A franquia Call of Duty é hoje uma das mais influentes da história dos videojogos. Desde o seu surgimento, esta série de shooters na primeira pessoa tem mantido os jogadores entusiasmados com campanhas envolventes e histórias épicas que se desenrolam em cenários de guerra que vão desde a Segunda Guerra Mundial, até conflitos mais modernos, ou mesmo no futuro. A jornada de COD é um testemunho do impacto duradouro que a narrativa e o modo-história podem ter na experiência do jogador, sendo hoje um pilar central da indústria.

Este artigo mergulha nas campanhas individuais dessa série emblemática, classificando-as do pior ao melhor. Vamos explorar como cada jogo da saga trouxe a sua própria visão da guerra e como as histórias magnetizantes, as personagens memoráveis e as intensas sequências de acção contribuíram para elevar o género dos FPS’s. De títulos que desapontaram as expectativas até àqueles que se destacaram como verdadeiras joias, esta lista vai transportar-te pelo percurso e evolução da franquia Call of Duty.

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18 – Call of Duty: Black Ops Cold War

Call of Duty: Black Ops Cold War é o quarto título da saga Black Ops, que nos coloca no período da Guerra Fria. Seremos um agente da CIA que faz parte de uma equipa de operações especiais encarregada de rastrear um misterioso agente soviético conhecido como Perseus. A história leva-nos até locais icónicos da Guerra Fria, como Berlim Oriental, Vietnam e muito mais, enquanto tentam desvendar um enredo bastante complexo.

Está longe de ser a melhor campanha de Call of Duty, com decisões muito questionáveis no percurso da narrativa e no design das missões. A série Black Ops sempre pretendeu oferecer uma experiência diferente do resto da franquia, mas, nitidamente, não foi o melhor trabalho da Treyarch, pelo menos em relação à história. A má recepção por parte dos jogadores foi também um claro sinal de que eram necessárias mudanças e de que podia estar a entrar numa fase de saturação.

17 – Call of Duty: Black Ops 3

Foi uma das tentativas em levar a franquia para um cenário mais high-tech, onde iremos assumir o papel de um soldado de operações especiais equipado com melhorias cibernéticas. A história gira em torno de uma conspiração global e de um misterioso grupo paramilitar, atirando os jogadores para uma aventura através de locais variados, desde cidades futuristas até zonas de combate devastadas pela guerra, e com o bónus de poder ser desfrutada em modo cooperativo.

A campanha do jogo Call of Duty: Black Ops 3, no global, desiludiu devido a uma série de factores. Em primeiro lugar, a história complexa e focada na temática tecnológica tornou-se confusa para alguns jogadores, com twists difíceis de acompanhar. E além disso, o foco excessivo nas habilidades cibernéticas dos personagens levou a uma jogabilidade menos tática e mais orientada para a acção frenética, o que afastou os fãs que apreciavam a abordagem mais estratégica das edições anteriores. Também se sentiu a falta de personagens simbólicas e de uma narrativa mais interessante, o que prejudicou a experiência geral.

16 – Call of Duty: Modern Warfare II (2022)

Continua o reboot da série que foi reiniciada em 2019, seguindo a história da icónica equipa Task Force 141. Iremos, mais uma vez, acompanhar personagens como o Captain Price, Kyle “Gaz” Garrick, Simon “Ghost” Riley, John “Soap” MacTavish e o novo membro, o coronel Alejandro Vargas, numa operação global contra uma nova ameaça. Faremos parte de uma aliança improvável com os “Los Vaqueros”, uma unidade de elite das forças especiais mexicanas, que nos vão ajudar a cortar o financiamento a uma célula terrorista.

A campanha de Call of Duty: Modern Warfare II foi ligeiramente decepcionante para muitos fãs da série que esperavam uma continuação à altura do clássico de 2009. Apesar de ter gráficos impressionantes e algumas missões de qualidade, a história menos conseguida deixou tudo pela metade, já que não conseguiu capturar o mesmo nível de tensão, emoção e surpresa a que a série nos habituou. Algumas novas ideias ao nível das missões não ajudaram igualmente, parecendo um bocado deslocadas do resto da campanha.

15 – Call of Duty 3

Lançado em 2006, Call of Duty 3 ainda aproveitava a recente popularidade das campanhas dos First Person Shooters na Segunda Guerra Mundial. Porém, tentou dar uma identidade diferente ao ritmo da história, já que abordou diversas perspectivas e narrativas das forças aliadas, como os britânicos, americanos, canadianos e polacos. Foi uma boa ideia, e proporcionou uma visão mais ampla e variada dos eventos da WWII.

