Developer: Obsidian Entertainment, Xbox Game Studios
Plataforma: Xbox Series, PlayStation 5 e PC
Data de Lançamento: 29 de Outubro de 2025
O lançamento de The Outer Worlds 2 chega numa altura algo complicada para a Xbox. A par de DOOM: The Dark Ages, este era o grande blockbuster da marca para 2025 — não apenas como exclusivo de peso do ecossistema Xbox, mas também como uma das principais apostas do Game Pass para justificar o valor do serviço e consolidar a sua imagem de catálogo de referência.
A expectativa era, portanto, altíssima, tanto por parte dos jogadores, como da própria Microsoft, que atravessa um momento difícil após semanas de alguma controvérsia. O sucesso deste título representava mais do que o lançamento de um novo RPG, simbolizando uma prova de força criativa e técnica de um dos estúdios mais respeitados sob o guarda-chuva da Xbox Game Studios — a Obsidian Entertainment.
Para o estúdio, The Outer Worlds 2 era muito mais do que uma simples sequela. Tratava-se de um projeto de afirmação, sustentado por um orçamento significativamente superior ao do primeiro jogo e com uma ambição declarada: expandir o universo, melhorar a escala e a profundidade narrativa, e sobretudo mostrar até onde a Obsidian poderia ir com recursos dignos de um grande estúdio AAA. A aposta da Microsoft foi clara — dar à equipa criadora de clássicos como Fallout: New Vegas e Pillars of Eternity todas as ferramentas para transformar esta nova IP num nome de peso dentro do género RPG de ação e ficção científica.
Essa responsabilidade ganha ainda mais relevo tendo em conta o contexto da própria série. O primeiro The Outer Worlds foi uma agradável surpresa de médio orçamento, conquistando o público com o seu humor ácido, escrita afiada e liberdade de escolha. Mas uma nova propriedade intelectual precisa de mais do que uma boa estreia: precisa de crescer, consolidar-se e provar que tem espaço para evoluir. É aqui que The Outer Worlds 2 entra como teste definitivo da sua identidade, não só em termos de narrativa e design, mas também na forma como se posiciona dentro de um mercado cada vez mais competitivo.
Este contexto torna The Outer Worlds 2 mais do que uma simples continuação, sendo uma afirmação de identidade e um passo decisivo para cimentar a série como uma referência moderna no género de ação e roleplay narrativo. O investimento é visível desde os primeiros minutos, seja no salto técnico, na ambição da produção ou na confiança com que o jogo se apresenta. A introdução cinematográfica, repleta de ironia e pompa espacial, funciona quase como uma metáfora para a própria Obsidian: um estúdio que continua a rir-se das convenções da indústria, ao mesmo tempo que as domina.
Enquanto o primeiro jogo se passava na colónia de Halcyon, The Outer Worlds 2 transporta-nos até Arcadia — uma colónia próspera, isolada e mergulhada numa intensa disputa pelo poder. O jogador assume o papel de um agente da Earth Directorate, a entidade administrativa encarregada de gerir as relações entre a Terra e as suas colónias. No comando da nave Incognito, somos enviados em missão a Arcadia, um sistema estelar controlado pelo The Protectorate, um regime implacável e autoritário.
A tarefa parece simples: reunir-nos em segredo com uma agente infiltrada que detém informações cruciais sobre misteriosas fendas dimensionais que ameaçam desestabilizar toda a colónia. No entanto, como seria de esperar neste tipo de operações, nada corre como planeado. O encontro rapidamente se transforma num desastre, a missão entra em colapso, e um confronto inesperado força-nos a uma fuga desesperada para sobreviver — uma fuga que, ainda assim, não deixará de ter as suas consequências.
Dez anos depois do desastre, despertamos para um mundo que mudou completamente desde a última vez que estivemos em Arcadia. E quando finalmente estamos prontos para retomar a acção, descobrimos que durante a nossa ausência a colónia foi invadida pela megacorporação Auntie’s Choice. O mais grave, porém, é que o conflito desencadeado pela sua chegada agravou drasticamente a anomalia do Rift, bloqueando completamente a entrada e saída de naves da colónia e colocando Arcadia em perigo iminente de destruição.
