Developer: Vile Monarch
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 12 de julho de 2024
Não há nada que me anime mais do que poder entrar num mundo de alquimia e mistério, sendo que, não é por acaso que a série “Atelier” é a minha preferida. Aliás, para mim ter a palavra “Alchemy” algures na descrição do jogo é meio caminho andado para eu querer experimentar esse jogo e “The Last Alchemist” é maravilhoso a introduzir essa mística e essa magia.
“The Last Alchemist” é um verdadeiro jogo de fantasia com um toque de gestão de elementos e com todo um mundo para ser descoberto.
Quando começamos o jogo ficamos logo a conhecer a nossa personagem principal, o Aprendiz, que está no velho Observatório Imperial, um laboratório equipado com todos os tipos de materiais, mecanismos e, acima de tudo, com todos os conhecimentos que ele precisa para atingir o seu maior objetivo de se tornar um Mestre da Alquimia. No entanto, somos confrontados com um pequeno pormenor: o jogo decorre no século XVII na Europa, altura em que qualquer elemento fora da compreensão comum era considerado perigoso, temido e acima de tudo, proibido. Esta é também a altura em que a inquisição, um grupo político muito poderoso, condena a Alquimia como sendo uma heresia e uma ameaça, tentando aniquilar e punir todos os que se relacionem com tal ciência.
Apesar de parecer muita informação, o jogo faz um trabalho maravilhoso em apresentar-nos a história e a ensinar-nos os elementos base do jogo. Aliás, este é um ponto muito forte do jogo, visto que nos mostra passo a passo como funcionam os vários elementos da alquimia e como os vamos poder usar ao longo de todo o jogo. Depois da explicação e introdução às dinâmicas do jogo, o Aprendiz vai descansar para então, efetivamente, começar a nossa jornada.
Assim que acordamos e começamos a nossa aventura conhecemos um Agari chamado Enoki. Agari é o nome dado aos seres que habitam o sítio onde nos encontramos e que têm uma aparência engraçada muito semelhante a de um cogumelo e que são raramente avistados por seres humanos. Depois deste encontro somos guiados ao exterior do castelo para conhecermos Hapako, o construtor do grupo, que nos começa logo a orientar com tarefas, sendo que a primeira de todas é fazer com que a oficina comece a trabalhar. Aos poucos vamos conhecendo mais personagens, cada uma com a sua especialidade e que, sem dúvida, enriquecem lindamente o jogo.
O sistema de Alquimia, principal parte do jogo, é muito apelativa e envolvente. Todas as ferramentas ou itens que se possa pensar e que se precise para avançar no jogo e na exploração do mundo, requer um processo alquímico qualquer, e cabe a nós descobrirmos como esses processos se desenrolam e que matérias-primas vamos precisar. Assim sendo, em “The Last Alchemist” a maioria do gameplay envolve explorar o mundo para procurar materiais e desenvolver novos itens e ferramentas. E para encontrar todas essas matérias-primas temos um mundo lindíssimo para explorar
Mas não se preocupem que o jogo não é assim tão fácil, e chega a altura em que só a exploração não basta, e para isso temos a ajuda de uma lupa que nos permite fazer uma análise a fundo de determinado da matéria com que estamos a lidar para podermos aprender mais sobre ela e, consequentemente, desencadear novos conhecimentos. Seguindo isto, uma das ferramentas que vamos ter que construir é um extrator de essências que consegue retirar as essências dos materiais para mais tarde serem usados para resolver puzzles alquímicos.
E assim se desenvolve o nosso gameplay, explorando e constantemente evoluindo as nossas ferramentas e meios para conseguir o nosso objetivo principal de nos tornarmos os melhores alquimistas.
O mundo de “The Last Alchemist” para além de lindíssimo, com gráficos apelativos e paisagens maravilhosas, apresenta ainda ambientes extremamente interessantes e variados, sendo um jogo que nos envolve até ao último pormenor. As paisagens são tão belas de se apreciar tanto no amanhecer como no entardecer e a noite. Quem jogar este jogo vai, sem dúvida, envolver-se na exploração do mundo.
Quanto aos controlos do jogo estes não são os mais fáceis de usar, pela minha experiência. Demorei mais do que o normal para me habituar a estes e mesmo assim houve alguns comandos que me faziam parar para ver em que tecla é que estavam. Este é um jogo da Steam que, de momento, está adaptado para o PC e que ainda não está 100% apto para comandos nem para o steam deck, no entanto, sinto que é algo que os criadores podem adaptar facilmente num futuro próximo.
Para além disto, um ponto que sinto que poderia ser melhorado é a transição entre as ferramentas de jogo. Na minha experiência tinha que mudar o lugar das ferramentas constantemente para as conseguir usar. Mais uma vez, algo que espero que os criadores consigam mudar com o lançamento oficial do jogo.