Developer: Sumo Sheffield
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 27 de outubro de 2022

A cerca de duas semanas de completar os dois anos do seu lançamento na PlayStation 5 e PlayStation 4, Sackboy – Uma Grande Aventura chega agora ao PC e, para quem tiver, para o Steam Deck também.

Sackboy já é um adolescente e, como tal, deixou os pais da Media Molecule para se aventurar num novo mundo criado pela Sumo Sheffield. Como já tínhamos referido na nossa análise do jogo na versão PS5, a tarefa não era propriamente fácil, não só porque Sackboy deixava o universo de Little Big Planet para trás, assim como a vertente mais side-scroller, mas porque entrou no mesmo campo de um verdadeiro colosso, o de Mario Odissey.

Apesar das comparações óbvias na perspectiva em que se desenrola a acção, de uma maior tridimensionalidade, ou nas mecânicas do pseudo-combate, a verdade é que o mundo de criação que o universo de Little Big Planet trouxe para a PlayStation, não deixa de o demarcar de outros títulos do género. Sackboy é um ícone das consolas da Sony e “step by step” a Sony vai tentando implementar estas figuras icónicas no difícil universo do PC gaming.

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Com dois anos passados, quase podemos dizer que é uma remasterização do jogo, tal é a panóplia de melhorias gráficas no PC. Para desfrutarem do jogo tenham atenção que, apesar do jogo ser tão “fofinho”, é bastante exigente. Para atingirem os 120FPS vão ter que ter uma placa gráfica à altura, como podem ver pelas especificações técnicas.

O jogo oferece assim a possibilidade de jogarem na resolução 4K a 120FPS, nas placas NVIDIA utilizando o Deep Learning Super Sampling (DLSS) com o NVIDIA DLSS2 e Variable Refresh Rate, para além do suporte para os monitores Ultrawide 21:9.

Apesar disso, não quer dizer que não esteja muito bem optimizado para PC’s mais modestos, como o nosso, com um Intel(R) Core(TM) i7-6700HQ e uma placa gráfica NVIDIA GeForce GTX 1070, conseguimos um excelente desempenho. O que torna o jogo tão exigente é mesmo a componente de Ray-Tracing e as sombras dinâmicas, que puxam muito pela gráfica. Os efeitos de iluminação também estão melhorados, assim como as texturas, que neste caso, tornam as personagens mais palpáveis, com destaque para a do nosso Sackboy, onde se nota a textura da lã a fazer quase que uma espécie de penugem, a dos tecidos em que as plataformas e os mundos são construídos, onde conseguimos distinguir entre couro, plástico ou bombazine, para além dos tradicionais papéis de alumínio ou vegetal, as cartolinas ou as plasticinas.

A história é relativamente simples e objetiva, enquanto todos estavam em paz na Imagisfera, surge Vex com as suas ideias diabólicas e com um plano diabólico de construir um Inversor, que será capaz de transformar toda a diversão em terror. Para a construir Vex, precisa de escravos e é por isso que “aspira” os amigos de Sackboy para criar o seu reino de terror, mas felizmente Sackboy consegue roubar os planos e fugir num foguetão.

É assim que se inicia a Grande Aventura de Sackboy a percorrer 5 mundos para recolher as Esferas da Criatividade que têm o poder para derrotar Vex. Para nos ajudar nesta aventura vamos contar com a sábia Scarlet que nos vai guiando nos mundos para encontrar as tais esferas de criatividade e no fundo para nos transformarmo-nos num Cavaleiro Tricotado capaz de acabar com o reino de terror de Vex.

O jogo está então dividido nestes 5 mundos que já referi, sendo que cada um deles tem mais de uma dezena de níveis para jogarmos. Por entre os níveis constituintes do mundo e da campanha temos ainda outros níveis especiais, seja para ganhar coleccionetas, a moeda para comprar novos trajes na loja de Zom Zom, níveis para crescermos enquanto Cavaleiro Tricotado, ou mesmo níveis de Contra-Relógio.