É uma campanha razoável no geral, embora relativamente curta. A IA dos inimigos também é provavelmente uma das mais pobres em títulos do Call of Duty, o que prejudica o desafio e a tensão dos momentos que deveriam ser mais marcantes. Não deixa, contudo, de ser uma campanha que nos deixa entretidos do início ao fim, especialmente tendo em conta que na altura não existia muita concorrência além de jogos como Medal of Honor.

14 – Call of Duty: Ghosts

Call of Duty: Ghosts Leva-nos até a um futuro próximo, onde uma superpotência sul-americana conhecida como Federation decide invadir os Estados Unidos após um ataque devastador. Os jogadores assumem o papel de um dos irmãos Logan, que pertencem a uma unidade de resistência conhecida como Ghosts. A história segue a luta desta unidade de soldados de elite para libertar os Estados Unidos da opressão da Federation.

A narrativa da campanha é recheada de acção, missões intensas e reviravoltas inesperadas. Os jogadores enfrentam desafios em diversos ambientes, desde cenários urbanos destruídos ou mesmo subaquáticos. É uma boa campanha no geral, e aquela que tem uma das personagens mais carismáticas de toda a série; sim, estou a falar de Riley, o simpático pastor-alemão que nos acompanha e é até jogável em algumas missões.

13 – Call of Duty: Vanguard

Foi o mais recente regresso à Segunda Guerra Mundial numa cativante campanha que, mais uma vez, se desenrola em diferentes frentes de batalha. Vamos seguir um grupo diversificado de soldados das forças aliadas enquanto combatem o Eixo em locais cruciais como o Pacífico, a Europa Oriental e o Norte de África. Iremos jogar com várias personagens, sendo que cada uma tem a sua própria história e habilidades especiais, oferecendo uma variedade de perspectivas e estilos de jogo ao longo da narrativa.

A campanha é uma homenagem à bravura e ao sacrifício de alguns dos heróis que lutaram durante a WWII, proporcionando uma experiência imersiva e cheia de acção para os fãs da série. Com cenários carregados de detalhes e sequências de combate verdadeiramente cinematográficas, Call of Duty: Vanguard mergulha os jogadores nas profundezas da guerra e oferece uma interessante visão sobre esse período histórico.

12 – Call of Duty: Advanced Warfare

Esta foi a fase mais experimental de Call of Duty, onde vários jogos tentaram abordagens diferentes de forma a renovarem a franquia. Call of Duty: Advanced Warfare, tem lugar num futuro onde a guerra é travada recorrendo a uma tecnologia avançada de exoesqueletos. O protagonista é Jack Mitchell, um soldado que se junta à corporação militar privada Atlas, liderada por Jonathan Irons, que é interpretado por Kevin Spacey. A história segue Mitchell em missões em vários países, enquanto enfrenta ameaças terroristas e conspirações do mais alto nível.

Tem, provavelmente, a jogabilidade mais original e excitante de toda a franquia, e é principalmente conhecido por uma acção frenética e interminável. A história pode não ser uma das mais melhores da franquia, mas funciona muito bem na condução da narrativa, compensando depois em praticamente tudo o resto. É um dos COD’s mais originais, e merece que lhe seja dada uma oportunidade por quem procura uma campanha diferente.

11 – Call of Duty 2

O segundo título da série foi aquele que começou a estabelecer um dos padrões da narrativa de Call of Duty. Novamente ambientado na Segunda Guerra Mundial, oferece uma campanha intensa e emocionante, onde iremos conhecer os papeis de diferentes soldados das forças aliadas em vários teatros de guerra. A história da campanha segue esses heróis em missões críticas, desde batalhas épicas de tanques até combates em ruas de cidades europeias destruídas pela guerra.

A campanha de Call of Duty 2 é repleta de momentos memoráveis, capturando a atmosfera da guerra e a camaradagem entre os soldados. A variedade de cenários e missões torna a jogabilidade flexível, enquanto os gráficos da época e o design de áudio contribuíram para uma experiência autêntica. Foi um jogo que ofereceu aos jogadores a oportunidade de viver esse período histórico de uma maneira muito singular, e que começou a construir a importância que o franchise tem hoje.

