Um pouco diferente do habitual, o State of Play de ontem (3 de setembro), contou com 30 minutos de gameplay de duas missões do novo 007: First Light da IO Interactive, não sendo este um jogo exclusivo da Sony, mas estamos numa nova era não é?! Os exclusivos estão pela hora da morte.

Este State of Play foi assim apresentado por Hakan Abrak, CEO and Co-fundador da IO Interactive onde deu conta de duas missões que destacam o design imersivo e o talento cinematográfico do jogo. De uma operação secreta num torneio de xadrez de alto risco na Eslováquia, fechando com um confronto de alta altitude, a uma infiltração de uma gala luxuosa em Kensington, Londres, essas missões ofereceram um vislumbre dos mundos vivos em que Bond navegará enquanto descobre o mundo da espionagem.

A gameplay começa com Bond a perseguir o agente 009, suspeito de ter traído o MI6. A investigação leva-o até um resort na Eslováquia, palco de um torneio de xadrez de alto nível, onde o espião opta por ignorar ordens diretas para se aproximar do seu alvo. É um início que sublinha o lado rebelde e calculista do agente secreto.

É aqui que vemos o primeiro detalhe, não só da condução de veículos no jogo, mas também com a presença de marcas luxuosas representadas. Vimos Bond ao volante de um Jaguar  XJ durante uma missão de disfarce, mas depois na fase de perseguição vimo-lo a conduzir um clássico, o Aston Martin DBS de 1969, que curiosamente é o carro utilizado no filme On Her Majesty’s Secret Service do mesmo ano. No entanto vimos passar muitos outros carros nessa perseguição como um Toyota Yaris ou uma Fiat Ducato, para além de em outros trailers já termos visto um vislumbre do Aston Martin Valhalla apetrechado por Q, assim como a mota Triumph TF250-X. Detalhes que reforçam a tradição da série em unir espionagem e sofisticação.

Publicidade - Continue a ler a seguir

Quando Bond começa a perseguir uma pista é aí que começamos a perceber das mecânicas que o jogo vai oferecer. A IO Interactive apelidou de Abordagem Criativa que assenta em três pilares:

  • Spycraft representa o lado mais furtivo do trabalho de espionagem. Bond pode espiar conversas, roubar discretamente um cartão-chave de um guarda distraído ou identificar pistas ambientais que passam despercebidas aos demais. Cada detalhe pode revelar um atalho ou uma solução alternativa para ultrapassar uma área fortemente vigiada.
  • Instinto reflete a aptidão natural de Bond, traduzida em jogo como um recurso limitado que se recarrega ao eliminar inimigos ou concluir objetivos. Pode ser usado para atrair um guarda para uma eliminação silenciosa, para improvisar um bluff convincente quando alguém começa a desconfiar, ou para abrandar o tempo e alinhar o disparo perfeito durante um tiroteio.
  • Gadgets da Q Branch completam o kit. Leves e engenhosos, oferecem múltiplas soluções: um telemóvel que dispara dardos envenenados, cápsulas de fumo para obscurecer salas e um laser portátil capaz de cortar portas, entre outros. Estes dispositivos não são meros truques ocasionais, mas extensões naturais das capacidades de Bond, que se expandem à medida que o jogador desbloqueia novos equipamentos ao longo da campanha.

Outro elemento incontornável da experiência Bond são as sequências de condução, presentes em vários momentos do jogo. A demo mostrou uma perseguição a alta velocidade na tentativa de capturar 009, onde a perícia ao volante é vital para escapar ou alcançar um objetivo, muitas vezes exigindo improvisação através de atalhos arriscados. Além disso, a IO Interactive promete set pieces grandiosos, fiéis ao ADN da saga, incluindo cenas de adrenalina máxima como a icónica queda de um avião em pleno voo.

E é precisamente num aeroporto civil que ficámos a conhecer as mecânicas de combate. O combate foi desenhado para ser fiel ao estilo de Bond: preciso, eficiente e visceral. O espião alterna sem esforço entre tiros de precisão e lutas corpo a corpo intensas. Em espaços apertados, pode lançar inimigos por grades, esmagá-los contra paredes, desarmá-los com fluidez ou usar objetos próximos como armas improvisadas. As habilidades incluem contra-ataques, arremessos e finalizações desenhadas para transmitir impacto cinematográfico, mas sempre com resposta imediata às ações do jogador.

Quando a situação exige força letal, a célebre Licença para Matar entra em jogo. Bond torna-se ainda mais letal, mantendo o ritmo frenético enquanto dispara, elimina inimigos com estilo e combina gadgets para desorientar adversários antes de os neutralizar.

Elenco de luxo

Para dar vida a este novo capítulo, Bond será interpretado por Patrick Gibson, acompanhado por rostos familiares da franquia:

  • Priyanga Burford como M
  • Alastair Mackenzie como Q
  • Kiera Lester como Moneypenny
  • Lennie James como John Greenway (mentor de Bond)
  • Noemie Nakai como a enigmática Ms. Roth

Uma nova era para Bond nos videojogos

Com a Abordagem Criativa a dar liberdade de escolha, um sistema de combate fluido e variado, gadgets que se expandem naturalmente e uma produção visual que recria o estilo inconfundível do espião britânico, 007: First Light promete ser mais do que um simples jogo de ação — pretende ser a experiência Bond definitiva.

A IO Interactive parece estar a seguir a filosofia sandbox de Hitman, mas adaptada ao universo Bond: menos repetição e mais espetáculo cinematográfico, sem nunca perder a sensação de que cada missão pode ser cumprida ao estilo único do jogador.

007 First Light será lançado na PlayStation 5 e PlayStation 5 Pro, Xbox Series S|X  e PC a 27 de março de 2026. Já podem pré-encomendar o jogo agora e obter um upgrade para o 007 First Light – Deluxe Edition sem custo adicional.

Artigo anteriorCrusader Kings III Celebra Cinco Anos
Próximo artigoAs Edições Especiais de 007: First Light
Pedro Moreira Dias
Fundador do Site - Salão de Jogos, o Commodore Amiga 500 foi o seu melhor amigo durante décadas e ainda hoje sabe de cor a equipa principal do Benfica do Sensible Soccer 94/95. Nos tempos vagos ainda edita as botas dos jogadores do FIFA e do PES.