Starfield é um jogo de diversas mecânicas, mas a nave é absolutamente fundamental no jogo e muito mais do que um simples meio de transporte. É o nosso santuário nas vastidões intergalácticas, a nossa base móvel, e a nossa mais leal companheira. Se a exploração espacial é a espinha dorsal deste épico de ficção científica da Bethesda, a nave é a chave para desvendar os segredos do cosmos.

Neste artigo, mergulharemos por todos os pontos mais importantes na importância das naves em Starfield, explorando como esta influencia a jogabilidade, a narrativa e a própria essência deste mundo vasto e intrigante. Preparem-se para decolar numa jornada intergaláctica única, onde a vossa nave é muito mais do que apenas um veículo – é o portal para o desconhecido.

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As naves e as suas classes

A Frontier é a primeira nave à qual temos acesso, desempenhando um papel central na compreensão das bases da navegação espacial, bem como das mecânicas de combate e outras relacionadas. Esta nave pertence à Classe A, o que implica que possui uma massa menor em comparação com as naves das Classes B e C. Portanto, é reconhecida pela sua notável agilidade, já que naves com maior massa são mais difíceis de manobrar.

As naves da Classe A são ideais para aprender sobre o combate, proporcionando uma mobilidade que as diferencia das naves de classes superiores que dependem mais do equipamento para enfrentar ameaças. É importante referir que as naves da Classe A estão limitadas a peças da mesma classe. Por outro lado, as naves da Classe B podem usar peças de Classe A e B, enquanto as naves da Classe C têm a flexibilidade de usar peças das Classes A, B e C. Portanto, podemos categorizar as naves da Classe A como caças ágeis, as da Classe B como um equilíbrio entre tamanho e manobrabilidade, e as da Classe C como naves de grande porte, indicadas para transportar carga e a que mais tripulação suporta.

 

Explicação dos sistemas

A lógica por trás de cada classe de naves é semelhante no seu funcionamento. Cada nave possui três slots de armas, que na Frontier estão ocupadas por um Laser, uma Ballistic Weapon e um Missile Launcher. Os Lasers (LAS) são especializados em causar danos ao escudo, enquanto as Balistics (BAL) visam o hull da nave inimiga. Já os Missiles (MSL) causam danos tanto ao escudo quanto ao hull (embora seja necessário um lock ao alvo a 100%). Adicionalmente, temos as Particle Weapons (PAR), que causam igualmente estragos ao escudo e ao hull, com menor dano comparativamente aos Missiles, mas menos limitadas no carregamento e com uam maior fire rate. E as Electromagnetic Weapons (EM), que causam um dano mínimo, mas desactivam os sistemas das naves inimigas.

Os sistemas da nave incluem ainda os Engines (ENG), o Shield (SHD) e o Grav Drive (GRV), e tudo isso é alimentado pelo Reactor – o componente que fornece a energia para podermos distribuir entre esses seis sistemas. Portanto, quanto mais energia dedicarmos às armas, mais tempo elas poderão disparar consecutivamente sem precisar de recarregar. Se investirmos energia nos Engines, isso determinará a velocidade máxima que a nave pode atingir. Por outro lado, se direccionarmos energia para o Shield, aumentaremos o número de Hit Points (Pontos de Vida) que este terá. Por fim, se priorizarmos o Grav Drive, reduziremos o tempo necessário para efectuar um salto para outro sistema.

 

Como fazer modificações

A ideia do reactor é bastante interessante, visto que nos força a tomar decisões e a pensar na melhor forma de gerir todos os sistemas da nave, mas também no que será mais importante na nossa build. Com a progressão natural do jogo, começamos a entender em que áreas devemos concentrar-nos, ou pelo menos o que se adapta melhor ao nosso estilo de jogo. Existem duas formas de personalizar a nave, e às quais teremos acesso visitando os Ship Assistants (o NPC junto aos kiosks amarelos), que nos oferecem as seguintes opções: o Shipbuilder e o Ship Upgrade. Abaixo, encontrarão as suas localizações:

  • New Atlantis Shipyard – New Atlantis – Jemison
  • Akila Shipyard: Akila City – Akila
  • Neon Shipyard: Neon City – Volii Alpha
  • Cydonia Shipyard: Cydonia – Marte
  • New Homestead Shipyard: New Homestead – Titan
  • Paradiso Shipyard: Paradiso – Porrima II
  • Deimos Shipyard: Deimos Staryard – Órbita de Marte
  • Hopetech Shipyard: Hopetown – Polvo
  • Stroud-Eklund Shipyard: Stroud-Eklund Staryard – Órbita de Dalvik (Lua de Deepala)
  • Stroud-Eklund Showroom Shipyard: Stroud-Eklund Showroom – Neon City
  • Taiyo Showroom Shipyard: Ryuijn Offices – Neon City

A maneira mais simples de personalizar a nave é através do Ship Upgrade. Basta selecionar os componentes básicos que desejamos substituir (WP1, WP2, W3, ENG, SHD, GRV e Reactor) e, em seguida, escolher as peças que desejamos comprar. As listas de peças variam de acordo com o fabricante e o Shipyard, e as peças de nível mais alto estão disponíveis com base no nosso nível da habilidade Starship Design. Portanto, é recomendável visitar diferentes Ship Assistants para encontrar as peças que melhor se adequam às vossas necessidades.

