Developer: Activision, Treyarch Studios
Plataforma: Xbox Series, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC
Data de Lançamento: 28 de Janeiro de 2025

No mundo de Call of Duty, e dos shooters online em geral, a estrutura de temporadas (seasons) tornou-se a norma, garantindo um fluxo contínuo de novos conteúdos para manter a comunidade activa e interessada. Cada temporada introduz mapas, modos, armas, operadores e eventos que renovam a experiência de jogo, embora a forma como este conteúdo é distribuído nem sempre seja uniforme.

No caso de Call of Duty: Black Ops 6, a Season 2 seguiu a fórmula já estabelecida pela franquia, dividindo as novidades entre o lançamento inicial e uma segunda fase, conhecida como mid-season ou, neste caso, Reloaded Update. Esta abordagem permite que os jogadores tenham algo para explorar desde o primeiro dia, ao mesmo tempo que mantém o interesse e a expectativa até ao próximo grande momento da temporada.

A segunda temporada trouxe um leque considerável de novidades logo no lançamento, com destaque para três novos mapas multijogador: Bounty, um luxuoso arranha-céus de um chefe do crime; Dealership, um concessionário automóvel repleto de esconderijos; e Lifeline, um iate que proporciona combates intensos tanto em 2v2 quanto em 6v6.

Além dos mapas, a temporada introduziu um novo modo de jogo chamado Overdrive. Neste modo, as equipas competem para alcançar um determinado número de estrelas antes da equipa adversária. A principal diferença para o Team Deathmatch tradicional está na forma como os jogadores ganham estas estrelas. Em vez de um simples sistema de pontuação por eliminações, o Overdrive introduz um sistema de recompensas por escalões, onde cada tipo de eliminação concede uma quantidade diferente de estrelas

Outra das novidades é o regresso do modo clássico Gun Game, e que há muito era pedido pelos jogadores. Neste modo, os jogadores começam com a mesma arma e, ao eliminar inimigos, avançam para uma nova arma na sequência estabelecida. A premissa é simples: eliminar inimigos com a arma que temos no momento, e a cada eliminação passamos para uma nova arma. Por outro lado, o adversário eliminado, “retrocede” de arma, ou seja, volta a uma etapa anterior no ciclo, sendo que o objetivo final é sermos os primeiros a completar o ciclo de 20 armas.

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Passando para os Zombies, a grande atracção foi o novo mapa The Tomb, um sinistro local arqueológico que esconde vários segredos e perigos. O mapa trouxe consigo o Shock Mimic, uma nova variação do inimigo clássico que se disfarça de maneira a enganar os jogadores antes de os atacar com descargas eléctricas. Além disso, um dos elementos mais icónicos da história de Zombies faz o seu retorno triunfante: a Staff of Ice, a arma mítica introduzida originalmente em Black Ops 2, agora disponível para congelar hordas de mortos-vivos no novo cenário da Season 2.

No que diz respeito ao Warzone, o foco inicial da temporada esteve mais na otimização da jogabilidade do que na adição de conteúdo propriamente dito. As mudanças incluíram melhorias na velocidade de troca de armas, tempos de reload, saltos e transições de paraquedas, bem como ajustes na clareza de áudio e correções de bugs. No entanto, dois novos perks foram introduzidos: Reactive Armor, que regenera até 50% da armadura após alguns segundos sem sofrer dano, e Low Profile, que foi disponibilizado agora na atualização mid-season e permitirá aos jogadores moverem-se mais rapidamente enquanto estão derrubados ou deitados.

Agora com a entrada do Season 2 Reloaded Update, um dos maiores eventos da temporada em Call of Duty: Black Ops 6, os jogadores têm muito o que esperar. Este midseason update traz uma série de melhorias no gameplay e conteúdo inédito que enriquecem a experiência geral do jogo. Ao longo deste update, a Activision trouxe o que já havia sido anunciado e prometido no roadmap, mas também outras novidades e alguns ajustes que precisavam ser feitos.

O primeiro grande destaque são os novos mapas, expandindo as opções de gameplay e aprofundando a diversidade das batalhas. O mapa Grind Ooze, proporciona um ambiente de combate dinâmico, e foi adicionado ao pool de mapas no modo 6v6, trazendo mais uma localização vibrante para os jogadores explorarem. Quanto ao mapa Bullet, foi projectado para oferecer uma experiência mais focada no combate estratégico, e estará disponível para o modo Strike, com suporte para 6v6 e também uma versão reduzida para 2v2.

Fiquei sobretudo impressionado com o novo mapa Bullet, e em especial com o seu design. Tem um layout interessante, com corredores apertados que favorecem combates de curta distância, mas ao mesmo tempo oferece linhas de visão estratégicas para quem gosta de usar armas com menor cadência e uma maior precisão. Fica evidente o aproveitamento que podemos tirar dos ajustes nos spawns, que agora parecem muito mais equilibrados do que antes.

Contudo, uma das maiores adições do midseason update é o modo TMNT Moshpit, onde os jogadores podem encarnar as habilidades dos heróis mais conhecidos do universo das Teenage Mutant Ninja Turtles. Ao jogar em mapas como Team Deathmatch, Domination ou Hardpoint, os jogadores podem desbloquear Scorestreaks especiais das personagens das Tartarugas Ninja. Esta novidade traz poderes únicos aos jogadores, como teleportação, invisibilidade, e até habilidades como o ataque com shurikens. Além disso, uma variante chamada Cowabunga Cranked foi introduzida, combinando a acção frenética do modo Cranked com o universo TMNT.

