Foi, durante os últimos anos, quem realmente conseguiu disputar a Premier League com o Manchester City de Guardiola. O treinador que trouxe o gegenpress para a ribalta, e o primeiro de uma nova onda de técnicos alemães a alcançarem o sucesso e a notoriedade.
Já não é o comandante da equipa de Anfield, no entanto, tendo em conta o impacto que teve ao reerguer o clube histórico inglês, assim como a importância que alcançou no futebol europeu, tínhamos de replicar aqui o seu modelo de jogo para quem quiser usar. É a tática correspondente à época 2023-2024 que tantos momentos de qualidade nos trouxe, numa luta pelo campeonato que durou até ao fim.
Alisson – Guarda-Redes Líbero (Apoiar)
Robertson –Ala Completo (Atacar)
Van Dijk – Defesa Central (Defender)
Konaté – Defesa Central (Defender)
Alexander-Arnold – Ala Completo (Atacar)
Endo – Médio Recuperador de Bolas (Defender)
Mac Allister – Médio Centro (Apoiar)
Szoboszlai – Médio Centro (Atacar)
Luis Díaz – Avançado interior (Atacar)
Darwin – Avançado Trabalhador (Atacar)
Salah – Avançado Interior (Atacar)
Com Posse de Bola
Klopp soube evoluir nos últimos dois anos, trocando a característica vertigem por um jogo posicional mais paciente quando assim era necessário. Porém, a sua identidade era de um futebol mais directo, que obrigava o adversário a ter de igualar os níveis de intensidade, para, pelo menos, conseguir tentar disputar o jogo. A agressividade com bola era elementar e extremamente difícil de contrariar, onde a velocidade dos jogadores da frente era fundamental para que tudo funcionasse.
Em Transição
Todavia, era na pressão alta e sufocante que o Liverpool mais colhia dividendos. Costumava-se dizer que a equipa de Jurgen Klopp era mais perigosa quando não tinha a bola, já que sabia encurralar e depois tirar partido da desorganização adversária quando recuperava a bola. Os momentos de transição defensiva e ofensiva eram os grandes trunfos do seu modelo, sendo o treinador que melhor soube interpretar e executar os princípios de Ralf Rangnick.
Sem Posse de Bola
Embora não seja a equipa mais forte em organização ofensiva, melhorou imenso nos últimos anos, sabendo lidar melhor quando com a altura em que tem de se colocar atrás da linha da bola. Ainda assim, o seu foco é sempre o de explorar o momento de recuperação da posse, com os jogadores mais avançados sempre preparados para atacar o espaço e a profundidade. A ideia é defenderem em bloco alto, com o espaço atrás da linha defensiva a ser controlado por um sempre atento Alisson.
Notas:
– Transição ofensiva perigosíssima
– Pressão alta muito bem coordenada
– Facilidade em criar oportunidades de golo
Ninguém sabe se Jurgen Klopp alguma vez voltará, mas uma coisa é certa, a marca que deixou nunca a apagarão. É um dos grandes treinadores da história do futebol, e certamente um dos mais importantes que passaram pelo Liverpool.