A Obsidian volta a explorar os temas que sempre lhe foram caros: a manipulação do poder, a ilusão da autoridade e a liberdade individual num sistema que constantemente tenta defini-la. Tal como no jogo original, não há vilões ou heróis absolutos — apenas facções movidas por interesses e crenças que, dependendo da perspectiva, podem parecer justos ou monstruosos. Essa zona cinzenta moral é o terreno onde a narrativa floresce, permitindo ao jogador moldar a sua própria visão do que é “certo” num mundo que já esqueceu esse conceito.
Apesar de a escala do conflito ser maior, The Outer Worlds 2 mantém o tom satírico e o humor mordaz que definiram o primeiro jogo. O guião continua a ser pontuado por ironias, piadas sobre a ganância corporativa e pequenas observações que desmontam o absurdo das estruturas de poder. Mas, ao contrário de cair na caricatura, a escrita da Obsidian equilibra-se com momentos de genuína reflexão e peso dramático — uma combinação difícil, mas que aqui surge com naturalidade.
Um dos aspectos mais visíveis da evolução de The Outer Worlds 2 em relação ao primeiro jogo é a qualidade das cutscenes. Estão verdadeiramente incríveis, e não apenas impressionam visualmente, como também aumentam imenso a imersão do jogador. É algo que eleva a experiência em termos de narrativa, fazendo com que os momentos mais importantes da história sejam vividos de uma forma mais intensa, demonstrando um progresso claro na forma de contar histórias em comparação com o estilo mais contido do original.
O centro da experiência em The Outer Worlds 2 continua a ser a liberdade de escolha do jogador, mas desta vez com um nível de profundidade ainda maior. Cada decisão — seja nas interações com os NPCs, na resolução de missões ou na gestão dos conflitos entre facções — pode ter ramificações diretas, afetando não apenas a narrativa principal, mas também a relação com os companheiros e o estado da própria Arcadia. Além disso, a presença de soluções alternativas para praticamente todas as missões torna cada playthrough é único.
Além da variedade de opções, a qualidade do storytelling e especialmente dos diálogos destaca-se pelo equilíbrio entre humor ácido, sátira corporativa e mesmo algum drama. Referências inteligentes, sarcasmo pontual e escolhas morais ambíguas estão espalhadas ao longo do jogo, reforçando o tom característico da série. A presença de múltiplas linhas de diálogo relacionadas a habilidades e perks específicos acrescenta ainda mais complexidade, oferecendo soluções criativas para cada situação.
É impressionante como a narrativa consegue adaptar-se às decisões do protagonista, mantendo coerência, personalidade e impacto emocional, tornando cada conversa numa ferramenta estratégica e narrativa, e não apenas um recurso decorativo. Cada escolha de diálogo pode abrir caminhos alternativos, revelar caminhos escondidos da história, influenciar a relação com companheiros e facções, ou mesmo alterar o desfecho de determinadas missões, conferindo ao jogador uma sensação constante de real consequência sobre o mundo à sua volta.
Um dos aspetos mais fascinantes de The Outer Worlds 2 está na teia política e ideológica que envolve as suas facções. Em Arcadia, cada grupo vê as bizarras rift anomalies não apenas como uma ameaça existencial, mas também como uma oportunidade de poder, fé ou lucro. Essa disputa constante pelo controlo do destino da colónia dá à narrativa uma complexidade moral que raramente se encontra em RPGs contemporâneos. Todas as factions influenciam a história de uma maneira ou de outra, e especialmente nas escolhas que teremos de fazer.
No topo da hierarquia está The Protectorate, o regime autoritário que governa Arcadia com mão de ferro. Fundado pelos engenheiros responsáveis pela criação das skip drives — as tecnologias que tornaram a colonização interestelar possível —, o Protectorate acredita ser o guardião legítimo da ordem e da estabilidade. A sua visão de progresso está enraizada no controlo e na segurança, mesmo que isso signifique restringir liberdades individuais. As suas cidades fortemente militarizadas, o discurso propagandístico e a rígida hierarquia interna refletem uma sociedade onde a obediência é sinónimo de sobrevivência.
