O que parecia inevitável aconteceu mesmo, e à quarta jornada o Benfica viu-se obrigado a trocar de treinador. A escolha para substituir Roger Schmidt foi o regresso de Bruno Lage, um treinador que já viveu o sucesso e o insucesso no clube, e que tem agora a difícil tarefa de fazer render um plantel que não construiu. No entanto, não falta qualidade individual às águias, e apesar da missão complicada, não deixa de ser igualmente aliciante, visto ser, provavelmente, o melhor conjunto de jogadores que Bruno Lage já teve à sua disposição.
Trubin – Guarda-Redes Líbero (Defender)
Álvaro Fernández – Ala (Apoiar)
Otamendi – Defesa Central (Defender)
António Silva – Defesa Central (Defender)
Bah – Ala (Atacar)
Kerem Akturkoglu – Extremo Invertido (Atacar)
Orkun Kokçu – Construtor de Jogo Recuado (Apoiar)
Florentino Luís – Trinco (Defender)
Di María – Organizador Aberto (Apoiar)
Pavlidis –Ponta-de-Lança (Atacar)
Aursnes – Avançado Sombra (Atacar)
Com Posse de Bola
Um dos principais objectivos de Bruno Lage no imediato é dinamizar as manobras ofensivas. Quem conhece os trabalhos anteriores do jovem treinador português, sabe que quer as suas equipas a jogar rápido, para a frente, mas com critério. É adepto de estabelecer ligações entre jogadores, de maneira a que saibam combinar e improvisar no caminho até ao golo. É isso que está actualmente a trabalhar no Benfica, sendo já possível identificar alguns padrões e dinâmicas principalmente nos flancos, tanto em overlaps interiores como exteriores.
Em Transição
Não tem os princípios de pressão sufocante do treinador que substituiu, mas exige, ainda assim, uma forte reacção à perda da bola, pressionando em bloco alto. E a verdade é que a equipa estabilizou ligeiramente em transição defensiva, não concedendo tantas situações de igualdade e inferioridade numérica como já vimos nesta época. No momento em que recupera a bola tenta aproveitar o espaço deixado pelo adversário, mas sem forçar, caso as circunstâncias não sejam promissoras.
Sem Posse de Bola
Continua a optar por defender em 4-4-2, e o regresso de Aursnes parece vir em boa hora, defendendo como segundo avançado, e descendo muitas vezes para terceiro médio, de forma a estar disponível para receber e criar superioridades. Nesse sentido, se não recuperar a bola de imediato, a prioridade é ter a equipa organizada e só depois tentar encurralar o adversário, porém, apenas nas condições em que se sente confortável. Ainda tem muito trabalho pela frente, mas já mostrou que é capaz de preparar bem as suas equipas em organização defensiva.
Notas:
– Dinâmicas interessantes nos flancos
– O papel dado a Kokçu
– Transição ofensiva promissora
Bruno Lage parte com um atraso já importante, especialmente tendo em conta que o Porto e especialmente o Sporting estão fortes esta época. Mas algo que ficou claro desde que pegou na equipa é a confiança que tem na sua capacidade de dar a volta aos acontecimentos.