vão notar que as funções tácteis que estavam disponível nessa versão, não estão disponíveis da mesma maneira, mas foram bem “transformadas” com a nossa personagem a ter um pad para nos dar essas funções, mas quem jogou na Wii U vai sentir falta disso.

LEGO City Undercover é apelidado de LEGO Theft Auto, porque o conceito é algo semelhante ao jogo da Rockstar, temos um mundo aberto todo ele feito de LEGO para explorar. O mapa não é gigantesco, mas é o suficiente para perdermos horas a descobrir todos os pontos e o próprio mapa é variado na sua tipologia para nos dar a crer que é bastante vasto. Pegamos mais uma vez em Chase McCain que regressa à cidade para apanhar o vilão Fury que fugiu da prisão e criou o cacos na cidade. A pedido da representante da cidade, voltamos para trazer a paz à cidade e para encontrar de novo o nosso amor que está num programa de protecção especial.

O humor está sempre presente em todos os momentos neste jogo, seja nas interacções com as personagens, sejam as personagens em si, ou seja as várias referências quer a jogos quer a séries ou mesmo filmes, com as aparições especiais de Starsky and Hutch, de Dirty Harry, entre outros. O melhor do humor presente em LEGO City Undercover é o facto de estar dobrado em português, e muito bem dobrado, com todas as piadas a manterem o seu sentido e as interpretações muito bem conseguidas.

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Outra das novas características é o facto de podermos jogar com outra pessoa em modo local, Chase McCain ganha uma espécie de irmão gémeo (riso), e apesar de ser um pouco estranho, no fundo o que interessa é o divertimento que proporciona jogar com outra pessoa ao lado, seja um amigo ou um filho, por exemplo. Falamos sempre nas questões da câmara quando se joga um jogo da LEGO e este não é excepção, o ecrã fica mesmo dividido, que para mim é a melhor opção, mas não podemos, através do analógico direito, movimentar a câmara, ela é estática e só se reposiciona por si mesma o que complica-nos a vida em vários momentos.

Como qualquer jogo da LEGO, vamos ter acesso a vários tipos de armas, e as várias personagens que vamos desbloqueando vão podendo destruir objectos ou abrir locais para desbloquear outras tantas personagens e veículos. Vamos como é habitual também coleccionar os “golden bricks“, que são apenas 450, para além de agora apanharmos pequenas peças para conseguir construir verdadeiras construções que produzem veículos, por exemplo. Todas estas actividades fazem com que percamos facilmente horas e horas a fio a jogar sem passar pela história em si, o que já é uma tradição nos jogos da LEGO. Portanto para além de andarem à “caça” destes coleccionáveis, vão ter mais do que motivos para repetir a própria história em si, até porque só assim conseguirão desbloquear mais uns quantos “golden bricks”.

A história em si está bem conseguida, misturando todos aqueles clássicos policiais, com perseguições, com o nosso Chase a ser o ás do volante, mas também um agente super treinado, ágil e destemido, vamos andar por cima dos telhados aos saltos, ou a infiltrarmo-nos numa prisão de alta segurança. A variedade é muita e é aqui que vamos conhecendo os cantos à cidade e ao mapa deste “open world”.

LEGO City Undercover tem vários pontos a favor, especialmente para os amantes dos nossos amigos amarelos, para além da óptima dobragem, é um jogo familiar, divertido, com uma liberdade muito grande, com um enredo divertido e bem conseguido e apesar dos problemas de camera, as mecânicas são aquilo que já estamos à espera de um jogo da LEGO e da TT Games. É talvez o jogo mais acessível a todas as idades e a um maior número de pessoas, visto que não tem uma marca ou saga associada. Pena mesmo a transição da Wii U para as novas consolas ter-se perdido nas cut-scenes.