Em contraste direto, surge The Order of the Ascendant, uma facção que nasceu de uma cisão dentro do próprio Protectorate. Misturando ciência e espiritualidade, os seus membros acreditam na existência de uma “equação universal” capaz de prever e moldar o destino humano. Para eles, as fendas são uma distorção perigosa da ordem natural e precisam de ser seladas — não para assegurar o poder de uns poucos, mas para restaurar o equilíbrio cósmico. O resultado é uma visão mais idealista e filosófica, ainda que envolta num misticismo que contrasta com o pragmatismo militar do Protectorate.
Enquanto essas duas forças representam ideais opostos — controlo versus conhecimento —, Auntie’s Choice surge como o símbolo máximo do cinismo corporativo. Formada pela fusão entre Auntie Cleo’s e Spacer’s Choice, esta megacorporação invade Arcadia sob o lema de “libertar a colónia através do poder do capitalismo”. A sua verdadeira ambição, contudo, é explorar as fendas como fonte de lucro e domínio económico. Ao aprender a abrir e fechar essas anomalias à vontade, a corporação espera monopolizar o comércio interplanetário e impor a sua própria versão de “ordem”, feita de contratos e slogans luminosos.
Paralelamente, existem facções secundárias que acrescentam algum contexto ao panorama político de Arcadia. A Earth Directorate, organização que envia o protagonista em missão, atua como uma espécie de árbitro distante, oficialmente neutro mas inevitavelmente arrastado para o conflito. Já o Rift Cult representa o extremo oposto: uma seita violenta que idolatra o caos e a destruição provocados pelas fendas, vendo nelas uma forma de transcendência.
Essa pluralidade de visões e motivações faz com que cada decisão do jogador tenha um peso político e moral real. O jogo não impõe verdades absolutas — apenas perspectivas em constante colisão. The Outer Worlds 2 transforma, assim, as suas facções em mais do que simples entidades de enredo, sendo espelhos de diferentes formas de compreender a definição e o preço do progresso e do poder, tornando Arcadia um campo de batalha ideológico onde nenhuma escolha é totalmente certa ou inocente.
O processo de criação de personagem em The Outer Worlds 2 é um dos elementos que melhor evidencia a aposta da Obsidian numa experiência verdadeiramente personalizada. Temos, não só uma enorme quantidade de opções para decidir o aspecto físico do protagonista, mas também a sua identidade, através de um sistema de traits profundamente reformulado. Estes traits substituem o antigo sistema de atributos do primeiro jogo e melhoram imenso a construção da personagem, permitindo-nos escolher combinações únicas de forças e fraquezas que moldam tanto o estilo de jogo como a forma como o mundo reage às nossas acções.
Os traits tanto são escolhas narrativas como estratégicas. Alguns oferecem bónus de combate à custa de resistências reduzidas; outros tornam mais fáceis as verificações de diálogo e de perícia, mas diminuem a reputação junto de certas facções. O equilíbrio entre vantagens e desvantagens cria uma sensação constante de risco e recompensa, sendo um reflexo direto do espírito satírico e moralmente ambíguo que sempre caracterizou a série.
Paralelamente, o sistema de flaws — que regressa de forma mais subtil e integrada — continua a desempenhar um papel crucial na construção da personalidade. Estas falhas, adquiridas ao longo da aventura, não são impostas, mas sim aceites voluntariamente, oferecendo recompensas em troca de limitações concretas. O resultado é um herói imperfeito, com traços definidos tanto pelas suas virtudes como pelas suas fraquezas, o que torna cada jornada em Arcadia uma experiência verdadeiramente singular e repleta de caráter.
