Developer: Electronic Arts, EA Sports
Plataforma: Xbox Series, PlayStation 5, PC e Nintendo Switch 2
Data de Lançamento: 26 de Setembro de 2025

Todos os anos, quando a Electronic Arts anuncia a chegada de um novo título do seu principal  franchise, uma onda de expectativa e entusiasmo toma conta dos fãs do desporto-rei. Para milhões de jogadores ao redor do mundo, o lançamento de cada nova edição do outrora chamado FIFA é um momento quase ritualístico, marcado por discussões acaloradas sobre melhorias, comparações inevitáveis com o jogo do ano anterior e especulações sobre as mudanças que poderão transformar a experiência dentro e fora do campo virtual.

Este fervor anual é mais do que apenas curiosidade, visto tratar-se de uma paixão genuína pelo futebol e pela forma como este é recriado no universo digital, onde cada passe, cada remate e cada decisão tática são reproduzidos com uma atenção ao detalhe que, há décadas, caracteriza a série. No entanto, nem todas as edições conseguem cumprir as expectativas. EA Sports FC 25, por exemplo, deixou muitos jogadores com sentimentos mistos. Embora apresentasse avanços em certos aspectos visuais e de interface, algumas escolhas relativas ao gameplay geraram frustração e críticas.

Olhando para estas críticas, a EA deixou claro desde o início que tinha consciência do que precisava ser melhorado. O desenvolvimento do FC 26 não se limitou a adicionar novos conteúdos ou melhorias estéticas, dado que a prioridade era ouvir e reagir às solicitações da comunidade, ajustando mecânicas, refazendo certos sistemas e garantindo que o jogo entregasse uma experiência convincente tanto para jogadores casuais como para os mais exigentes.

A promessa feita aos fãs foi ambiciosa: restabelecer a confiança na franquia, entregar partidas mais autênticas e recompensar o esforço e a dedicação dentro do jogo, sem comprometer a diversão e o dinamismo que tornaram a série um fenómeno global. Era necessário oferecer algo que não apenas corrigisse os problemas do passado, mas que também evoluísse a experiência de forma clara. Cada mudança, cada ajuste e cada nova funcionalidade tinham de ser cuidadosamente calibrados para satisfazer um público que acompanha a franquia há décadas, conhecendo cada nuance e cada detalhe das mecânicas antigas.

O lançamento de EA Sports FC 26, portanto, representa mais do que uma nova edição anual, sendo para muitos, um teste de fidelidade e uma oportunidade de redescobrir a série com olhos renovados. A comunidade estava ansiosa para perceber se os ajustes realizados no gameplay, na IA, nos modos de jogo e na progressão dos jogadores seriam suficientes para superar a decepção deixada pela edição anterior. Era o momento de a EA provar ter escutado verdadeiramente os fãs e que estava preparada para entregar um simulador que fosse simultaneamente desafiante, estratégico, realista e, acima de tudo, divertido.

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Se há algo que acompanha a franquia da EA há muitos anos é a dificuldade em agradar a gregos e a troianos. Por um lado, existem os jogadores mais competitivos, que dedicam centenas ou milhares de horas ao online, sobretudo em Ultimate Team ou ao Clubs, e que exigem uma jogabilidade rápida e fluída. Por outro, há uma fatia igualmente apaixonada da comunidade que prefere uma experiência mais próxima do realismo, como se fosse um simulador de bancadas, alimentando-se sobretudo do Modo Carreira ou de sessões ocasionais contra amigos.

Reunir estes dois mundos numa só proposta sempre foi um dos maiores desafios da EA, mas em EA Sports FC 26 parece que finalmente foi encontrado um ponto de equilíbrio. A grande novidade neste campo é a introdução clara de dois perfis de jogabilidade distintos: o Modo Competitivo e o Modo Autêntico. O primeiro, direcionado para quem joga essencialmente online, privilegia a velocidade, a intensidade e a resposta imediata dos comandos, permitindo partidas mais dinâmicas e centradas na execução rápida de movimentos. O segundo, pensado para quem procura algo mais realista, reduz o ritmo, dá mais peso às disputas físicas e aumenta a imprevisibilidade dos ressaltos e bloqueios.

