Developer: Playground Games
Plataforma: Xbox One, PC (Windows)
Data de Lançamento: 2 de outubro de 2018

Sem hesitar pegamos na nossa passagem Austrália/Reino Unido, e lá vamos nós para o maior festival de sempre: o Festival Horizon. Este evento já passou por Colorado (EUA), Itália/França, Austrália e este ano Forza Horizon 4 viaja até ao Reino Unido. A localização deste último jogo da Playground Games e da Turn 10 Studio foi para muitos uma surpresa porque a especulação era de que Forza Horizon 4 teria lugar em Tóquio, em vez do reino de Sua Majestade. No entanto, o formato é idêntico, ou seja, um open world, e onde continuamos a ter de conduzir pela esquerda.

E é logo no início que ficamos a conhecer aquele que é provavelmente o principal destaque. Claro, estou a referir-me às mudanças de estação do ano, cuja novidade é recriada numa só corrida dividida pelas quatro estações, começando no Outono, passando de seguida para o Inverno, Primavera e Verão. As estações do ano podem influenciar a forma de conduzir, principalmente no inverno onde existe neve e chuva, tornando o piso mais escorregadio, e assim sendo, o melhor é tentar ter uma condução mais prudente.

Seguidamente à corrida de introdução estar terminada, começa a jornada como participante no Festival Horizon. Para isso há que escolher um avatar, e como é de esperar, um carro para nos iniciarmos. Podemos optar entre três carros: um Ford Focus RS, um Audi TTS Coupé, ou um Dodge Charger R/T. Mas não só, porque para outros tipos de estrada, como montanhas e terra batida, conforme avançamos temos oportunidade de escolher os carros mais adequados para o terreno.

A lista de novidades em comparação ao Forza Horizon 3 é vasta, e explicando melhor como funcionam as mudanças de estações do ano, inicialmente o objectivo é correr em determinadas provas e ganhar pontos de influência, sendo que, por cada etapa, a estação muda. Porém, após estes eventos estarem concluídos, as mudanças de estações tornam-se dinâmicas, com as estações a mudarem automaticamente após alguns dias. Dentro de cada estação temos provas específicas que dão melhores prémios em comparação com as corridas ditas normais.

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Podemos encontrar outra novidade importante na possibilidade de alterar a roupa e os acessórios dos pilotos. Até mesmo a maneira como celebramos as vitórias. Customizações essas que podem ser adquiridas através das famosas Spinwheels, ou comprando em separado.

E já que falamos nas Horizon Spinwheels, em Forza Horizon 4 existe um upgrade neste sorteio, isto é, anteriormente existia uma roda da sorte simples, mas para além desta, agora existe a Horizon Super Spinwheel, que é, nada mais nada menos, que uma Spinwheel normal, todavia, em vez de ganharmos um prémio, recebemos três. Em ambos os sorteios os prémios são: roupa, emotes para o teu avatar, buzinas, créditos e claro, carros.

Qualquer jogo de Forza Horizon nunca pecou no que diz respeito a números de veículos e neste não é excepção. FH4 conta com mais de 100 marcas e mais de 450 veículos que estão recriados ao mais ínfimo detalhe. Uns mais que outros, contudo, todos muito bem trabalhados. Todos os carros são personalizáveis, enquanto, alguns com certas limitações, o que era de prever, já que o número de carros é gigante; e ao contrário do jogo anterior, a marca Porche está disponível sem ser necessária a instalação de qualquer DLC.

Passando para o aspecto mais fundamental, as corridas, como devem imaginar, existem vários tipos de corridas: as normais no asfalto, outras numa vertente Rally, que tanto podem ser exclusivamente em terra, como em solo misto (terra e alcatrão), e também as corridas em montanha (com veículos especializados). Estes três tipos de corridas são os principais, mas existem outros como provas Drag, Drift, assim corridas contra o tempo, entre outras. E podem contar com os eventos de Showcase, onde os oponentes surgem de várias formas, desde hovercrafts, aviões, motas, comboios, ou até mesmo naves espaciais de HALO.