O gameplay de The Outer Worlds 2 representa um claro avanço em relação ao seu antecessor, oferecendo uma experiência mais fluída e versátil. O combate foi melhorado em múltiplos aspetos, e nota-se principalmente na sensação de disparo, que foi completamente refinado, oferecendo um recuo mais realista, e efeitos sonoros que contribuem para o impacto a cada tiro. As armas de longo alcance e as de combate corpo a corpo recebem a mesma atenção, permitindo que cada estilo de jogo se sinta distinto e satisfatório, com opções para ataques frontais ou abordagens furtivas.
Além disso, a oferta de gadgets, e de armas experimentais e científicas — como rifles com efeitos espetaculares ou dispositivos que manipulam inimigos de formas imprevisíveis — aumenta o leque de novidades e de criatividade no combate, incentivando os jogadores a testar diferentes soluções e estilos. O jogador sente-se constantemente desafiado a pensar além do tiro imediato, explorando todas as possibilidades que o mundo de Arcadia proporciona. Consegue equilibrar ação intensa com liberdade estratégica, tornando cada combate e cada exploração uma experiência imprevisível.
O movimento do protagonista também passou por uma transformação considerável, adicionando verticalidade e dinamismo ao gameplay. Correr, deslizar pelo chão, o novo sistema de mantling, e até saltos duplos permitem abordar cada situação de múltiplas formas, favorecendo abordagens tanto agressivas como furtivas. Esta liberdade de movimento transforma a exploração, visto que um cenário antes visto como um simples corredor ou sala agora pode ser escalado, contornado ou usado para criar emboscadas.
O gameplay loop em The Outer Worlds 2 mantém-se centrado na combinação de exploração, combate e tomada de decisões táticas. Cada missão é estruturada de forma a oferecer múltiplos caminhos e soluções, com obstáculos que podem ser superados através de combate direto, furtividade, persuasão ou criatividade ambiental. Essa variedade incentiva a experimentação e torna cada abordagem única: não há apenas um “caminho certo”, mas múltiplas maneiras de cumprir objetivos, criar caos ou alcançar soluções engenhosas.
O sistema de progressão em The Outer Worlds 2 coloca o jogador no centro da personalização do seu protagonista, oferecendo controlo completo sobre a forma como cada personagem se desenvolve ao longo da aventura. No núcleo desta progressão estão os skill points e as perks, dois elementos interligados que permitem construir personagens com capacidades únicas, adaptadas a diferentes estilos de jogo. A escolha de quais habilidades desenvolver desde o início impacta diretamente as opções de perks disponíveis, tornando o planeamento do build inicial essencial.
Os skill points são atribuídos à medida que o protagonista sobe de nível e podem ser usados para aumentar uma habilidade específica em 1, ou em 2 no caso de habilidades especializadas, ultrapassando temporariamente o limite do nível atual. Estas habilidades abrangem desde combate corpo-a-corpo, perícia em armas de fogo, engenharia, hacking ou medicina, e influenciam tanto o desempenho em combate e exploração como o sucesso em interações sociais e resolução de desafios.
As perks são outra evolução em relação o primeiro jogo. O jogo oferece cerca de 90 perks, organizadas em tiers, desbloqueadas gradualmente conforme o jogador avança. Cada perk pode exigir níveis específicos em certas habilidades, tornando a escolha de skill points no início do jogo crucial para definir caminhos estratégicos futuros. Além disso, as perks são orientados para diferentes estilos de jogo: podem melhorar a eficácia em combate à distância, furtividade, melee, sobrevivência, interação com companheiros, exploração e recolha de recursos.
Também os companions continuam a ser um dos elementos mais característicos de toda experiência, oferecendo muito mais do que simples auxílio em combate. Cada uma das seis personagens disponíveis possui habilidades únicas, personalidade própria e objectivos que se entrelaçam com a narrativa e as facções de Arcadia, tornando a interação com eles fundamental tanto para a história como para a jogabilidade. A forma como os companions reagem às escolhas do protagonista é igualmente importante do ponto de vista narrativo, já que decisões importantes podem influenciar a sua lealdade, o seu desenvolvimento e até o desfecho da aventura.
