Developer: Bungie
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 24 de Outubro de 2017

aqui tinha sido analisado ao pormenor a experiência de Pedro Dias com o Destiny 2 na Xbox One, e agora, após uma enorme expectativa, chega finalmente ao PC.

Um lançamento nada fácil, para dizer a verdade. A começar por uma quantidade anormal de bans sem grande explicação; incompatibilidades com certos processadores; crashs e desconexões constantes. Digamos que a Bungie não tem tido mãos a medir para responder aos problemas mais urgentes. Para piorar, a política de comunicação também não foi a mais acertada e deixou uma grande quantidade de jogadores frustrados.

Todavia, quem teve sorte e conseguiu passar entre os pingos da chuva, estará certamente a adorar cada minuto. Destiny 2 é uma maravilha do ponto de vista gráfico. Não tem o realismo e as texturas de outros jogos mais recentes, mas o conceito artístico, aliado aos fantásticos efeitos de luzes, levam-nos constantemente a questionar como é possível tudo correr de um modo tão suave, mesmo em computadores menos potentes.

Destiny 2 é um shooter que reúne todos os elementos de um MMORPG, num cenário futurista de fantasia e ficção cientifica onde, como todos os bons RPGs, a história ganha uma importância fundamental.

The Traveler, uma esfera gigantesca que surgiu misteriosamente pela primeira vez em Marte, ganhou o papel de protetora da humanidade, e esteve na origem do maior período de prosperidade do homem. Como consequência, acaba por estar na base de uma invasão implacável ao planeta Terra, por parte de Dominus Ghaul, o rosto da Red Legion, e que tem como desígnio capturar os seus poderes. A história não tenta ser profunda, antes pelo contrário, envereda por um registo já algo visto, ainda assim interessante. Simples, mas interessante.

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Sem grande surpresa, somos de pronto lançados para o centro da ação, e nesse mesmo momento começamos a perceber como Destiny 2 é especial. A mobilidade tão acessível e sagaz, comum aos FPS’s mais marcantes, é dos maiores prazeres que podemos retirar da sua fantástica jogabilidade. E perdoem-me, amigos das consolas, mas jogar D2 de teclado e rato é outro nível.

Hunter, Titan e Warlock são as três classes disponíveis, e que se vão desdobrando depois em forma de subclasses. Como é de esperar, todas têm o seu próprio conjunto de habilidades, com a já habitual skill tree. Onde o Hunter prima pela agilidade, o Titan pela robustez, e o Warlock pelo misticismo.

Cada subclasse tem o seu tipo de energia (VOID, SOLAR e ARC), uma ultimate e granadas específicas. A oferta é variada, e na altura de escolher entre estilos e vantagens, não temos dificuldade em encontrar aquela que mais se identifica connosco.

Há armas e equipamento para todos os gostos, e seguem a linha convencional de qualquer RPG, onde aos poucos vamos percebendo como combinar os recursos disponíveis de maneira a construir a build ideal.

As missões espalham-se por vários planetas (Terra, Titan, Nessus e IO), e foram criados cuidadosamente para oferecem uma atmosfera única. As paisagens estão verdadeiramente encantadoras, proporcionando uma sensação autêntica de descoberta e aventura, tal como um open world deve ser.

A campanha pretende essencialmente apresentar-nos à mecânica do jogo, visitando um pouco de tudo o que precisamos aprender inicialmente; até na introdução aos public events, uma vez que adotou um sistema idêntico a jogos como Guild Wars 2 e The Elder Scrolls Online, com o objectivo de atrair os jogadores para locais específicos onde tenham missões em comum, estimulando a interação, mesmo no Modo História.

Uma satisfação que se multiplica se partilhada com amigos, oferecendo inúmeras possibilidades: missões, adventures, dungeons, pvp, raids, enfim, o que possas imaginar.

Contudo, e ainda que pouco notado por estar no seu começo, um dos problemas reside na falta de um verdadeiro End Game. Mas analisadas as exigências dos jogadores, vamos esperar que o conteúdo adicionado no futuro possa melhorar esse campo.

Destiny 2 vem preencher um certo vazio entre os shooters e os MMORPG’s. Um resultado bastante feliz, e que promove a cooperação, onde nos é dada a oportunidade de superar qualquer batalha com aquela elegância intrínseca dos heróis.

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Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.
analise-destiny-2-pc<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;"> Uma jogabilidade fantástica</li> <li style="text-align: justify;"> Ótima qualidade gráfica</li> <li style="text-align: justify;"> A otimização está muto bem conseguida</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;"> Demasiados bugs para um lançamento</li> <li style="text-align: justify;"> Pouco feedback por parte da Bungie</li> <ul>