Podem não saber, mas Tom Clancy’s The Division é um dos títulos mais vendidos de sempre da Ubisoft, e quando saiu para o mercado os jogadores aderiram em massa, com o objectivo de salvar Nova Iorque do caos que se estava a instalar devido a um surto pandémico de varíola. Tal foi o sucesso, que entretanto foram lançadas duas de três expansões previstas, com os nomes de Underground e Survival, sendo que a última chamar-se-á Last Stand.

Abordamos aqui a segunda expansão, Survival, que saiu dia 22 de Novembro e chegou juntamente com o update 1.5, trazendo várias novidades. À cabeça temos novos tipos de armas, jogabilidade ajustada e foi também adicionado o nível 5 ao mapa de Tom Clancy’s The Division para os jogadores que já tenham atingido o nível 30, subindo não só o nível dos NPC’s para 34, assim como o valor máximo do equipamento para 256. Nota ainda para a adição do nível heróico “Incursions”.

Em Survival fazemos parte de um grupo de agentes que tem como missão ir recuperar o anti-virus experimental para a pandemia que se encontrava perdido na Dark Zone. Contudo, na iminência de uma violenta tempestade que se aproxima de Nova Iorque, tudo irá ficar mais complicado. A caminho do local da missão, o piloto perde o controlo do helicóptero e só no último segundo o grupo de agentes que formava a tripulação do helicóptero consegue escapar no momento em que este despenhava.

Na queda, além de embatermos com estrondo no chão, ainda somos perfurados por um ferro que lá se encontrava, causando um ferimento no braço do protagonista. Felizmente há uma espécie de abrigo por perto, até ao qual o nosso personagem se arrasta caindo depois inconsciente. É ao acordar que começa a missão propriamente dita, onde rapidamente nos deparamos com um cenário nada encorajador: estamos feridos e com uma infecção que apenas nos dá poucos minutos de vida, e para agravar a situação, com o tempo que passou a tempestade já abateu pela cidade e a roupa que temos não é suficiente para aguentar o frio e a neve no exterior do abrigo. Pior ainda! A nossa única arma é uma simples pistola.

Como devem imaginar, como heróis e para o bem da nossa cidade, não pensamos nos nossos problemas mas sim na recuperação em segurança do antidoto, e é por essa razão que apesar de todas as dificuldades, a missão não se altera. O primeiro objectivo é entrar na Dark Zone, mas para isso é necessário criar primeiro um novo filtro para nos imunizar contra o vírus, e é nesse sentido que teremos de procurar melhores equipamentos e materiais para estarmos devidamente preparados para a Dark Zone. No entanto, até chegarmos à Dark Zone não faltarão inimigos, e com uma tempestade daquela dimensão podem crer que não é fácil.

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Um dos inconvenientes que vamos encontrar é o frio, uma vez que se o nosso corpo gelar a barra de energia irá descer progressivamente até morrermos. Para evitá-lo, podemos abrigar-nos nos edifícios, ou procurar fogueiras que se encontram em barris ao longo do caminho. Outra solução passa por criar melhor roupa com os materiais que vamos apanhando, quanto maior a pontuação da roupa, melhor estaremos agasalhados para enfrentar as baixas temperaturas.

Outra das preocupações está relacionada com a fome e a sede, o que nos obrigará a procurar constantemente por barras de cereais, comida enlatada, refrigerantes e garrafas de água de modo a saciar as nossas necessidades. Mas fica mais complicado, porque caso o vosso personagem tenha fome ou sede vão poder verificar que é muito mais difícil encontrar itens e materiais, dado que estes deixam de estar sinalizados ao passarmos por eles. A infecção assolou inicialmente também não foi esquecida e interfere directamente no nosso tempo de vida, é por isso que nos vemos forçados a encontrar medicamentos de forma a irmos estendendo o nosso tempo de vida o suficiente para concluirmos a missão.

Se achavam que tinham sido muitas as dificuldades até aqui, enganem-se, porque falta ainda falar dos inimigos implacáveis que vão tentar afastar-nos ao máximo do nosso propósito. Os níveis são copiosamente mais altos em comparação, melhor equipados e sempre prontos para nos extinguirem. Porém, e felizmente, são também eles que nos presenteiam com algum equipamento cada vez que ultrapassados.

Superada essa fase do jogo alcançamos finalmente a Dark Zone, e claro, com o objectivo de recuperar o anti-vírus. Como devem imaginar, o antidoto encontra-se extremamente bem protegido, mas é após a sua recuperação, que chegando à área de resgate teremos contacto com os Hunters, os NPC’s exclusivos desta expansão e que irão verdadeiramente surpreender-vos com tudo aquilo que conseguem fazer, nomeadamente a utilização de kits médicos e diversas outras habilidades para tornarem a nossa experiência num inferno.

Existem dois modos de jogo em Survival: O PVP, e dado que todo o terreno é zona de PVP, é possível matar outros agentes em qualquer altura do jogo e ficar com os itens que lhes pertencia; e o PVE, onde já não é permitido atacar outros agentes, ainda assim, podem disponibilizar um kit médico a quem morrer e ajudá-los portanto a continuarem as suas aventuras, ou optar pela medida menos simpática e simplesmente ficar com os seus itens. Qualquer um destes modos permite jogar em grupo, o que torna tudo muito mais acessível, todavia convém ser um grupo de amigos, pois as várias experiências que tive com desconhecidos, era inegavelmente cada um por si, havendo pouca cooperação, especialmente na partilha de itens nem de equipamento.

O único reparo que tenho a apontar é o tempo de espera para entrar neste modo. Cheguei a ficar mais de 10 minutos a aguardar para entrar numa partida, o que por vezes se torna frustrante.

Para finalizar convêm dizer que Survival é uma lufada de ar fresco a Tom Clancy’s The Division, totalmente diferente do habitual que permite ao jogador viver momentos fantásticos e ter experiências nunca antes vistas neste jogo. Na minha opinião, a melhor expansão lançada até agora, vale mesmo a pena.

simenaodivisionsurvival

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Rui Gonçalves
Desde o tempo do seu Spectrum+2 128k que adora informática. Programador de profissão nunca deixou de lado os jogos, louco por RPGs e jogos de futebol. Adora filmes de acção e de ficção científica, mas depois de ver o Matrix nunca mais foi o mesmo.