Mas são especialmente cruciais para o combate, oferecendo papéis complementares que podem transformar encontros difíceis em situações controláveis. Por exemplo, Niles da Earth Directorate pode camuflar-se para flanquear inimigos, enquanto Valerie, o robot de serviço também da Earth Directorate, funciona como suporte. Tristan, do Protectorate, é um tanque poderoso, perfeito para confrontos corpo a corpo, por outro lado, Inez, da Auntie’s Choice, destaca-se no ataque à distância. Marisol, da Order of the Ascendant, combina furtividade com dano, e Aza, do Rift Cult, é especialista em ataques corpo a corpo rápidos e letais.
Mais do que apenas estatísticas e habilidades, a presença de cada companion tornam o mundo do jogo muito mais imersivo, como demonstrações das tensões entre facções, e a multiplicidade de posições em Arcadia. A sua inclusão cria um elo emocional e narrativo, garantindo que cada missão e cada escolha carreguem um peso adicional, pois impactam não só o futuro da colónia, mas também as relações dentro da própria equipa.
Quanto à exploração, Arcadia não é apenas uma colónia próspera, mas um ecossistema rico em locais com bastante diversidade, cada um com a sua própria identidade visual, história e estilo de arquitectura, espelhando as diversas facções e culturas que ali coexistem. Os ambientes não são apenas cenários, mas espaços pensados para recompensar a curiosidade do jogador, com ruas, edifícios, laboratórios e instalações industriais que escondem segredos, recursos valiosos e histórias paralelas que enriquecem o lore da colónia.
E na verdade, é no aspecto visual que a sequela realmente se destaca. O estilo de cores mais vibrantes permanece, assim como a estética que junta a ficção científica clássica a toques futuristas e corporativos. A atenção ao detalhe é fantástica, com texturas de altíssima qualidade, efeitos de iluminação realistas e animações fluídas. Além disso, o motor gráfico permite transições suaves entre interiores e exteriores, e suporta mudanças dinâmicas de luz e clima que enaltecem a atmosfera de cada local. Personagens e criaturas possuem um design expressivo, com modelos detalhados e animações faciais que tornam as cutscenes ainda mais impactantes, especialmente porque são vistas em primeira pessoa.
Nesse sentido, existe um conjunto robusto de opções gráficas que permite aos jogadores ajustar a qualidade visual de acordo com as suas preferências. Há três modos disponíveis: o Quality Mode, que oferece 30 fps com resolução dinâmica entre 1440p e 1600p, com upscale até 4K, priorizando a fidelidade gráfica máxima; o Balanced Mode, que mantém 40 fps com resolução dinâmica entre 1280p e 1440p, também com upscale até 4K, combinando qualidade e fluidez; e o Performance Mode, que foca na suavidade do jogo com 60 fps, usando resolução dinâmica entre 848p e 1280p, com upscale até 1800p.
A componente sonora de The Outer Worlds 2 é outro ponto alto que eleva a imersão no universo de Arcadia. A música do jogo consegue alternar entre temas épicos, tensos e mais contemplativos, refletindo a diversidade dos ambientes e a gravidade das situações vividas. Cada zona tem uma identidade sonora própria, e os momentos de combate são acompanhados por músicas que aumentam a adrenalina sem se tornarem repetitivas. Tal como os efeitos sonoros, que foram igualmente trabalhados com extremo cuidado, contribuindo para criar uma sensação de presença real.
O voice acting é de altíssimo nível, com interpretações que dão vida aos personagens e às suas personalidades. Cada diálogo transmite emoção e intenção, garantindo que a narrativa seja absorvida de forma completa pelo jogador. Para complementar, o jogo conta com três estações de rádio exclusivas para cada facção, oferecendo não apenas música, mas também comentários e propaganda que reagem às nossas escolhas, aprofundando a sensação de um mundo vivo, dinâmico e que nos coloca no centro de todos os desenvolvimentos.
The Outer Worlds 2 confirma-se como uma sequência ambiciosa e completa, evoluindo em todos os aspectos que tornaram o primeiro jogo memorável. Mais do que uma simples continuação à altura, estabelece-se como um marco para a Obsidian, consolidando a franquia como uma nova e grande referência do universo dos RPGs de ficção científica.



