Developer: Golden Eggs Studio, West Wind Games
Plataforma: Nintendo Switch
Data de Lançamento: 29 de janeiro de 2022

Depois da Golden Eggs Studio e da West Wind Games ter lançado Broken Blade para PC a 9 de junho de 2021, chegou a vez do jogo chegar à Nintendo Switch. Este jogo oferece-nos um roguelike 2D de plataformas, que espicaça os jogadores a aventurarem-se em locais criados de forma aleatória.

O jogo não conta com qualquer história, somos lançados num primeiro nível onde nos é mostrado um pequeno e básico tutorial com as mecânicas do jogo, e a partir daí o jogador terá de se desenrascar por si só. Devo confessar que o jogo tem mecânicas nada intuitivas, e que muitas vezes nos deixam frustrados; mas já vos explico a razão.

Embora os comandos do jogo sejam bastante simples, a verdade é que simplesmente não funcionam decentemente. Juntamente a isso, temos o problema de que a cada morte recomeçamos do início da masmorra, tendo de passar por todo o pesadelo novamente. Diria que o grande problema que se impõe nem é recomeçar tudo novamente – até porque isso é mesmo a dificuldade que os developers quiseram colocar no jogo –, o problema tem a ver com os inimigos que embora pareçam fáceis de matar, por vezes fazem golpes que são quase impossíveis de nos desviarmos, ou de os atacarmos nesse mesmo ataque, tornando o jogo simplesmente frustrante. E para piorar a situação, mesmo que estejam no fim de uma masmorra a lutar contra o boss desse local e morram, lá terão de recomeçar tudo novamente, levando qualquer um ao desespero.

As várias masmorras são todas elas diferentes no seu grafismo, mas um pouco repetitivas, e apesar de serem geradas aleatoriamente, muitas vezes essa aleatoriedade não é assim tão grande, alterando o local de um outro inimigo, assim como das armadilhas que podemos encontrar no jogo. E mesmo assim, muitas vezes nem isso acontece.

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Outra das particularidades do jogo é a nossa arma, que começa por uma espadinha partida e podemos apanhar partes dela no meio das masmorras, assim como moedas. Essas moedas servem para fazermos melhoramentos, e quando encontramos o vendedor podemos gastar essas moedas para fazermos alguns melhoramentos. A nossa espadinha pode ser melhorada, e ao apanhamos partes dela irá aumentado o seu tamanho, fazendo com que o ataque se modifique, conseguindo ter um maior alcance e também maior dano. Existem também melhoramentos que permitem por exemplo disparar fogo e outras coisas a partir da nossa espada. Além disso, é também possível aumentar a nossa vida e até a nossa armadura.

Tanto o caso da vida como da armadura estas são representadas por duas barras, conforme vamos apanhando dano essas barras vão diminuindo e caso a barra de vida acabe, então será a nossa morte. Além disso será possível apanhar alguns itens que conseguem subir a nossa vida. É um jogo que requer muito cuidado, a cada plataforma podemos encontrar um inimigo pronto a nos matar, e por vezes são aqueles que parecem mais inofensivos que dão mais trabalho, principalmente os voadores.

Os bosses finais embora pareçam ter mecânicas fácies, na verdade são bastante duros, e dão bastante trabalho para os mandarmos abaixo. Confesso que alguns deles só depois de algumas tentativas, e até de algumas irritações os consegui ultrapassar.

Graficamente é um jogo bastante simples, não oferecendo nada de novo. Cada masmorra terá o seu estilo, mas tirando as texturas, o aspecto, a jogabilidade será praticamente a mesma, mudando apenas o aspecto visual. No aspecto sonoro, o jogo também é bastante simples e repetitivo, e diria que a música serve apenas para oferecer algum som de fundo além dos efeitos do jogo. Na Nintendo Switch o jogo corre sem qualquer problema, quer em modo portátil, como em modo dock. Não se sente quebras de qualquer tipo, a não ser as nossas quedas quando morremos.

Broken Blades tinha uma ideia interessante, mas falha em pequenos pormenores que o tornam frustrante. Acredito que alguns jogadores até possam achar piada ao género, principalmente pela sua dificuldade, mas grande parte dos jogadores simplesmente irá sentir-se frustrado ao jogá-lo.

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Rui Gonçalves
Desde o tempo do seu Spectrum+2 128k que adora informática. Programador de profissão nunca deixou de lado os jogos, louco por RPGs e jogos de futebol. Adora filmes de acção e de ficção científica, mas depois de ver o Matrix nunca mais foi o mesmo.
analise-broken-blades-switch<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Um sistema de progressão interessante</li> <li style="text-align: justify;">Alguma variedade de inimigos</li> <li style="text-align: justify;">A ideia de melhoramento da arma está bem pensada</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Controlos são bastante estranhos</li> <li style="text-align: justify;">Existem inimigos com ataques quase impossíveis de desviar</li> <li style="text-align: justify;">Bastante repetitivo</li> </ul>