Para além dos Showcase Events, implementou-se um evento que é, sem dúvida, a cereja no topo do bolo. Chama-se Forzathon Live, e basicamente é um desafio para ser feito em equipa com os outros drivatars que estão online. Primeiro aparece no mapa um ponto onde todos os interessados têm que se juntar, para depois, em conjunto, terem de ultrapassar metas marcadas em vários desafios, como drifts, radares, tempo no ar, e outros mais. O trabalho em equipa é francamente encorajado, e não só é possível interagir com os outros membros do grupo com frases que vão sendo desbloqueadas ao longo do jogo, como podemos igualmente competir em co-op, o que torna as corridas muito mais divertidas.

Se nas versões anteriores existiam cinco pontos de festival Horizon, já no quarto jogo da saga existe apenas um, mas existe uma razão, que de facto é bastante lógica e mais interessante. E passamos a explicar: há casas à venda espalhadas pelo mapa que servem exactamente o mesmo propósito dos festivais, com cada casa a trazer vantagens, e dependo do seu preço, também o prémio será maior ou menor.

Como se não bastassem todas as novidades já mencionadas, ainda há espaço para mais uma, que é a maneira como compramos habilidades para os carros. Antes as habilidades desbloqueadas eram transversais a todos os carros que nos pertenciam, mas agora cada um tem as suas próprias habilidades.

Visto estarmos no Reino Unido, seria de esperar um mapa diferente. No que toca ao tamanho deste novo mapa, vão perceber que está um pouco maior que o anterior, e apesar da diferença não ser assim tão grande, o mapa é verdadeiramente gigante. Espalhados por ele estão as várias placas, que ao todo são duzentas, onde cinquenta delas são de viagem rápida e cento e cinquenta de pontos de influência; e que se juntam aos diversos radares de velocidade, pontos de velocidade média e pontos de drift.

Graficamente Forza Horizon 4 está imaculado. O anterior já era algo difícil de superar, contudo essa missão quase impossível foi surpreendentemente superada. As paisagens estão maravilhosas e cheias de detalhes com um incrível fotorrealismo; e ainda que as estradas sejam fictícias, contêm marcos históricos, estes sim reais, como alguns edifícios conhecidos do Reino Unido. As texturas de praticamente tudo o que envolve o jogo estão soberbas, incluindo os reflexos das luzes e das sombras. Sem esquecer os interiores dos carros, recriados ao pormenor, especialmente ao nível dos componentes do motor.

A banda sonora de Forza Horizon é enorme, com uma vasta diversidade de géneros musicais como rock, trance, dubstep, hip-hop, e até podemos ouvir Vivaldi ou Beethoven enquanto conduzimos a alta velocidade.

Resumindo, Forza Horizon 4, e passe a redundância, abriu horizontes e implementou novidades que fogem um pouco ao mundo das corridas. Foi uma jogada inteligente, e poderá chamar mais jogadores para a série. A fórmula de sucesso de Forza Horizon está bem aqui bem representada, numa versão ainda mais completa, sendo simplesmente o melhor jogo de corridas até à data.

REVER GERAL
Geral
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Nascido no coração de Lisboa, este rapaz, nunca foi o mesmo a partir do momento em que o pai lhe ofereceu o primeiro Gran Turismo.Apaixonado por jogos de corridas, mas principalmente do Gran Turismo, comprou todos os jogos da saga até hoje. Dezanove anos depois, tem um novo amor, Forza Horizon...mas não esqueceu Gran Turismo.
analise-forza-horizon-quatro<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;"> Graficamente suberbo;</li> <li style="text-align: justify;"> A ideia de mudança de estação é simplesmente genial;</li> <li style="text-align: justify;"> O evento Forzathon Live é bastante divertido;</li> <li style="text-align: justify;"> Banda sonora enorme e muito diversificada;</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <ul>