 Assim, quem gosta de sentir o futebol no seu lado mais frenético tem uma opção clara, enquanto quem prefere um jogo pausado, estratégico e próximo do que se vê nos relvados reais também encontra um espaço onde se sente em casa. Estas duas opções oferecem uma liberdade que muitos pediam há anos, porque permite criar uma experiência sob medida – seja para replicar o estilo mais tático de uma liga europeia, seja para experimentar um futebol naturalmente mais aberto.

Independentemente do modo escolhido, uma coisa é clara – a jogabilidade geral do EA Sports FC 26 está mais refinada e responsiva. A qualidade do passe e do controlo de bola nas ações mais básicas tiveram melhorias evidentes, fazendo com que o simples acto de circular a bola ou receber de costas para a baliza seja mais intuitivo e agradável. O resultado é que tanto no ritmo acelerado do Modo Competitivo como no ritmo metódico do Modo Autêntico é possível impor o nosso estilo. Seja com transições rápidas e verticais, seja com paciência e circulação em zonas recuadas, abrindo espaço para abordagens mais diversas e estratégicas.

Contudo, essa mesma fluidez ofensiva obriga a uma atenção redobrada no momento de defender. Como os passes agora são mais rápidos e eficazes, as interceções acontecem com menos frequência do que em EA Sports FC 25. Isso significa que confiar apenas na IA ou em posicionamentos automáticos já não chega, sendo essencial ter um bom posicionamento manual, ler as jogadas com antecedência e escolher os momentos certos para ser agressivo. Saltar na pressão no timing errado pode abrir espaços fatais e custar caro, especialmente contra adversários experientes que sabem explorar lacunas com poucos toques. Nesse sentido, é fácil imaginar que nos modos online, os resultados continuem frequentemente bastante dilatados, já que o jogo fica partido com facilidade e permite que os jogadores cheguem às balizas adversárias em apenas dois ou três passes.

 

 

Ainda assim, tudo isto contribui para um equilíbrio que, embora nunca seja perfeito, aproxima EA Sports FC 26 daquilo que há muito tempo se pedia, isto é, uma jogabilidade capaz de satisfazer diferentes perfis de jogadores sem perder a sua identidade central. É uma experiência que valoriza tanto a destreza técnica dos mais competitivos como o prazer estratégico dos mais casuais, e que, graças à melhoria na resposta dos passes e no controlo da bola, transmite uma sensação de modernização que faltava à edição anterior.

As novidades táticas em EA Sports FC 26 representam uma clara continuidade do sistema introduzido no título anterior, aproximando cada vez mais a experiência ao que podemos encontrar em simuladores mais focados no lado estratégico do futebol, como o Football Manager. A EA optou por não revolucionar este sector, mas sim por o refinar, e a verdade é que as melhorias, apesar de subtis, acabam por se sentir dentro das quatro linhas. aproxima-se cada vez mais de um simulador realista, oferecendo um leque de opções mais ricas e comportamentos colectivos que respondem melhor ao contexto em campo,

Um dos pontos mais evidentes está no comportamento dos avançados, que revelam agora uma agressividade muito maior na procura da profundidade; além de se perceber de forma clara que a sua movimentação varia consoante a tarefa que lhes é atribuída. Ou seja, já não se limitam a correr em linha reta, e também procuram ganhar espaço às marcações. Um ponta de lança que tenha ordens para servir de referência é mais eficaz nos movimentos de apoio, enquanto os que têm instruções de explorar o espaço, são mais assertivos a atacar a última linha. Estas nuances oferecem ao jogador uma maior sensação de realismo e, sobretudo, mais ferramentas para diferenciar o estilo de jogo.

Também os médios se tornam peças muito mais interessantes neste novo capítulo. Os seus movimentos são mais coerentes com as posições que ocupam em campo, e nota-se uma evolução significativa na inteligência colectiva. Quando pressionados ou sob marcação cerrada, conseguem afastar-se de forma mais natural para receber a bola, em vez de permanecerem estáticos à espera de uma linha de passe improvável. Isto permite um fluxo ofensivo mais fluido e credível, elevando a experiência tanto no online como nos modos mais táticos, como no de Carreira.

