Developer: Ubisoft
Plataforma: Xbox One, PlayStation 4 e PC
Data de Lançamento: 21 de Março de 2019

Depois da Ubisoft ter lançado Assassin’s Creed Ezio Collection no mercado e ter obtido um razoável sucesso com aquela trilogia, chega agora a vez dos jogadores que nunca jogaram Assassin’s Creed III terem a possibilidade de o fazerem com uma melhor qualidade gráfica. Assassin’s Creed III Remastered chegou e trouxe uma agradável surpresa para muitos jogadores, e para além de incluir todas as suas expansões, inclui também Assassin’s Creed III: Liberation.

Neste jogo temos como principal protagonista Connor Kenway, e embora as primeiras horas de jogo sejam jogadas com o seu pai, Haythem Kenway, um cidadão inglês que viaja para a América a mando de uma associação, e que terá influência no avançar do jogo. Só mais tarde é que começam a jogar com Connor, e também com Desmond, que é o personagem principal do presente e que usará o Animus para reviver todas as aventuras do passado. Obviamente que se não jogaram os jogos anteriores fica difícil perceberem todo o enredo que está ligado a Desmond, mesmo o jogo tendo um pequeno resumo dos anteriores quando se inicia.

 

 

Publicidade - Continue a ler a seguir

Para muitos jogadores, este é provavelmente um dos Assassin’s Creed em que tudo se desenvolve de forma mais lenta, mas acreditem que embora não nos ofereça uma história tão interessante como a de Ezio Auditore (Assassin’s Creed II, Assassin’s Creed Brotherhood e Assassin’s Creed Revelations), se o jogarem com alguma calma e sem pressas, conseguem apreciá-lo de uma maneira diferente e perceber como a Ubisoft tentou trazer um jogo realmente ambicioso para a sua época. E isso verifica-se facilmente quando pensamos logo na época para a qual o jogo nos transporta: a revolução americana. Se olharmos para a grandeza do mapa, a tentativa de recriação de cidades como Boston e Nova Iorque e até as zonas de enorme vegetação, nota-se que as consolas daquela altura não estavam preparadas para uma obra tão ambiciosa; e algo que é uma marca da franquia é a excelente mescla entre personagens e eventos reais, juntando alguma fantasia. Isto permitiu criar um jogo extremamente interessante onde mais uma vez os Templários são os nossos grandes inimigos.

Por outro lado, e já que o recente Assassin’s Creed Odyssey teve tanto sucesso na sua componente naval, não nos podemos esquecer que Assassin’s Creed III foi o primeiro da franquia a trazer estas batalhas, algo que para quem o jogou na sua versão original sente claramente uma sensação nostálgica, e que mais tarde seria um dos pontos fortes de Assassin’s Creed Black Flag.

Quanto às melhorias introduzidas pela Ubisoft nesta versão remasterizada, podemos desde logo notar que a jogabilidade também foi melhorada. E quando falo de jogabilidade, não me fico pela componente de movimentação do personagem e das suas interacções com este vasto mundo, a verdade é que as diversas componentes RPG foram melhoradas: desde recolher itens, à criação de objectos e até ao comércio que podemos encontrar em jogo. Infelizmente, alguns bugs continuam a persistir, embora em muito menor número.

 

 

Saltando para a parte gráfica, ninguém consegue ficar indiferente. As diferenças gráficas em relação ao jogo original são claras. Obviamente que não se trata de um jogo de 2019, mas também ninguém esperava isso. E acreditem que olhar para a texturas do jogo, alinhadas com a sua nova iluminação deixam-nos completamente pasmados. O sol a embater nas árvores, no chão e nas paredes estão incríveis; até mesmo as sombras e as ruas (bastante mais habitadas em relação ao jogo original) é algo que não nos deixa indiferentes. A Ubisoft neste ponto conseguiu um trabalho exemplar, e outras empresas deviam olhar para este jogo quando falam em remasterizar um jogo.

Assassin’s Creed III: Liberation foi um exclusivo PS Vita que mais tarde recebeu uma versão HD e foi transportado para o PC e para as consolas. É compreensível que sendo um jogo primeiramente lançado para uma consola portátil não pode ser tão ambicioso. Aqui a protagonista será Aveline de Grandpré, e é interessante ver como o jogo até se liga facilmente com Assassin’s Creed III, já que a nossa protagonista durante o jogo encontrará Connor.

Assassin’s Creed III Remastered tornou-se um novo jogo, e que merece um olhar por parte dos jogadores, principalmente por aqueles que nunca o jogaram. Convenceu-me e fez com que voltasse a perder-me durante diversas horas. Fiquei com a clara sensação que a Ubisoft foi demasiado ambiciosa quando lançou este jogo na geração anterior. Além disso, a adição de todos os DLC e ainda de Assassin’s Creed III: Liberation, aliados ao seu preço, torna-o um jogo bastante desejável.

REVER GERAL
Geral
Artigo anteriorVeja o trailer de lançamento de Days Gone que chega no dia 26 de abril à PS4
Próximo artigoTransistor gratuito na Epic Store
Rui Gonçalves
Desde o tempo do seu Spectrum+2 128k que adora informática. Programador de profissão nunca deixou de lado os jogos, louco por RPGs e jogos de futebol. Adora filmes de acção e de ficção científica, mas depois de ver o Matrix nunca mais foi o mesmo.
analise-assassins-creed-iii-remastered<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Graficamente está excelente</li> <li style="text-align: justify;">Inclusão de todos os DLC's</li> <li style="text-align: justify;">Inclusão de Assassin's Creed III: Liberation</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Continua com alguns bugs</li> </ul>