10 – Call of Duty: Modern Warfare (2019)

É um reboot de um dos maiores clássicos de Call of Duty, numa campanha que leva os jogadores a uma jornada intensa que aborda alguns dos conflitos geopolíticos da actualidade. A história segue um grupo de personagens, incluindo soldados de forças especiais e agentes da CIA, enquanto lutam contra uma ameaça terrorista global.

Graficamente incrível, com missões imersivas e uma narrativa que mergulha nas complexidades da guerra moderna, o jogo oferece uma experiência arrbatadora para os fãs da série e novos jogadores. A campanha de Call of Duty: Modern Warfare é elogiada pela representação crua e realista do combate contemporâneo, destacando os dilemas morais enfrentados pelos soldados e agentes envolvidos na luta contra o terrorismo.

9 – Call of Duty: WWII

Depois de algumas experiências com menor sucesso, foi um retorno às raízes da série. Leva os jogadores de volta à Segunda Guerra Mundial, numa campanha que segue a história do soldado Ronald “Red” Daniels e a sua jornada através dos campos de batalha europeus, desde o Dia D até à invasão à Alemanha nazi. Os jogadores vão poder viver os horrores e os desafios enfrentados pelas tropas aliadas, e participar em vários dos esforços que foram necessários para ganharem a guerra.

A narrativa de Call of Duty: WWII é centrada na camaradagem, coragem e sacrifício. É conhecida pelo seu realismo e pela atenção dada aos pormenores, mas também pela diversidade de missões, como o Desembarque na Normandia, a batalha das Ardenas, ou a passagem pela Ludendorff Bridge. É uma das melhores campanhas do COD dos últimos anos, e uma que é absolutamente obrigatória para quem deseja conhecer alguns factos interessantes sobre a Segunda Grande Guerra.

8 – Call of Duty: Infinite Warfare

De todos, é sem dúvida o COD mais único. É igualmente aquele que se coloca cronologicamente mais distante no futuro, e segue o Capitão Nick Reyes e a sua tripulação na luta contra a Settlement Defense Front (SDF), uma organização militar separatista de Marte que ameaça a Terra. Os jogadores embarcam em missões estimulantes que vão desde intensos combates no espaço até operações secretas noutros planetas do sistema solar.

Call of Duty: Infinite Warfare tem um enredo que depende muito das personagens para se desenvolver. Com desafios monumentais pela frente, todos serão testados como nunca antes foram, e finalmente vão descobrir se estarão prontos para fazer o que tem de ser feito. A acção é interminável, com alguns das melhores cutscenes e efeitos visuais que a franquia já proporcionou, e, provavelmente, a mais inesquecível missão final de todas.

7 – Call of Duty: Black Ops

Foi o título que começou outra das séries mais significantes dentro da franquia. Call of Duty: Black Ops é o primeiro jogo a colocar os jogadores no período da Guerra Fria, onde a personagem principal é Alex Mason, um soldado das Forças Armadas dos Estados Unidos, que tenta desvendar os segredos obscuros relacionados com seu passado e uma missão clandestina conhecida como “Operação 40”.

A narrativa visita várias localizações icónicas desse momento na história, incluindo Cuba, Vietnam e a União Soviética, oferecendo uma experiência de jogo mais inclinada para a espionagem e intriga. Conta igualmente com algumas personagens que se tornaram das mais acarinhadas da franquia, e é um jogo muito interessante do ponto de vista da história militar.

6 – Call of Duty: World At War

Confesso que é das minhas campanhas preferidas, especialmente porque aborda dois pontos de vista da Segunda Guerra Mundial que nunca foram muito explorados, mas que têm um enorme potencial. Conta as histórias de um soldado russo que se encontra na frente oriental para suster a vaga nazi; e de um norte-americano, que é apresentado aos horrores da guerra no Pacífico, com os japoneses como o inimigo.

Os eventos da campanha são inspirados em parte nas batalhas reais da guerra, proporcionando uma autenticidade impressionante. As personagens secundárias também desempenham um papel fundamental na qualidade da campanha, com os carismáticos Sgt. Reznov e Sgt. Roebuck, tornando as missões mais envolventes. Além disso, a variedade de cenários é notável, com os jogadores a serem transportados para diferentes partes do mundo.

5 – Call of Duty

Lançado em 2003, foi o jogo que tudo começou. Depois de Medal of Honor: Allied Assault, era difícil imaginar que outro jogo conseguisse representar tão bem o cenário da Segunda Guerra Mundial. Call of Duty não só fez isso, como o superou em vários aspectos, tornando-se imediatamente a grande referência deste tema no género. E uma coisa que a Infinity Ward percebeu logo e melhor do que ninguém, é que a maneira como contariam a história seria determinante para que o jogador se sentisse completamente absorvido.