Ainda assim, nem tudo foi resolvido. Os laterais continuam a ser um problema em certos contextos. Os overlaps exteriores não convencem totalmente, já que a sua execução parece, por vezes, artificial ou mal sincronizada com o restante ataque. É uma área em que a EA precisa de investir mais trabalho, dado o peso que os laterais têm no futebol moderno, funcionando muitas vezes como os verdadeiros motores ofensivos de uma equipa. No entanto, quando lhes é pedido que tenham um papel numa construção mais baixa, correspondem com eficácia, e serão importantes em modelos que privilegiem esse aspecto.

 

 

Por fim, há que destacar também as novidades no que toca a posições e tarefas específicas. Algumas foram apenas renomeadas, mas outras introduzem realmente conceitos inéditos. É o caso do Avançado Ofensivo Versátil, que surge como uma opção híbrida e adaptável consoante a dinâmica da equipa; do Pivô Recuado, que agora pode desempenhar a tarefa de Liberdade de Movimentos, permitindo maior dinamismo e imprevisibilidade no meio-campo; ou ainda do Central Aberto, que reflete a tendência do futebol atual de defesas a assumirem papel ativo na largura da equipa. No geral, as mudanças táticas de EA Sports FC 26 podem não ser revolucionárias, mas reforçam a ideia de evolução gradual.

Depois de analisar as novidades táticas, é natural que estas se sintam também no Modo Carreira, que em FC 26 recebeu um cuidado especial por parte da EA Sports, numa clara tentativa de recuperar o prestígio da série entre os jogadores que privilegiam experiências offline. Manager ou jogador, as mudanças são pensadas para oferecer realismo, variedade e liberdade estratégica, tornando cada temporada e cada carreira uma experiência única para os amantes desta modalidade.

Na Carreira de Manager, a maior inovação é, sem dúvida, o novo mercado de treinadores. Agora, os clubes contratam ou despedem com base na filosofia e estilo tático do treinador, o que cria dinâmicas mais realistas, com mudanças de equipa que podem ser progressivas ou inesperadas, tal como acontece no futebol real. Adjuntos podem assumir a equipa temporariamente, sendo promovidos a permanentes se obtiverem bons resultados, e o sistema de ratings ocultos dos treinadores garante que a gestão das equipas seja mais imprevisível, aproximando o modo da experiência de simulação completa.

O Modo Carreira continua a permitir a escolha de até cinco ligas adicionais para simular, o que enriquece imenso a sensação de universo vivo ao redor da tua equipa, com desenvolvimento mais consistente de jogadores emprestados e uma visão mais detalhada do mercado. Os eventos inesperados, como reformas de jogadores ou vetos da direção, funcionam como elemento narrativo, tornando cada temporada mais genuína e menos previsível. Não é uma revolução, mas é uma melhoria sólida e consistente do que já tinha começado no jogo anterior, aproximando-se de experiências mais profundas como o Football Manager, mas mantendo a diversão e acessibilidade que caracterizam a série.

Na vertente do Carreira de Jogador, há também mudanças importantes que tornam a experiência mais imersiva e personalizada. O grande destaque são os Archetypes, que também estão incluídos no Clubs, e onde cada jogador pode escolher entre perfis predefinidos que trazem playstyles distintos, perks específicos e uma progressão focada no desenvolvimento do atleta de acordo com o papel em campo. Estes Archetypes permitem que o jogador molde a carreira de forma estratégica, adaptando o crescimento do seu atleta ao estilo que prefere jogar.

 

 

E falando agora no Clubs em particular, a EA foi ainda mais longe na evolução desta vertente, trazendo alterações que procuram equilibrar profundidade tática, progressão individual e acessibilidade. Também aqui, uma das mudanças mais significativas foi a introdução dos Archetypes, que substituem as antigas árvores de habilidades. Esta alteração não só moderniza a evolução dos jogadores, como cria igualmente perfis variados, oferecendo uma variedade tática e estratégica sem precedentes. Cada jogador começa com dois playstyles no seu Archetype e, à medida que progride, desbloqueia outros, permitindo uma personalização adaptada ao estilo de jogo que preferir — seja ofensivo, técnico ou físico.

Outra grande melhoria é a possibilidade de um jogador integrar até três clubes simultaneamente, podendo alternar livremente entre eles. Apesar de apenas um clube contar para recompensas sazonais, esta flexibilidade incentiva a participação em diversas dinâmicas coletivas, sem limitar a progressão do atleta. Além disso, o Clubs ganha novos mecanismos de evolução inspirados no Ultimate Team, com cards que evoluem de Bronze a Gold, ou até Icon, e multiplicadores de XP através de FC Points. Embora haja preocupações quanto à monetização, estas adições reforçam a sensação de progressão tangível e recompensadora.

