Developer: tinyBuild, TallBoys
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 2 de Maio de 2019

A tinyBuild é cada vez mais a principal referência do desenvolvimento dos videojogos independentes. Uma asa que aconchega e transporta todas aquelas ideias interessantes e muitas vezes experimentais que de outra forma não teriam espaço. E o Pandemic Express é um bom exemplo disso.

Não é a primeira vez que a tinyBuild nos traz um algo que mistura comboios com zombies, uma vez que em 2016 foi lançado o The Final Station. Porém, não tem qualquer relação com Pandemic Express, já que este último aproveita um conceito que está bem na moda – o battle royale – e adiciona-lhe elementos que o diferenciam de qualquer outro jogo.

Ainda em Early Access e a ser desenvolvido pelo estúdio TallBoys, em Pandemic Express cujo principal objectivo é escapar num comboio enquanto somos perseguidos por zombies.

Mas então qual é o segredo?

É aqui que Pandemic Express se realmente destaca pela originalidade, porque um dos 30 jogadores já se encontra infectado e tentar sabotar ao máximo, fazendo com que a fuga seja tudo menos ligeira. Para piorar, qualquer jogador que acabe vítima dos zombies irá automaticamente fazer parte da equipa dos mortos-vivos, tornando a luta cada vez mais desigual à medida que a partida se aproxima do seu final.

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No entanto a ameaça não fica por aqui, porque os zombies não só não morrem verdadeiramente, como voltam ainda mais fortes e dotados de uma habilidade especial. A dificuldade aumenta a cada minuto e teremos de proteger o avanço do comboio por quaisquer meios, onde as armas de fogo ganham uma importância enorme. A oferta não é vasta, mas é suficiente e dá para qualquer tipo de jogabilidade. Podem ser apanhadas nas várias casas ao longo do mapa e há revolveres, caçadeiras, SMGs, snipers, armas de assalto e lançadores de rockets.

Tanto pode ser um jogo fácil como excitante e hilariante, sendo que a dificuldade depende muito da história de cada jogo. Ironicamente acaba por ser mais divertido quando a capacidade e a destreza dos jogadores envolvidos não é a melhor, dando aos zombies uma maior oportunidade de criar problemas.

Não sendo uma obra de arte do ponto de vista gráfico, consegue ainda assim ser interessante e apelativo, num estilo muito cartoonish que faz todo o sentido no jogo em questão. Os efeitos sonoros também se enquadram perfeitamente no contexto e por vezes até proporcionam uma pitada de humor.

Tem ainda alguns problemas de optimização além de vários bugs a nível da física na relação com os edifícios, contudo, é normal se considerarmos que ainda está na sua versão alfa. Precisa de bastante afinação para tornar a experiência desafiante e equilibrada para o jogador, mas está no bom caminho.

É uma óptima opção para quem procura um multiplayer diferente para jogar casualmente ou na companhia de amigos. As gargalhadas estão garantidas e é uma consequência da bizarria do jogo em si, que no início se estranha, mas depois entranha.

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Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.
analise-pandemic-express<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Um conceito original e interessante</li> <li style="text-align: justify;">Jogabilidade divertida</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Alguns problemas de optimização</li> <li style="text-align: justify;">Torna-se repetitivo passado algum tempo</li> </ul>