Developer: Blizzard Entertainment
Plataforma: Xbox Series, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC
Data de Lançamento: 29 de Abril de 2025

Desde o seu lançamento, Diablo IV tem sustentado a sua longevidade através de um modelo sazonal cuidadosamente desenhado para manter a comunidade envolvida e entusiasmada. As Seasons vão muito mais além de meras atualizações cosméticas, sendo verdadeiros relançamentos do jogo que renovam sistemas, introduzem novas mecânicas, contam histórias inéditas e desafiam os jogadores a começar do zero com novas recompensas em vista. Esta rotação constante de conteúdo tem sido essencial para garantir o regresso de jogadores veteranos e atrair novas audiências, mantendo Sanctuary sempre vivo, dinâmico e imprevisível.

A Season 8, intitulada Belial’s Return, estreou-se oficialmente a 29 de abril de 2025, com data de término marcada para 3 de junho de 2025. Ao longo deste período, a Blizzard volta a elevar a fasquia do que uma temporada pode oferecer, ao colocar no centro do palco um dos Great Evils mais emblemáticos da saga — Belial, o Senhor da Mentira. Não se trata de uma mera referência ou aparição simbólica: Belial ascende ao topo da nova Boss Ladder como o único Exalted Lair Boss, convidando os jogadores a enfrentarem-no directamente e a descobrirem os seus planos envoltos em engano.

A intenção por detrás desta temporada parece ser clara: intensificar o desafio e proporcionar novas formas de progressão através do combate. Belial’s Return destaca-se como uma das temporadas mais ousadas e substanciais de Diablo IV até à data. Com o regresso de um dos demónios mais traiçoeiros do universo da série, um novo sistema de poderes colecionáveis, eventos dinâmicos e uma narrativa centrada na intriga e na manipulação, esta temporada oferece razões de sobra para regressar a Sanctuary. Num jogo onde nada é o que parece, e talvez só enfrentando o próprio Senhor da Mentira se possa descobrir a verdade.

 

 

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Com a chegada da Season 8, Diablo IV traz finalmente para o centro do palco um dos mais enigmáticos e perversos Grandes Males do universo da série. Belial, o Senhor da Mentira, regressa a Sanctuary não apenas como um vilão de ocasião, mas como uma força narrativa e simbólica que reconfigura a própria estrutura da realidade dentro do jogo. Esta season mergulha profundamente no lore do universo de Diablo para explorar a essência da manipulação, da dúvida e do engano como formas de dominação.

Desde os seus primeiros passos no mundo, os jogadores são confrontados com um mundo em desequilíbrio. Aparições surgem em várias regiões de Sanctuary — entidades espectrais que confundem os sentidos e distorcem a percepção da realidade. São manifestações directas da influência de Belial, que não age através da força bruta, mas sim pela subversão subtil da verdade. É um demónio que prefere corromper certezas, virar aliados uns contra os outros e questionar a própria natureza do mundo, em vez de conquistar através de exércitos ou da destruição mais convencional.

Ao longo da narrativa da temporada, a presença de Belial vai-se manifestando não tanto em actos visíveis, mas nos efeitos colaterais da sua influência. Aliados mostram sinais de desconfiança, memórias contradizem-se, eventos parecem ter múltiplas versões. É como se o tecido da realidade estivesse a ser reescrito em tempo real, moldado ao capricho de uma entidade que domina a arte da mentira com tal mestria que torna impossível distinguir ilusão de verdade. Este é um tipo de ameaça rara em Diablo IV, onde habitualmente o mal se manifesta de forma tangível; com Belial, o perigo é interno, psicológico, filosófico até.

Neste contexto, as figuras que se juntam ao jogador nesta jornada — como uma ex-mage do clã Vizjerei e um guerreiro da Catedral da Luz — são mais do que simples auxiliares. São testemunhos vivos do impacto que o domínio da mentira tem sobre a fé, a razão e a memória. A narrativa constrói-se sobre diálogos ambíguos, revelações contraditórias e uma sensação constante de que há sempre algo escondido, algo por detrás do véu. Belial assume, assim, um papel central nesta temporada não apenas como o grande chefe final — embora o seu confronto seja épico e exigente — mas como o arquiteto do próprio caos narrativo da temporada.

