Developer: IguanaBee, Fair Play Labs
Plataforma: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC
Data de Lançamento: 13 de outubro de 2020

É de louvar o que a série G.I. Joe já fez até chegar a este ponto. Quando tudo começou, na década de 60, apenas com action-figures, longe estavam os criadores de imaginar que quase 60 anos depois se faziam ainda videojogos com os bonecos que criaram. O tempo deu ao G.I. Joe desenhos animados, filmes e claro, videojogos. Eu nem sou muito fã dos filmes, mas os personagens têm a sua mística que me faz gostar deles. G.I. Joe: Operation Blackout pode ser para o jogador comum mais um jogo que aproveita a franchise para lançar algo, mas pareceu-me mais do que isso. É quase uma dedicatória a todos os que ainda gostam dos action figures, dos desenhos animados, dos filmes e dos personagens. 

Devo-me colocar a meio termo, não adoro a série, nem odeio, como já vos disse, gosto das personagens, principalmente as da Team Cobra. Para quem não sabe, há uma luta de facções normalmente nestas aventuras, onde de um lado estão os G.I. Joe, que tentam salvar o Mundo da Team Cobra, uma organização terrorista. Cada uma delas com os seus conhecidos elementos de outros tempos, mas se não conhecerem, não se preocupem porque rapidamente nomes como Duke ou Snake Eyes passam a ser familiares.

G.I. Joe: Operation Blackout utiliza um estilo cartoon que me fez lembrar o Fortnite, com todas as reticências que isso possa implicar. É um jogo em terceira pessoa com armas para derrubar os inimigos, quer seja através das nossas pistolas ou lançamentos de granada. Também há o típico ataque de corpo que pode ser utilizado em situações mais limite. O jogo permite ao jogador cumprir a missão em co-op com outro amigo, mas estejam descansados que podem jogar sozinhos, com a IA a fazer de vosso parceiro de combate. Descansados não sei se é bem o melhor termo, porque a maneira como o nosso colega age não é a melhor, de todo. Parece que está sempre a correr atrás de um prejuízo qualquer e quando precisamos que ele ataque os inimigos, anda ali de um lado e para o outro à espera não se sabe bem do quê e não dispara. Não podemos confiar muito no comando da CPU para ter uma boa experiência co-op que acontece quando temos uma amigo a jogar ao nosso lado. 

Paga-nos o café hoje!A inteligência artificial dos nossos inimigos também tem as suas falhas. Vai do 8 ao 80. Tanto são capazes de não reagir a uns tiros sem se mexerem, como podem andar em círculos à nossa volta dificultando e muito a tarefa de lhes acertar. As suas aparições também são estranhas, vem por vagas, bem ao estilo Zombie Army, mas aparecem não se sabe bem de onde. As armas que usamos dependem das que vamos apanhando ao longo do nível e do nosso personagem. Infelizmente não há uma evolução da arma com modificações nem nada do género, mas gostei da parte prática quando temos de a recarregar, onde há um mini jogo de carregar no botão no tempo certo, no qual se acertarmos a arma recarrega muito mais rápido. Nestes momentos, a concentração é fundamental, o que torna esta parte mais divertida. 

Os níveis são muito idênticos ao longo da campanha. Se no início existe alguma novidade, a partir do quarto nível parece que já vimos tudo o que havia para ver. Ainda assim há um tipo de níveis que gostei bastante e embora parecessem algo limitativos, eram bastante desafiantes, que é quando vamos com um Tanque e na nossa direção atacam outros veículos inimigos o que nos obriga a rebentar com eles. O analógico controla a mira  que vai ter de mudar rápido à medida que os inimigos se aproximam. É um desafio constante enquanto tentamos manter o nosso Tanque intacto e são níveis diferentes do habitual que divertem.

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GIJOE3

Apesar dos níveis repetitivos, vamos poder jogar dos dois lados da barricada. Ora com a Team Cobra, ora com os G.I. Joes. A história vai alternando entre jogar com uns e outros o que nos faz experimentar diversas personagens e armas diferentes. Isto é excelente para quem adora os personagens quer sejam eles G.I. Joe ou Team Cobra. Há diversidade na escolha desses personagens que ao todo são 12, é pena os ambientes não acompanharem essa mesma diversidade. Noutros modos de jogo somos levados a jogar em equipas de 4 o tradicional Catch The Flag ou o Deadmatch, mas sinceramente não achei uma grande mais valia, nem nada de novo ao que já se usa noutros jogos.

G.I. Joe: Operation Blackout é uma missão complicada de compreender para quem nunca pegou num G.I. Joe e bastante simples para quem está habituado a ver e rever os filmes e os desenhos animados. Nota-se que é feito para quem já conhece o universo, mas falha em algumas coisas básicas de um videojogo para quem nunca jogou ou viu nada da franquia. É divertido para passar a história principal em co-op, mas sozinho, há muitos momentos em que apetece largar o comando.

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Aprendeu a jogar ao Pedra, Papel, Tesoura com o Alex Kidd e a contar até 100 com o Sonic. Substituiu a Liga da Malásia pela Liga Portuguesa no Fifa 98 e percebeu que havia jogos melhores que filmes com o Metal Gear Solid.
analise-g-i-joe-operation-blackout<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Os personagens</li> <li style="text-align: justify;">Feito a pensar nos fãs de G.I. Joe</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Repetitivo</li> <li style="text-align: justify;">Bugs de IA que fazem perder o interesse na jogabilidade</li> </ul>