Developer: Madnetic Games
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 16 janeiro 2023
World War 2 Rebuilder: Cities from the Ashes é um simulador que parte de uma premissa interessante, de que podemos fazer parte da reconstrução da Europa depois de terminada a Segunda Guerra Mundial.
Criado pelo estúdio polaco Madnetic Games e baseado em Unreal Engine, é bastante direto na aproximação às missões. Temos uns objetivos principais, uns secundários e uns extra, por vezes escondidos no mapa. E se quiseram abrir e ler este texto já sabem que só vão sair do nível após obterem as cinco estrelas máximas, já que nada pode ficar por construir.
Cada missão começa com um vídeo introdutório e explicativo da guerra e do pós-guerra, sobre, por exemplo, a importância da reconstrução da linha férrea no Reino Unido, bastante afetada pelos bombardeamentos alemães. Os níveis baseiam-se em localizações reais, e o texto de início de nível explica que certos dos sítios onde se baseou a equipa para criar o nível nunca foram reconstruidos, como no nível London Necropolis.
O jogo dá-nos também um background para o nosso personagem, que é diferente em cada país que vamos visitando. Não é algo necessário, até porque mantemos os upgrades de um nível para outro, mas dá uma dimensão extra interessante. No Reino Unido somos um rapaz, demasiado jovem para ter feito parte do exército e que perdeu um irmão piloto na guerra. Na Alemanha somos uma mulher que procura o seu marido, nunca dado oficialmente como morto, e vai aos sítios onde sabe que ele esteve destacado. Claro que esta narrativa solta não influência em nada o nosso trabalho de reconstrução, mas dá um colorido extra à coisa. A acrescentar a isto temos também flashbacks à altura do ataque, normalmente bombardeios, a preto e branco, para percebermos o que existia antes dos escombros.
Repetitivo mas pouco
Quando chegamos a cada nível o começo é sempre o mesmo. Limpar. Tijolo a tijolo, a destruir escombros, paletes, muros derrubados e tudo o que nos aparecer à frente. Às vezes temos a ajuda de maquinaria pesada, como um bulldozer ou uma grua à qual podemos acrescentar uma pesada bola para destruir paredes. Eu disse pesada? Pois tem dias. O maior problema que me deparei neste jogo é que a física não é perfeita e sobretudo nos pesos das coisas. Podemos estar a destruir um hangar com um bulldozer que uma barra de metal que fica debaixo de nós, nos faz dar umas piruetas no ar. Nada que não se resolva rápido e que sirva para umas risadas. Nisto o jogo é fácil. No menu de pausa temos um botão para fazer respawn dos veículos e outro para nós próprios. Por outro lado, há um nível com um barco que tem modo simulação e modo arcade. Isto é interessante em WW2 Rebuilder. Todos os níveis têm algo de novo ou diferente para quebrar a monotonia. Um tem um carro com reboque, outro uma oficina para pintura e arranjo de peças, outro o tal barco. Isto sempre dá um toque de novidade a cada nível, já que não são imensos.
Depois, também para quebrar a monotonia, há uns mini games giros, uns mais que outros. Desativar bombas, procurar caixas de munições para um NPC, pintar um prédio, usar um íman gigante para destruir torres de metal… E martelar pregos, que é o mais aborrecido.
No geral é um jogo que se recomenda, bastante relaxante e algo didático, dentro do estilo destes simuladores de arranjar coisas. Se gostam do tema e aproveitar para visitar de Essen, a Dunquerque, passando por Londres, este é um jogo que vale a pena experimentar.