É o típico jogo que explora a temática da WWII, mas que nos atira para uma experiência incrivelmente cinematográfica que marcou o género para sempre. Iremos acompanhar uma unidade que é formada por várias companhias das 82º e 101ª Divisões Aerotransportadas, após os eventos da Operação Overlord. O protagonista é um soldado chamado Martin recentemente alistado, e que passará por vários dos momentos mais simbólicos da campanha europeia. É uma excelente história, e quase uma versão interactiva da minissérie Band of Brothers que fora lançada dois anos antes.

4 – Call of Duty: Modern Warfare 2

Call of Duty: Modern Warfare 2 foi lançado em 2009, e foi o segundo jogo da trilogia de maior sucesso dentro do franchise. A história passa-se cinco anos após os eventos do primeiro jogo, onde uma das personagens-jogáveis é Joseph Allen, que é recrutado pela CIA para fazer parte da unidade anti-terrorista Task 141. Posteriormente, será enviado numa missão secreta como agente infiltrado, onde irá conhecer aquele que é o vilão mais memorável de qualquer jogo da série – Vladimir Makarov.

A história de Modern Warfare 2 é elogiada pela sua ousadia e pelo modo como aborda temas controversos, levando os jogadores a questionar sua própria moralidade. E entre os vários momentos icónicos, não podemos, claro, esquecer a infame missão “No Russian” que força o jogador a assistir (ou participar) num ataque terrorista. As cenas de acção são espetaculares, e a jogabilidade mantém o alto padrão da série, oferecendo uma das melhores campanhas.

3 – Call of Duty: Black Ops 2

É um dos casos em que a sequela supera o original. Call of Duty: Black Ops 2 entrega uma campanha entusiasmante e situada em duas linhas temporais. Os jogadores vão jogar com do sargento Alex Mason e o seu filho David Mason, enquanto tentam travar o misterioso vilão Raul Menendez. A história desenrola-se entre 1980 e 2025, alternando entre as duas épocas e mostrando as consequências das escolhas feitas pelo jogador no passado.

Com uma narrativa muito especial e a introdução de escolhas que afectam o final, foi uma história que se destacou pela sua abordagem inovadora à campanha. As missões ofereceram uma enorme diversidade de ambientes, desde a selva até cidades num contexto mais futurista, mantendo os jogadores absorvidos do início ao fim. É, sem dúvida, um dos grandes First Person Shooters da sua geração.

2 – Call of Duty: Modern Warfare 3

Foi o culminar de uma fantástica trilogia que terminou em 2011. A história continua os eventos do segundo jogo, com o mundo à beira do caos devido a uma guerra total entre a Rússia e as forças da NATO. A Task 141 não tem mãos a medir, e personagens como o Captain Price e o Soap MacTavish vão ser fundamentais para conter a ameaça global representada pelo vilão Vladimir Makarov.

A campanha de Call of Duty: Modern Warfare 3 brilhou pela sua acção cinematográfica que nos leva por uma multiplicidade de cenários, desde uma Manhattan devastada pela guerra ao submundo de Paris. A jogabilidade é absolutamente frenética e carregada de momentos épicos, entregando uma campanha com um ritmo electrizante que satisfez os fãs da série e concluiu a saga Modern Warfare da melhor maneira possível.

1 – Call of Duty 4: Modern Warfare

Foi lançado em 2007 e começou uma verdadeira era dourada da franquia. E curiosamente assumiu um risco significativo na altura, já que cortou com o confortável sucesso da Segunda Guerra Mundial e apostou num contexto de combate mais moderno. Uma vez que os eventos do 11 de Setembro ainda estavam frescos, foi a altura ideal para criar uma história relacionada com o terrorismo. E o êxito foi estrondoso!

Usa o método de narrativa mais comum de Call of Duty, ou seja, conta a história através da perspectiva de seis personagens diferentes, que nos levam a descobrir uma terrível conspiração. O Partido Ultra-Nacionalista russo liderado por Imran Zakhaev estabeleceu uma perigosa aliança com Khaled Al-Asad – líder de uma organização terrorista do médio oriente – e juntos pretendem mudar o cenário mundial, começando pela Rússia. É uma das grandes campanhas da história dos videojogos, e completamente imperdível para quem gosta de um bom jogo de acção.

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Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.