Developer: Nice Play / Tinybuild
Plataforma: PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch
Data de Lançamento: 13 de dezembro de 2022
Eu bem digo que fico com os simuladores todos este ano… Neste caso recuamos no tempo até à era medieval onde os alquimistas eram vistos como uma espécie de curandeiros ou feiticeiros, dependendo da perspectiva.
O jogo tem um aspecto bastante simplista, desenhado à mão, quase como se tratasse de uma história contada através dos livros e desenhos da altura inspirados em manuscritos e livros médicos medievais. Basicamente somos alguém que herdou uma casa de um antigo alquimista da região cujo jardim tem uma árvore mágica que lhe permite colher todos os dias novas plantas.
A história evolui a cada dia, com novos tipos de clientes com novas exigências e desafios, novos recursos e poções cada dia mais complexas de executar e descobrir e com a possibilidade de, através da nossa influência, dominar esse lugarejo.
O conceito também ele é bastante simples e eficaz, onde interagimos fisicamente com as ferramentas e os ingredientes para prepararmos as várias poções. Vamos utilizar o pilão para esmagar os ingredientes, colocá-los na panela, juntar água sempre que necessário e levantar o lume com o ….. para criar receitas.
Vamos ter à nossa disposição, no nosso jardim encantado ou através de mercadores específicos acesso a folhas, flores, bagas, raízes, frutas, minerais e uma infinidade de cogumelos, que nos vão permitir até fazer algumas experiências pouco ortodoxas.
O jogo divide-se basicamente em 5 painéis, o da esquerda onde comunicamos com os nossos clientes e mercadores, avaliando as suas propostas e negociando os valores das suas mercadorias e das nossas poções, o do meio, o Mapa Alquímico onde produzimos as poções em si, o Jardim Encantado onde recolhemos alguns dos ingredientes que plantamos, o de cima é o nosso quarto onde dormimos e o de baixo, onde temos a nossa máquina que temos que ir arranjando.
O mais complexo é o do meio, o Mapa Alquímico, onde fazemos todas as acções físicas da criação da poção, mas onde temos também um mapa para seguir, para conseguirmos determinar que tipo de poção estamos a fazer com os ingredientes disponíveis.
O engraçado do jogo é que no início, todos os dias, vêm clientes até à nossa loja em busca de soluções para os seus problemas, mas rapidamente começamos a fazer amizades ou inimizades com algumas figuras notáveis, podendo ganhar influência, e até, poder, conseguindo traçar o destino da cidade inteira a certo ponto.
Todos os jogos têm sempre uma componente de costumização e este também o tem, por mais estranho que possa parecer. Podemos mudar o formato do frasco, o tipo de rótulo, o ícone e as cores. Podemos até dar nomes e descrições personalizadas.
Potion Craft é surpreendentemente interessante e viciante. O grafismo desenhado à mão confere-lhe um estilo próprio e único. A mecânica de composição das opções aliado a um mapa que temos que percorrer para as concretizar acaba por trazer um factor diferenciador. Para além disso poder dar a volta a uma população inteira apenas a fazer poções tem o seu quê de Maquiavélico.