Sackboy – Uma Grande Aventura abandonou por completo a variante de criação de Little Big Planet, a Sumo Sheffield assumiu a batuta de deixar isso de lado, e focar-se em dar um jogo de plataformas cheio de mecânicas diferentes, explorando a verticalidade e a profundidade de um ambiente 3D, aproveitando a capacidade do PC em responder em todos os parâmetros com capacidade, velocidade e gráficos que permitem ter um fluidez impressionante em que os loadings são inexistentes dentro dos níveis em si, e mesmo quando há secções bónus dentro desses níveis, e de poucos segundos entre o mapa de escolha e a entrada num nível.

A única criação que ainda vão reconhecer dos tempos de Little Big Planet, será tentar apanhar algumas peças de roupa para criarem vestuário para o nosso Sackboy desnudo. Isso e a possibilidade, de como já disse, de comprar alguns trajes que vão ficando disponíveis conforme vamos passando de mundo em mundo. Os trajes são sempre alusivos aos mundos em questão, seja vestimentas de montanheiro, passando por um Elvis do Funk ou uma Luchador, são várias as opções que vão surgindo, não só para nos distinguirmos da outra personagem caso joguemos com mais um amigo, ou até nos níveis que obrigam que existam um amigo para os chamados níveis cooperativos.

Falei de mecânicas e acho importante voltar a elas em pormenor, porque, de facto, é a quantidade de variação de estruturas e de ambientes que vamos encontrar. Se no início os níveis são mais simplistas dando a conhecer o 3D, os movimentos que Sackboy pode fazer, seja saltar, rebolar ou agarrar, a partir daí vai introduzindo conceitos mais complicados, o conceito de verticalidade, onde o nosso herói pode, através de uma substância pegajosa, subir pelas paredes, o de o poder atirar um boomerang para eliminar inimigos, mas principalmente para cortar cactos para conseguir abrir caminho, passando ainda por outras aventuras dinâmicas que passam por níveis onde somos uma bola de cristal, aquela típica do Natal, o chamado Globo de Neve, ou onde andamos em cima de um comboio a tentar manter-nos em cima dele.

Mais uma vez com a chegada de mais um exclusivo PlayStation ao PC, vão ter a oportunidade de utilizarem o vosso DualSense, através da ligação via USB, onde podem sentir as texturas dos níveis nas vossas mãos, isto é, por onde os pés de Sackboy passam, será possível sentir no comando através do feedback háptico. A coluna do comando continua essa imersão, reproduzindo os efeitos sonoros daquilo que se passa no ecrã. Juntando os níveis altamente dançáveis com temas de Bruno Mars ou Britney Spears e, já sabem, é festa garantida. E para miúdos e graúdos, garanto.

Sackboy – Uma Grande Aventura, tem o efeito ícone da marca, tem o efeito “likeable”, tem uma oferta variada de mecânicas e cenários, e ainda nos oferece comandos suaves e fluídos, que nos atira sempre para mais um nível e mais um desafio, e sempre com um sorriso na cara. Já o tinha dito, é um jogo obrigatório para os jogadores da PS4 e PS5 e agora digo que também o é para os jogadores de PC. A Sony continua a sua aposta em trazer para o PC os seus exclusivos e os jogadores agradecem, porque continuam a ser uma máquina de blockbusters.

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Pedro Moreira Dias
Fundador do Site - Salão de Jogos, o Commodore Amiga 500 foi o seu melhor amigo durante décadas e ainda hoje sabe de cor a equipa principal do Benfica do Sensible Soccer 94/95. Nos tempos vagos ainda edita as botas dos jogadores do FIFA e do PES.
analise-sackboy-uma-grande-aventura-pc<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Graficamente chega a um novo patamar</li> <li style="text-align: justify;">Sackboy é de facto um ícone da PlayStation e merece um jogo próprio</li> <li style="text-align: justify;">As mecânicas, a variedade dos níveis e da jogabilidade que oferece</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Para quem está habituado a Little Big Planet vai sentir falta da componente de criação de níveis</li></ul>