O controlo do guarda-redes também foi totalmente reformulado. Agora, movimentos como mergulhos, defesas e aproximações ao avançado são mais intuitivos e exigem um timing preciso, tornando cada defesa mais prazerosa. O jogador tem opções para escolher entre socar a bola, agarrá-la ou fechar o espaço ao atacante, e a combinação com o movimento do stick direito permite respostas rápidas a situações complexas. Estas mudanças valorizam a tomada de decisão individual e a coordenação com a equipa – elementos essenciais para o sucesso no Clubs.

O EA Sports FC 26 introduz novidades em eventos competitivos, como o Clubs Rush, que combina torneios e desafios em tempo real, incentivando a experimentação de formações e táticas diversificadas. Ao mesmo tempo, o sistema de Archetypes garante que cada jogador tenha um papel bem definido, mas com liberdade suficiente para ajustar sua actuação conforme a necessidade da equipa. No conjunto, estas melhorias transformam o Pro Clubs numa experiência mais estratégica, gratificante e conectada com a evolução do jogador.

Quanto ao Ultimate Team, o EA FC 26 trouxe uma série de mudanças pensadas para melhorar a experiência ao longo de toda a temporada e tornar o modo mais competitivo, justo e interessante em termos de progressão. Uma das grandes novidades é o Challengers, um novo formato pensado para jogadores que ainda não atingiram os requisitos das divisões mais altas do FUT Champions. É algo que cria uma ponte entre os jogadores casuais e os mais competitivos, permitindo que todos tenham oportunidades de ganhar recompensas e se divertir sem depender exclusivamente da sua classificação em Rivals. Ao mesmo tempo, os playoffs de Champions foram eliminados, simplificando a progressão e tornando a experiência mais directa, enquanto mantém a emoção de lutar por qualificações semanais.

 

 

Outro ponto a destacar é a implementação do sistema de vitória em caso de desconexão ou abandono do adversário, mesmo que este aconteça fora do menu do jogo ou via “Dashboard”. Isto corrige uma das maiores frustrações do FUT nos últimos anos, garantindo que a dedicação do jogador não seja perdida por fatores fora do seu controlo. É, na verdade, um alívio para quem muitas vezes se sentia castigado por jogar dentro das regras, e uma das grandes vitórias da edição deste ano.

Os Live Events substituiram os Online Friendlies, trazendo novos modos como Torneios e Gauntlet. Nos Torneios, os jogadores competem em formatos de eliminação direta, com um número limitado de participações disponíveis em cada período. Já no Gauntlet, são desafiados a gerir o seu plantel ao máximo, usando apenas os jogadores disponíveis no XI inicial e banco por ronda, com recompensas progressivas dependendo de quantas rondas conseguem superar. É uma abordagem divertida, e que incentiva o planeamento e a adaptação, tornando cada evento mais estratégico e recompensador.

O sistema de evolução de jogadores também recebeu melhorias relevantes, sendo agora possível evoluir os guarda-redes com upgrades de atributos e visuais, algo que não existia antes. Além disso, certas evoluções podem ser repetidas, permitindo que um jogador seja melhorado várias vezes ou que vários jogadores recebam o mesmo upgrade, enquanto os efeitos cosméticos agora podem ser acumulados sem se substituírem uns aos outros. Isto oferece uma maior liberdade para personalizar o plantel, permitindo que cada jogador molde a sua equipa de acordo com o estilo que prefere, e transmite uma clara sensação de evolução constante, que recompensa o tempo investido e torna cada conquista mais significativa ao longo da temporada.

Por isso mesmo, para reforçar a sensação de progressão e recompensa constante, foram introduzidos Rivals Bounties e Checkpoints Limitados. Os Rivals Bounties apresentam desafios aleatórios no início do jogo que podem fornecer moedas, pontos de Rivals, XP de temporada e até stage passes. Quando aos Checkpoints Limitados, foi a maneira encontrada para prevenir quedas abruptas de divisão em caso de derrotas consecutivas, mantendo os jogadores motivados mesmo após resultados menos favoráveis.

