Temos relatados nos últimos dias que várias companhias tinham riscado a E3 do mapa deste ano e, o óbvio, acabou por ser confirmado ontem à noite através das redes sociais e oficiais da E3.
O evento foi cancelado, será a terceira edição consecutiva que não se realiza e isso deixa uma nota no ar: “até que ponto os eventos físicos da indústria de videojogos estão em declínio?!”
É claro que há factores específicos em relação à E3, por decorrer nos Estados Unidos da América, por a PlayStation não estar presente porque o mercado não lhe é favorável nesta região ou até pelo factor Summer Game Fest, que num evento mais híbrido, tem roubado o “spotlight” na E3 e agradar a mais gregos e troianos.
Em entrevista ao Games Industry, Stanley Pierre-Louis, CEO da ESA, organizadora do evento, fala sobre os desafios de atender às expectativas de uma indústria moderna, para além de outros motivos que podem ter levado ao cancelamento da edição deste ano.
“Tivemos um começo forte”, disse Stanley. “Houve interesse entre os expositores, players da indústria, media e os fãs. Definitivamente, entretanto, houve desafios que provaram ser demasiado granes para serem suportados”.
O CEO da ESA acaba por atribuir esta decisão devido aos problemas económicos, juntamente com a pandemia que atrasou os prazos de desenvolvimento dos videojogos. “Primeiro, muitas empresas relataram que o tempo para o desenvolvimento de jogos foi alterado desde o começo da pandemia do COVID. Segundo, dificuldades económicas fizeram com que várias empresas reavaliassem a forma como investem nos grandes eventos de marketing. E terceiro, as empresas estão a começar a experimentar como encontrar o equilíbrio entre eventos presenciais e oportunidades de marketing digital”, comenta.
Stanley deixou claro que a E3 “permanece comprometida em proporcionar uma plataforma para o marketing da indústria”. “Enquanto a E3 serve, de várias formas, como um elemento público do que a ESA faz, nosso foco primário e nossa prioridade permanece em defender a indústria e a força de trabalha que alimenta uma economia positiva e impacto cultural”, disse.
Sobre um possível regresso da E3 em 2024, o CEO da organização do evento diz que vão ouvir o que a indústria quer do evento para que possam responder às suas expectativas, e quando essa hora chegar, vão ter mais novidades para partilhar.