 

As melhores combinações de armas

Retomando o tema das armas, é difícil superar as Particle Beams. A combinação de duas Particle Beams com uma EM ou um MSL é incrivelmente poderosa, uma vez que podemos alocar apenas uma barra de energia para esta terceira arma e investir o restante nas Particle Beams, sendo excecionalmente eficazes a derreter o escudo e o hull do inimigo. Como alternativa, é possível optar por manter apenas duas Particle Beams e desactivar a terceira arma no Ship Builder, concentrando toda a energia em apenas duas armas, o que também se revela altamente eficaz. A meu ver, os Lasers e as Ballistics não se destacam tanto, uma vez que, ao focarem-se apenas num tipo de dano, acabam por demorar mais tempo a eliminar o inimigo.

No entanto, à medida que alcançam níveis mais elevados, é crucial ter uma EM, isto caso desejem continuar a abordar naves inimigas. Caso contrário, correm o risco de destruir as naves antes de conseguirem danificar os seus motores. Para aqueles que enfrentam dificuldades ao tentar efetuar uma abordagem, é importante saber que esta tática apenas funciona na última nave inimiga que restar de um grupo . Após derrubar o escudo do inimigo, devem pressionar o botão X na Xbox ou a tecla R no PC para ativar o Targeting Mode. Feito isso, devem dar toques com o analógico esquerdo para mover para a esquerda ou direita (teclas A ou D no teclado) até que os motores fiquem seleccionados, disparando com cautela até que a indicação ENG apareça a vermelho. Quando isso ocorrer, a opção de “Dock” surgirá quando estiverem a menos de 500 metros de distância.

 

Pilotagem básica

Passando agora para o combate propriamente dito, o analógico direito controlará a direção da nave, enquanto o analógico esquerdo controlará tanto a velocidade (para cima e para baixo) quanto a inclinação (esquerda e direita), permitindo realizar uma barrel roll ao pressioná-lo continuamente para um dos lados. Um erro bastante comum é quando o jogador mantém pressionado o analógico esquerdo para cima, acelerando a nave ao máximo, pensando que está a direcionar a nave para a frente. O que deverão fazer após alcançar a velocidade desejada, é usar o analógico esquerdo para inclinar a nave à esquerda ou à direita, acompanhando a direcção dada pelo analógico direito, de forma a realizar curvas mais controladas, sendo que para curvas súbitas e mais fechadas, é necessário reduzir a velocidade antes de fazer a curva. Na verdade, se olharem bem, no indicador de velocidade à esquerda da mira, tem o nível ideal de velocidade para a nave (mais ou menos a meio).

Existe ainda um “Boost” (carregando no analógico esquerdo na Xbox ou no botão Left Shift no PC), que permite ao jogador atingir temporariamente velocidades acima da normal capacidade dos motores. Esta manobra, combinada com um barrel roll, ajuda a evadir dos disparos inimigos, especialmente quando nos fazem lock. E seja numa perspectiva em primeira ou na terceira pessoa, é muitas vezes essencial estar ciente do que está a acontecer no ângulo-morto da nossa visão. Para isso, ao manter pressionado o botão Select na Xbox ou a tecla Q no PC, é activada a função “Free Aim“, que permite ao jogador observar panoramicamente tudo o que está a ocorrer ao seu redor.

 

Onde comprar Ship Parts

Quando nos encontramos em circunstâncias em que o nosso escudo é deitado abaixo e o hull começa a esgotar-se, carregando no analógico direito, podemos repor o que foi perdido. Isto, claro, se tiverem colocado Ship Parts no Cargo Hold. As Ship Parts podem ser adquiridas de duas formas: a primeira é apanhando os destroços dos inimigos que destruímos; e a segunda é através dos vendors (separador Aid). Além das lojas e dos kiosks da Trade Authority, os locais onde podem comprar Ship Parts são os seguintes:

  • Jemison Mercantile em New Atlantis
  • UC Distribution Center em New Atlantis
  • Newill’s Goods em Neon
  • Shepherd’s General Store em Akila
  • Sieghart’s Outfitters em Neon
  • UC Exchange em Cydonia

 

As habilidades mais importantes

Passando para as habilidades, existem duas, cujas primeiras categorias devem ser desbloqueadas de imediato: Piloting e Targeting Control Systems. Ambas são indispensáveis, com a Piloting a permitir manobrar a nave com maior agilidade, e a Targeting Control Systems, que é o equivalente ao “V.A.T.S.” em Starfield, fornecendo ao jogador um maior controlo em situações complicadas, especialmente quando está em desvantagem numérica, ou tem pela frente inimigos de nível superior.

