Developer: MONOLITHSOFT
Plataforma: Nintendo Switch
Data de Lançamento: 29 de julho de 2022

A franquia Xenoblade consegue sempre oferecer algo de mágico aos jogadores. As histórias são cativantes, o combate completamente diferente do que encontramos nos outros jogos, e um grafismo diferenciado. E isso não significa que estejamos a falar de algo ultra-realista, nada disso, é diferenciado, sim, no aspecto de certos pormenores, que conseguem fazer-nos apreciar cada momento que estamos no jogo.

Depois de algumas boas horas a jogá-lo, posso dizer que Xenoblade Chronicles 3 segue o mesmo caminho, e fica já o aviso para os novos jogadores, embora em todo o lado diga que existe ligação com os jogos anteriores, uma vez que “une os futuros” de Xenoblade Chronicles e Xenoblade Chronicles 2. E fiquem descansados que não os precisam de os ter jogado para se iniciarem neste.

Começando por dar-vos um pequeno aperitivo da história do jogo, este é passado em Aionios, um mundo que está dividido por duas grandes nações, Keves e Agnus, que, como seria de esperar, estão em conflito uma com a outra. O início do jogo mostra exactamente isso, e começamos por jogar com um grupo do exército de Keves, composto por Noah, Lanz e Eunie. É com eles que vamos ter um pequeno vislumbre da guerra entre as duas nações, e de como as duas nações são geridas.

Existem diversos pormenores interessantes no jogo, e que embora tenham sido falados na Xenoblade Chronicles 3 Direct que aconteceu a 22 de junho, é a jogar o jogo que conseguimos ter a real dimensão das coisas. Uma delas é de os personagens depois de 10 anos de serviço militar, serem levados à rainha do seu reino e transformados em energia. Algo que também acontece a todos os que morrem em batalha, e simplesmente se desintegram e emanam uma energia para o ar, que é adquirida por certas máquinas existentes em cada uma das nações.

Publicidade - Continue a ler a seguir

Só estes dois conceitos levam qualquer jogador a ficar curiosos para saber a razão que isto acontece, mas mais curioso ainda é quando a nossa equipa é enviada numa missão especial de destruir um inimigo desconhecido, e ao lá chegar, percebe que o suposto inimigo não é qualquer veículo da Agnus, mas que também uma equipa da Agnus – Mio, Taion e Sena) estava no mesmo local a investigar esse inimigo.

É durante esta missão que, devido a algumas circunstâncias que não vou revelar para não estragar a experiência, as duas equipas – da Keves e Agnus – começam a lutar em conjunto e percebem que afinal o tal inimigo, não é bem um inimigo, mas alguém bastante misterioso que não pertence nenhuma das duas nações. É neste momento que aparece um ser extremamente poderoso, e pela primeira vez as duas equipas lutam em conjunto contra esse inimigo. Nessa luta acontece algo bastante estranho para todos eles, já que ocorre uma transformação entre Mio e Noah, existindo uma espécie de fusão entre os dois, e transformam-se num ser chamado Oroborus.

No final dessa batalha, com a fuga desse ser, devido ao poder do Oroborus de Mio e Noah, as seis personagens correm até ao misterioso homem que estava prestes a falecer, e este diz-lhes que eles vão ser perseguidos e que a única maneira de conseguirem ter paz novamente é chegarem a Swordmarch.

Será a partir daqui que se desenvolve a verdadeira história do jogo, e quando lançarmos a nossa análise iremos revelar um pouco mais sobre ela. Mas facilmente é perceptível que estas duas equipas irão juntar-se por força do destino, por muito que as suas nações se odeiem mutuamente.

Paga-nos o café hoje!

Saltando para a jogabilidade – que é um dos pontos essenciais no que toca a este tipo de jogos – vamos dividir isto na parte da exploração do mapa e do combate. Na exploração do mapa, tudo acontece de maneira muito similar com outros jogos da franquia Xenoblade. Não temos um mapa aberto gigante, mas vários mapas que vamos podendo explorar, e existem viagens rápidas para certos locais depois de descobertos, muitos monstros para derrotar enquanto percorremos o nosso caminho, sendo que alguns nos atacam ao nos verem, e outros são bastante mais pacíficos.

Nessa exploração, existem bastantes itens que podemos apanhar, assim como os monstros espalhados pelo mapa cujos níveis são bastante variados. Podemos ver, por exemplo, um monstro de nível 80 a passear no meio de monstros nível 20, e cabe ao jogador ter atenção com este tipo de coisas. Algo muito interessante é que agora existem quatro tipos de monstros, os normais, os elite, os únicos, e os monstros da sorte.

No que toca ao combate, este está excelente, e diria que até é bastante viciante, principalmente quando a nossa equipa já se encontra com 6 elementos e já nos sentimos bastante poderosos para atacar tudo o que são monstros que se encontram aproximadamente no mesmo nível que os nossos personagens. Vamos ter habilidades próprias por personagens, itens que podemos equipar, e habilidades que se combinam entre personagens criando incríveis combos; além de algumas surpresas que revelarei na análise, e que farão as delícias da maioria dos fãs de RPG.

Graficamente, o jogo não desilude, e diria que está um pouco acima da qualidade dos da franquia, repleto de cutscenes para nos integrar bem na história do jogo e assim dar-nos cada vez mais vontade de o continuar a jogar para desvendar o que se passa em Aionios.

A nível sonoro também está muito competente. A banda sonora, como já é habitual na franquia, é muito boa, e todas as músicas encaixam na perfeição com o que se está a passar a cada momento. O voice acting também está maravilhoso, e isto aplica-se tanto na versão inglesa, como na versão japonesa.

Xenoblade Chronicles 3 até agora está a encher-me as medidas. “Ainda” só vou com umas 25 horas de jogo, mas estou a adorar cada momento. Posso dizer que o pouco que falei sobre o jogo diz respeito às primeiras 5 horas, onde tudo nos é ensinado em tutoriais que vão aparecendo conforme vamos progredindo.

Artigo anteriorForspoken adiado
Próximo artigoGWENT: Rogue Mage já está disponível
Rui Gonçalves
Desde o tempo do seu Spectrum+2 128k que adora informática. Programador de profissão nunca deixou de lado os jogos, louco por RPGs e jogos de futebol. Adora filmes de acção e de ficção científica, mas depois de ver o Matrix nunca mais foi o mesmo.