Foi com Roger Schmidt que o Benfica conseguiu voltar às conquistas após quatro anos de jejum. O treinador alemão teve um impacto imediato não só na equipa, mudando o comportamento de vários jogadores, como na própria Liga Portuguesa, trazendo outras ideias e uma nova filosofia.
Uma primeira volta incrível conseguiu o primeiro lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões, em que defrontou clubes como a Juventus e o PSG. Na Liga Portuguesa, cavou uma vantagem que depois se revelou determinante para manter o primeiro lugar até ao fim. O último terço do campeonato não foi tão vigorante, não só pela falta de experiência de alguns jogadores, mas também porque houve alguma dificuldade para lidar com a saída daquela que estava a ser a sua principal figura até então: Enzo Fernandes.
Como tal, não podíamos perder a oportunidade de recriar o modelo de jogo de Roger Schmidt no Football Manager 2023. O onze será mais parecido ao que começou a temporada, de maneira a aproveitar os melhores jogadores. No entanto, são sempre livres de testar outros jogadores, já que é um sistema bastante versátil. Como devem saber, uma tática do FM divide-se em três partes (Com Posse de Bola, Em Transição e Sem Posse de Bola), portanto, basta depois colocarem as instruções tal como mostro nas imagens.
Vlachodimos – Guarda-Redes Líbero (Defender)
Grimaldo – Ala (Atacar)
Morato – Defesa Com Bola (Defender)
António Silva – Defesa Com Bola (Defender)
Alexander Bah – Ala (Atacar)
Aursnes – Construtor de Jogo Recuado (Apoiar)
Florentino – Médio Recuperador de Bolas (Apoiar)
João Mário – Extremo Invertido (Atacar)
Rafa – Construtor de Jogo Avançado (Atacar)
David Neres – Extremo Invertido (Atacar)
Gonçalo Ramos – Avançado Trabalhador (Atacar)
Com Posse de Bola
A Mentalidade Atacar funciona bem neste modelo para praticamente todas as circunstâncias, mas podem ajustar conforme acharem necessário. A organização ofensiva de Roger Schmidt teve durante toda a época uma identidade de controlo, tentando dominar o adversário na maioria das vezes. Através de uma construção mais paciente, procurava criar o espaço em circulação e largura, para depois poder acelerar em combinações curtas no último terço.
Em Transição
Roger Schmidt é da recente escola alemã da contra-pressão, e esse foi um traço que ficou logo evidente nos primeiros jogos. A agressividade que era colocada para impedir a construção adversária foi um dos pilares do sucesso do Benfica esta época, e todos os jogadores abraçaram essa ideia. A transição ofensiva dos encarnados passava igualmente por, após conquistar a bola em zonas promissoras, tentar chegar rapidamente à baliza, e foi realmente um factor que contribui para vários golos durante a época, com Gonçalo Ramos, Rafa e João Mário a atingirem números muito interessantes.
Sem Posse de Bola
Diria que foi um momento do jogo que pouco foi testado durante a época, porém, também teve a sua importância, nomeadamente em jogos como PSG que obrigou a equipa a defender mais tempo do que o normal. Respondeu razoavelmente bem, com um bloco alto e dois pivots-defensivos, o adversário era constantemente forçado a jogar por fora, proporcionando um tempo precioso para reagir e organizar.
Notas:
– Convém que os dois médios tenham bons atributos defensivos
– É Importante que os centrais tenham valores razoáveis de compostura, antecipação e velocidade
– Necessário fazer alguma rotação sempre que possível
Com mudanças em sectores importantes, será interessante perceber o que irá mudar no futebol do Benfica na próxima época. Mas, para já, podem usar o sistema da época anterior que levou o clube ao título nacional, e que com todo o prazer decidimos recriar aqui no Salão de Jogos.