Tudo isto faz com que o Ultimate Team de FC 26 apresente um equilíbrio mais justo e uma curva de progressão mais lenta. Os packs especiais e as versões TOTW têm diferenças mais pequenas em relação às cartas padrão, e as evoluções exigem requisitos menos restritivos. Isto, aliado à melhoria na jogabilidade, garante que a habilidade individual e a estratégia de gestão do plantel tenham um peso maior nos resultados, tornando cada vitória mais satisfatória e cada derrota menos frustrante.

O aspecto gráfico continua a ser um dos pontos fortes da série, mantendo a qualidade esperada pelos fãs. O jogo utiliza o mesmo Frostbite Engine das edições anteriores, mas com melhorias incrementais, apresentando-se visualmente mais polido e com animações mais naturais. A movimentação dos jogadores, as transições entre acções e as reacções dentro de campo apresentam uma maior fluidez, o que contribui para uma experiência mais realista e envolvente durante as partidas, sem alterar drasticamente a linguagem visual a que a comunidade já está habituada.

As cutscenes e os momentos de apresentação das equipas também foram refinados, com maior atenção aos detalhes nos gestos dos jogadores e nas interações dentro do campo. Apesar de não se tratar de uma mudança radical, estas melhorias ajudam a reforçar a sensação de que cada partida é única e visualmente mais interessante, mesmo em jogos offline. Cada detalhe, desde a movimentação dos jogadores até à apresentação das partidas, foi ajustado para criar uma experiência mais imersiva, preservando a identidade da franquia e garantindo que todos os jogadores se sintam confortáveis e absorvidos desde o primeiro momento.

 

 

Quanto aos menus, pouco mudou em relação à edição anterior. A interface mantém-se praticamente igual à do FC 25, garantindo familiaridade aos jogadores que acompanham a série ao longo dos anos. A navegação continua intuitiva, e as informações sobre equipas, jogadores e modos de jogo estão organizadas de forma clara. Para quem transita entre diferentes modos, a experiência mantém-se consistente, sem surpresas ou mudanças bruscas que possam confundir o utilizador.

A componente sonora mantém-se num nível muito elevado, cumprindo as expectativas dos fãs da série. Os efeitos de áudio em campo foram cuidadosamente trabalhados para refletir a intensidade de cada lance, desde o choque entre jogadores até o impacto da bola nos postes ou nas mãos dos guarda-redes. O som da multidão continua a ser um dos pontos fortes, com reações que variam consoante o momento do jogo, seja um golo, um cartão ou uma jogada perigosa, contribuindo para a sensação de emoção durante as partidas.

As cutscenes e transições entre jogadas foram também acompanhadas por uma melhoria na qualidade sonora, tornando cada ação mais impactante e natural. A localização completa para o português do Brasil garante que as comunicações em campo, anúncios de substituições e comentários do jogo sejam compreensíveis e bem integrados, sem perder o ritmo da partida. A trilha sonora, por sua vez, mantém-se variada e adequada, acompanhando momentos de tensão, emoção ou celebração, reforçando a experiência geral sem se tornar intrusiva.

A escolha das músicas segue a linha da tradição da série, misturando estilos internacionais e contemporâneos, o que ajuda a manter os jogadores concentrados durante longas sessões, seja em modos competitivos como Ultimate Team ou em partidas mais casuais e offline. A integração da música com os efeitos de áudio em campo — como aplausos, gritos da multidão e sons da bola — garante que a experiência seja coesa, dando peso às jogadas e às vitórias, sem nunca se tornar intrusiva ou distrativa.

O EA Sports FC 26 confirma-se como uma entrada ambiciosa na série, marcada pela clara intenção da EA de responder ao feedback dos jogadores depois do impacto algo morno do título anterior. Não é perfeito — ainda há aspectos que precisam de ser trabalhados — mas deixa a sensação de que a série está novamente no caminho certo, devolvendo a confiança e a empolgação dos fãs que, ano após ano, fazem deste simulador uma autêntica celebração do futebol virtual.

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Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.
analise-ea-sports-fc-26<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Graficamente muito realista</li> <li style="text-align: justify;">Jogabilidade fluída e responsiva</li> <li style="text-align: justify;">Um Ultimate Team mais justo</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Pequenos bugs visuais</li> </ul>