 

 

Mais do que um regresso físico, o retorno de Belial representa uma mudança de tom no universo de Diablo IV. É uma temporada que obriga o jogador a estar alerta não só em combate, mas também na leitura do mundo à sua volta. A ameaça de Belial não está simplesmente na sua capacidade de matar, mas na sua capacidade de fazer com que os outros se matem entre si, ou de fazer com que questionem se devem sequer continuar a lutar. Ao fazer da mentira o seu principal instrumento, Belial torna-se o inimigo mais insidioso que Diablo IV já apresentou até hoje.

Belial foi agora elevado ao estatuto de Exalted Lair Boss — a mais alta posição na nova escada de bosses do jogo. Esta reformulação profunda do sistema de chefes transforma a progressão de final de jogo, dando-lhe uma dimensão mais estratégica e diversificada. Os bosses estão agora divididos em categorias (Initiate, Greater e Exalted), com Belial a ocupar o topo absoluto, substituindo temporariamente figuras como Duriel como o alvo mais cobiçado em termos de desafio, e claro, em loot. Além disso, dois novos bosses introduzidos na expansão Vessel of Hatred — Urivar e o Harbinger of Hatred — são agora integrados na ladder como Initiate e Greater Lair Bosses, respectivamente.

Uma das novidades mais marcantes da Season 8 é o sistema de Boss Powers, que introduz um novo tipo de progressão e personalização. Ao derrotar World Bosses, Eventos, Incursões ou Lairs, os jogadores podem absorver os seus poderes. Estão organizados em dois tipos (Main Power Modifier Power), com o primeiro a ter um efeito que impacta directamente o estilo de jogo, e o segundo a oferecer três efeitos adicionais que amplificam ou adaptam o Main Power às diferentes builds.

Os jogadores podem equipar um Main Power e até três Modifiers simultaneamente, aumentando assim as opções de personalização, e complementando os sistemas já existentes. Os poderes são permanentes, mas melhoráveis, através de um novo recurso chamado Spectral Ash, obtido ao derrotar bosses ou ao participar nos eventos sazonais. No total, estão disponíveis 24 Boss Powers nesta temporada, oferecendo uma variedade de efeitos ofensivos, defensivos e combináveis.

 

 

A nova actividade central da temporada chama-se Apparition Incursions — eventos dinâmicos e com tempos limite que ocorrem por toda a Sanctuary e que estão ligados directamente à história do regresso de Belial. Nestes eventos, o jogador enfrenta vagas de criaturas e bosses do tipo Apparition, numa espécie de corrida contra o tempo que termina frequentemente com o próprio Belial como boss final. Este modo não só representa uma das formas mais acessíveis de obter Boss Powers nas primeiras fases da temporada, como também serve de pilar narrativo e atmosférico, transmitindo a sensação de que a realidade em Sanctuary está a ser corroída por ilusões.

O sistema de invocação de bosses foi completamente revisto. A partir do nível de dificuldade Torment, os jogadores já não precisam de reunir materiais específicos para convocar chefes. Os itens antes utilizados para esse fim foram convertidos em Lair Boss Keys, que agora desbloqueiam baús especiais após a derrota dos bosses, contendo Uniques e Mythic Uniques. E, ao abrir qualquer Initiate ou Greater Boss Hoard, existe uma probabilidade de Belial aparecer inesperadamente sob a forma de um “mini-Belial”. Derrotá-lo dá acesso a uma segunda ronda de loot e à aquisição da sua chave única, os Betrayer’s Husks. Após derrotar o verdadeiro Belial, além do loot normal, o jogador pode escolher recompensas de qualquer outro boss — uma forma inteligente de recompensar os jogadores mais persistentes e habilidosos.

Esta temporada inclui também várias melhorias mais discretas, mas não menos importantes. Uma das mais celebradas é a capacidade de teletransporte diretamente para membros do grupo, o que facilita a coordenação em multiplayer e reduz o tempo perdido em deslocações. Também o Season Journey foi reformulado para ser mais recompensador e menos repetitivo, e o novo Reliquaries Battle Pass oferece cosméticos e recursos adicionais. E até a loja online recebeu novos itens visuais, como os Fabled Threads, para os jogadores que desejam personalizar ainda mais o seu aspeto.

Ao conjugar uma figura icónica da série com novos sistemas, mecânicas, bosses inéditos e uma abordagem mais narrativa ao conteúdo sazonal, Belial’s Return demonstra um claro esforço da Blizzard em manter o Diablo IV fresco, desafiante e envolvente. Esta Season é não só uma carta de amor ao legado da franquia, mas também um exemplo de como o jogo pode evoluir com criatividade e uma escuta activa da comunidade.

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Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.
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