No caso da Piloting, a primeira rank é suficiente, a menos que desejem desde cedo comandar naves de Classe B ou C. Já no que diz respeito ao Targeting Control Systems, é altamente recomendável maximizar a skill, uma vez que se tornará uma ferramenta elementar tanto ofensivamente quanto defensivamente. Não apenas aumentará significativamente o dano causado pelas nossas armas, mas também reduzirá o dano que recebemos dos inimigos. Contrariamente ao que se possa pensar, esta habilidade não é apenas útil para abordar naves inimigas, mas também desempenha um papel fundamental no combate em geral.

Na segunda ordem de prioridades, temos as habilidades Shield System, que expande a capacidade do escudo a cada novo nível; Engine Systems, responsável por melhorar a velocidade máxima e o Boost; e a Aneutronic Fusion, para extrair um maior poder dos reactores. Além disso, incluem-se as habilidades Ballistic Weapons System, Energy Weapon Systems, Missile Weapon Systems, Particle Beam Weapon Systems, EM Weapon Systems e Automated Weapons System, todas elas contribuindo para o aumento do dano geral, a velocidade de carregamento e a sua eficácia em Targeting Mode. Não podemos esquecer o Starship Engineering, que acelera a reparação dos sistemas, e o Starship Design, essencial para ganharmos acesso a armas, escudos e reactores melhores. Como mais opcionais temos a Astrodynamics que possibilitará dar saltos maiores, a Ship Command que aumentará o limite máximo de crew members, e a Payloads, para melhorar a capacidade de carga da nave.

Considerando que o sistema de progressão de habilidades em Starfield é prático e baseado em desafios, uma óptima maneira de avançar nas respectivas ranks é através do simulador da UC Vanguard em New Atlantis. Podem visitá-lo a qualquer momento, mas antes disso, precisam iniciar a questline dessa facção. Outra alternativa é aceder aos Mission Boards que estão localizados em várias cidades e estações espaciais, já que cada missão com a tarefa de “Destroy” envolverá a destruição de naves inimigas.

 

A melhor Ship Crew

A juntar às habilidades que podemos aprender, ainda temos a ship crew. Proporcionam bónus importantes em várias áreas, e cada um tem o seu conjunto de habilidades. Das personagens da Constellation, os melhores são Vasco (Aneutronic Fusion, Shield Systems e EM Weapons Systems), Sam Coe (Piloting e Payloads), Barret (Starship Engineering e Particle Beams Weapons Systems) e a Sarah Morgan (Astrodynamics). Mas além deles, podemos recrutar vários NPC’s igualmente úteis. Aqui estão suas habilidades e localizações:

  • Gideon Aker – Ballistics Weapons Systems e Missile Weapons Systems – Newport em New Atlantis
  • Omari Hassan – Shields System e Starship Engineering – The Hitching Post em Akila City
  • Andromeda Kepler – Aneutronic Fusion e Piloting – Broken Spear em Cydonia
  • Rafael Guerrero – Starship Engineering – Viewport em New Atlantis (após completar a missão Entangled)
  • Amelia Earhart – Piloting – Crucible em Charydbis III (após completar a missão Operation Starseed)
  • Erick Von Price – Payloads e Astrodynamics – Janes Goods em Cydonia (após completar a missão Start-up Stopped)
  • Moara Otero – EM Weapons Systems – Broken Spear em Cydonia (após completar a missão The Old Neighborhood)

 

Contrabando

Para finalizar, não podíamos deixar de mencionar um dos melhores métodos para ganhar dinheiro em Starfield: o contrabando. Frequentemente encontrarão contrabando em naves piratas que decidirem invadir, no entanto, é uma má ideia aproximarem-se de planetas patrulhados pelas autoridades, pois qualquer scan detectará que estão a transportar contrabando. Portanto, o melhor lugar para se livrarem dele é num sistema próximo a Alpha Centauri, no Wolf System, visitando uma estação espacial chamada The Den, na órbita do planeta Chthonia. Não há verificações na entrada, e é só vender na loja da Trade Authority.

Em resumo, navegar pelo vasto universo de Starfield é uma experiência emocionante e desafiadora. Dominar as habilidades de pilotagem, gerir a nave, tripulação, escolher as melhores armas e melhorar as habilidades são passos essenciais para te tornares um capitão de sucesso. Com as informações e dicas aqui expostas, ficarás mais do que preparado para explorar os confins do espaço e enfrentar qualquer ameaça que o jogo possa lançar no teu caminho. Que a tua jornada pelo cosmos seja repleta de aventuras e descobertas!

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Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.