Antes da entrada na nova geração de consolas, a equipa da Konami quis deixar um jogo que os orgulhasse nesta geração. Posso dizer que este PES 2014 é o melhor de toda a série feita para a PS3 e Xbox, mas não conseguiu destronar o FIFA 14.

A Konami voltou a apostar uma intro apoteótica com música clássica a dar o sentido do cavalgar que o PES queria para este jogo, aliás melhor entrada só mesmo o do PES 6 com a música dos Queen “We Will Rock You”.

Mas quando entramos no jogo em si, o menu principal parece demasiado arcaico, com um mouse algo estranho numa consola, apesar de podermos personaliza r o menu com o nosso jogador e equipa favorita.

O problema principal do PES é o que lhe falta: faltam licenças, equipas, nomes das equipas, nomes dos jogadores, estádios, até mesmo poder jogar à chuva.

E se a questão das caras, dos nomes e até dos equipamentos e dos logos se pode resolver através da enorme comunidade de fãs do PES que fazem alguns Patches e Option Files, também é verdade que temos sempre que estar a trabalhar no PES para que ele seja aquilo que deveria ser por natureza. Mas desta vez não há editor de estádios portanto essa parte vai sempre faltar nesta edição 2014. Felizmente para mim, há o Estádio da Luz , provavelmente por ser o palco da final da Liga dos Campeões.

Aqui entramos no capítulo das competições que vamos poder encontrar, e aqui o PES ganha ao Fifa. O PES 2014 tem a UEFA Champions League, a UEFA Europa Legue, UEFA Super Cup, Copa Libertadores da América, Copa Sul Americana, Recopa Sul Americana e Liga dos Campeões da AFC (Asiática). Todas elas com o seu aparato, reconstituição das faixas, tarjas, entradas, hinos das competições, toda a festa e o ambiente destas provas é fielmente retratado.

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No capítulo gráfico dos pormenores de salientar ainda por exemplo na Master League, podemos ver os jogadores que entram para a nossa equipa nas conferências de imprensa, quando assinam pelo nosso clube, conversas com o presidente, o treinador adjunto, imagens dos treinos, esses pequenos bombons que a Konami nos está habituada a dar.

Mas no entanto no modo Ser Uma Estrela, na componente jogador, é uma tremenda seca, onde passamos a vida a ver os jogos passar porque anda não somos suficientemente bons para nos chamarem para os jogos , a não ser os da taça que é de lés a lés.

Quanto à jogabilidade, salto enorme no O PES que conhecemos através do Fox Engine, o mesmo utilizado no Metal Gear Solid, o aspecto e a física dos jogadores está muito credível, com a reacção de cada jogador a ser diferente em cada situação até mesmo para controlar a bola, o que lhe atribui um factor de imprevisibilidade que faz com que cada jogo seja sempre diferente, seja com quem estivermos a jogar e de que forma jogarmos, porque uma má recepção ou passe pode dar num golo do adversário.

As caras, a fluidez com que se movem, o detalhe , as marcas de suor ou da garra, dos gritos ou do desespero são bem visíveis e um ponto alto deste jogo.

Por fim destacar ainda a componente sonora, onde os cânticos e a forma como reagem a cada jogada e até mesmo com o desenrolar da partida estão perfeitos. Outro pormenor delicioso, e deixem-me mais uma vez regressar ao Estádio da Luz, é ouvir o speaker a chamar por cada um dos jogadores do Benfica enquanto a entrada vai acontecendo. Só falta o hino do Glorioso de facto. Uma palavra ainda para os comentários de Pedro Sousa da SportTv e de Luís Freitas Lobo, estão muito melhores do que o ano passado, mais sincronizadas, com o comentador a falar dos ritmos de jogo nos tempos certos, até mesmo a analisar a postura das equipas, apesar do narrador por vezes dar ênfase a uma bola que foi para a linha lateral.

No compto geral, PES 2014 ergue o troféu do melhor PES desta série nesta geração de consolas, dando um salto de gigante em relação ao FIFA, mas sem roubar a coroa de melhor simulador de futebol.