 

 

O conteúdo de Zombies também não foi deixado de lado, e teve igualmente direito a alguns retoques e novidades. O mapa The Tomb recebeu diversas melhorias, nomeadamente nas animações dos inimigos e na resolução de problemas com áreas fora de limites e progressão de missões. A novidade mais significativa é a inclusão do Directed Mode, uma mecânica que permite aos jogadores assumir o controlo das acções no decorrer da história, personalizando a forma como cada missão se desenrola. Novas armas e itens de suporte foram introduzidos no modo, como o PPSh-41 e o War Machine, que acrescentam às opções estratégicas. A Treyarch também ajustou a progressão das S.A.M. Trials, garantindo que os jogadores possam agora completar essas missões sem problemas de bloqueio.

Temos também ajustes importantes nas armas, incluindo melhorias nas Rifles de Sniper, especialmente na questão da animação dos reloads, e alterações nas distâncias de alcance das armas corpo-a-corpo. Itens como a faca, o taco de basebol e o Power Drill agora possuem distâncias de “lunge” mais extensas, tornando essas armas mais competitivas. Com isso, a Treyarch busca equilibrar o desempenho das armas corpo-a-corpo, sem deixar que elas se tornem excessivamente poderosas, preservando a diversidade tática.

O mesmo acontece com os attachments, onde temos algumas novidades. O Underbarrel Crossbow, por exemplo, recebeu um buff substancial no número de munições e na velocidade do projéctil, o que facilita o acerto em alvos a distâncias mais longas e melhora o desempenho nas situações de combate de curto alcance. Para os entusiastas das personalizações, a funcionalidade dos attachments tornou-se ainda mais rica.

Além das adições de conteúdo, a atualização de meio de temporada também inclui ajustes fundamentais na jogabilidade. A lógica de respawn foi refinada para minimizar os “flip de spawns” excessivos, proporcionando uma experiência mais estável durante os combates. Isso é especialmente importante em modos como o Domination e Team Deathmatch, onde uma mudança súbita de posição pode desequilibrar a partida.

Outro ponto importante é o foco na experiência visual e na estabilidade. A actualização corrigiu diversos bugs gráficos, melhorando a clareza das imagens e a fluidez do jogo. Foram feitos ajustes na iluminação, e o sistema de efeitos visuais foi melhorado para proporcionar uma experiência mais imersiva. Várias correções de estabilidade também foram implementadas, reduzindo falhas e algum stuttering que os jogadores poderiam enfrentar.

Com a Season 2, e mais particularmente o Reloaded Update, a Activision deixa claro que está comprometida em continuar a oferecer uma experiência consistente e fresca aos seus jogadores. Novos conteúdos, ajustes e uma infinidade de correções trazem algo para todos os tipos de jogadores, desde aqueles que buscam novas formas de competir em mapas multiplayer como para os fãs de Zombies que querem novas formas de lutar contra as hordas.

 

 

Fiquei sobretudo impressionado com o novo mapa Bullet, no modo 6v6, e em especial com o seu design. Tem um layout interessante, com corredores apertados que favorecem combates de curta distância, mas ao mesmo tempo oferece linhas de visão estratégicas para quem gosta de usar armas com menor cadência e uma maior precisão. Fica evidente o aproveitamento que podemos tirar dos ajustes nos spawns, que agora parecem muito mais equilibrados do que antes. O problema dos “flip de spawns” repentinos, algo que era um pesadelo no início da temporada, foi claramente atenuado, tornando as partidas mais justas.

Admito que não esperava divertir-me tanto com o TMNT Moshpit. É um modo caótico no melhor sentido possível. O momento em que consegui o Raphael’s Unlimited Shuriken foi surreal—simplesmente spammei shurikens nos inimigos e me senti imbatível por alguns segundos. A mecânica de double jump e air dash também adiciona um ritmo diferente ao gameplay, e acho que esse tipo de evento tem o potencial de tornar a experiência multiplayer muito mais dinâmica e imprevisível.

Nos modos normais, notei que o balanceamento das armas realmente teve impacto. Joguei algumas partidas com a PPSh-41, que foi adicionada ao arsenal, e a arma tem um recuo moderado, mas a cadência de tiro dela compensa bastante em combates de curta distância. Já no Power Drill, a mudança na distância de lunge foi notável—antes parecia um pouco inconsistente, mas agora é mais confiável para ataques rápidos.

Passei também um tempo no Zombies, e as mudanças no mapa The Tomb foram evidentes. Os inimigos não estavam mais com aqueles problemas de animação estranhos que aconteciam antes, e o fluxo do jogo estava mais polido. Uma das melhores melhorias foi a adição das novas armas ao Mystery Box. Conseguir o War Machine logo no início da partida transformou completamente a abordagem ao combate, permitindo-me limpar hordas inteiras de zumbis sem esforço.

No geral, a experiência pós-Reloaded Update tem sido muito positiva. A Treyarch realmente conseguiu corrigir alguns dos problemas mais frustrantes do jogo e adicionou novidades que fazem valer a pena voltar e explorar. O equilíbrio entre diversão e competitividade está melhor ajustado, e os novos modos trouxeram um frescor à jogabilidade. Mal posso esperar para ver como o meta vai evoluir nos próximos dias e como a comunidade vai reagir a essas mudanças.

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Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.
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