Developer: Revolution Industry
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 21 de setembro de 2023
Airship Kingdoms Adrift promete uma experiência sandbox com batalhas e comércio num mundo de fantasia, com batalhas intensas, lore, um mundo bonito, upgrades exaustivas e, ao mesmo tempo uma experiência relaxante, mas o que encontrámos não foi exatamente isso.
Vamos começar pelo início. O jogo é uma proposta da Revolution Industry, uma empresa de gamers com a ideia de criar o melhor jogo de Airships que existe. A ideia é ambiciosa e se estão a pensar em Airships Conquer The Skies, tirem já o cavalinho da chuva, que apesar de um nome semelhante, este jogo não tem nada a ver.
Bom, começamos com 3 tribos ou reinos à escolha. Um mais focado nas batalhas, outro em comércio e outro em pesquisa. Depois escolhemos o nosso perfil, entre soldado, industrialista ou comerciante, o que nos dá uma ou outra vantagem, como uma arma melhor ou espaço extra de carga. E somos atirados sem preparação para o mundo onde independentemente da escolha, temos as mesmas missões iniciais.
Queremos pertencer a uma empresa, temos uma missão divertida e simples e lá vamos voando pelo mundo, que tem como ponto forte a paisagem e desenho das terras, cidades e sítios onde podemos pousar e abastecer o nosso barco voador.
Mas se estes minutos, quase uma hora, iniciais têm algo de relaxante, cuidado com as missões extra, como capturar um fugitivo. Ok, é só um, mas de repente somos atirados para uma batalha com um navio muito superior e de onde só podemos fugir rendendo-nos e pagando para sobreviver. E este é o problema deste título. Sandbox é sempre uma boa premissa, mas o grau de dificuldade não parece adequar-se sempre ao navio que temos em mãos. Experimentámos com outro reino e o foco em luta e ainda foi pior. Numa das missões iniciais, que passámos sem dificuldade à primeira tentativa, vemo-nos num loop constante e frustrante de combater contra navios mais bem armados e sobretudo bem protegidos contra as nossas investidas.
Mas pagando ou fugindo com o truque de ir gravando muitas vezes, lá avançamos e encontramos um mundo que nos parece repleto de oportunidades, embora a pensar bastante no endgame. Com mais de cinco horas de jogo, sentimos que muitas opções ainda estão por abrir e que é preciso dedicação.
Finalmente lá conseguimos, à terceira, avançar mais no jogo, mas sempre com a sensação que há muito grind a fazer. Conseguimos até comprar um barco novo para fazer companhia ao nosso starter, mas a lentidão da coisa deixa muito a desejar nas batalhas.
Isto porque a informação sobre o que podemos comprar é parca e precisava de melhoria. Podemos comprar outros navios, mas temos muito pouca informação sobre eles em termos de espaço ou classe, a não ser que estejamos no site do developer, o que nos retira toda a imersão. É pior ainda com diferentes armas e upgrades que são difíceis de entender. Para saber se é melhor um piercer ou um explosivo temos de comprar, experimentar e, se não nos convier, é pagar de novo e perder dinheiro na troca ou voltar atrás no save, o que é aborrecido.
O jogo é recém-lançado e os devs dizem que estão a trabalhar em algumas coisas, mas parece-me demasiado patch para se resolver no instante. Ainda com estas falhas, o jogo é facilmente imersivo e a ideia de podermos investir em fábricas, ou apenas apanhar bandidos ou fazer missões de transporte parece bastante abrangente.