Developer: Tiny Roar
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 19 de julho de 2024

“Into the Emberlands” é-nos apresentado durante o direct da Wholesome Games, o que, para mim, traz logo associada a ideia de Cozy Gaming e, mais uma vez, este trouxe exatamente isso para a mesa. Este jogo é, então, introduzido como sendo um jogo Cozy de exploração e com elementos de rogue-lite e de estratégia.

O jogo começa com a nossa terra, as Emberlands, a serem ameaçadas por um Miasma misterioso que se apodera da natureza ao nosso redor e que faz com que muitos habitantes fiquem perdidos sem conseguir voltar a casa. A nossa personagem foi designada como sendo o novo “light bearer” ou aquele que carrega a luz (e não porque efetivamente merecemos o título, mas porque somos o único habitante que resta para esta função), e cabe-nos a tarefa de nos aventurar para a escuridão com a nossa lanterna para encontrar todos os que se perderam no Miasma, o mesmo que ameaça permanentemente o sítio onde moramos. 

O objetivo é repor toda a população e trazer a nossa aldeia à sua antiga glória de modo a conseguir afastar a ameaça do Miasma, e para isso teremos de nos aventurar nos bosques a procura de recursos para o fazer. A nossa lanterna é, assim, o elemento principal de toda a exploração. No seu interior reside uma chama que traz a luz necessária para afastar o Miasma, sendo essa mesma chama que está a proteger o pouco que sobra da aldeia. No entanto, os nossos movimentos com esta chama são limitados, sendo que esta vai perdendo força à medida que exploramos a floresta, e se não tivermos cuidado a chama pode extinguir-se. No início a chama só nos permitirá dar 30 paços fora da área da aldeia, no entanto podemos recarregar a lanterna em pequenos pontos e fazer upgrades à lanterna para aumentar esse valor fazendo troca de materiais com galinhas gigantes que se escondem no Miasma, e sempre que voltamos a aldeia repomos o nível de luz.

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Temos de procurar pedra e madeira sendo estes dos recursos principais, mas também precisaremos de moedas, cristais, entre outros para conseguir concluir os quests que nos são dados pelos npcs sendo que esses quests são fundamentais para a evolução do jogo. Isto quer dizer que vamos estar constantemente a ter que decidir que recursos precisamos e que recursos temos que dar como moeda de troca. Muito frequentemente vamos achar que temos madeira e pedras suficientes, no entanto vamos precisar de arranjar moedas e teremos que dar 8 pedaços de madeira em troca. Por outro lado, o resgate de habitantes das brumas do Miasma vai permitir que consigamos reconstruir a população e que consigamos aprender mais sobre o Miasma. 

Para além da lanterna temos acesso a ferramentas como o machado e a picareta, no entanto estes têm sempre um número de uso limitado e teremos de procurar por mais espalhados pelas Emberlands. O seu uso limitado vai também limitar a quantidade de madeira e pedra que conseguimos adquirir aumentando a dificuldade do jogo. 

Quando por algum motivo a nossa chama se extingue e nós ficamos perdidos no Miasma é-nos introduzido o elemento Rogue-lite deste jogo. Em “Into the Emberlands” sempre que isso acontece voltamos ao nosso ponto inicial no meio da população e ficamos sem nada do que conseguimos recolher até esse momento. As pedras, madeira, machados e picaretas, e basicamente tudo incluindo os habitantes que já tínhamos conseguido resgatar, voltam aos seus valores iniciais, incluindo a capacidade da nossa lanterna, mas nem tudo é mau e o progresso que conseguimos alcançar até esse momento e os quests mantêm-se. E não se surpreendam quando a vossa lanterna de repente baixar de 220 para os iniciais 30 passos. 

Apesar do gameplay de “Into the Emberlands” estar muito à volta do mesmo (fazer quests e procurar materiais), este jogo consegue manter-se interessante e desafiante. Temos de estar constantemente a lutar entre voltar à base ou continuar a exploração, e decidir que recursos podemos dar em troca de outros e como isso nos vai afetar. Já passei imensas horas de volta do jogo sem grande progressão (porque às vezes sou altamente lerda) e consegui manter-me sempre envolvida no jogo o que para mim é bastante raro de acontecer. 

Para além de tudo o que já foi dito, este jogo apresenta-nos gráficos fantasiosos e de uma beleza artística incomum no mundo dos jogos e que permite-nos perder com facilidade no mundo encantado de Emberlands. Muito coloridos e apelativos, os gráficos são, sem dúvida, um ponto muito forte deste jogo. 

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Ana Pereira
No recreio da primária passava a vida a ver o seu amigo de infância jogar Pokémon Blue no seu Gameboy Color, e não descansou enquanto não teve a sua própria consola. Os primeros jogos que teve foram o Kirby Dreamland 2 e o Pokémon Yellow e desde aí tornou-se grande fã da Nintendo e de videojogos em geral. Apaixonada por arte, música e jogosssss. Fã de JRPGs, farming sims e os chamados "cozy games" mas na verdade é caso para dizer que marcha de tudo, porque todos os jogos sao bons e sao experiencias unicas.
analise-into-the-emberlands<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Gráficos lindíssimos</li> <li style="text-align: justify;">Rogue-lite viciante</li> <li style="text-align: justify;">Quests pequenos, mas com grande sentido de evolução</li> <li style="text-align: justify;"> Dá para jogar no steamdeck/li> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Pode tornar-se repetitivo a certo ponto quando estagnamos um bocado na progressão de tarefas</li> <li style="text-align: justify;">Para quem não gosta do elemento rogue-lite, definitivamente não recomendo/li> </ul>