Developer: Polyarc
Plataforma: PlayStation 4 (Requer PSVR)
Data de Lançamento: 18 de abril de 2022

Moss: Book 2 marca o regresso de um dos jogos mais divertidos e queridos alguma vez feitos para Realidade Virtual. Podem até não gostar de ratos, mas Quill é um ratinho adorável e carismático e garanto que muito rapidamente vão passar a gostar dele. Mesmo aqueles que não estão familiarizados com a primeira aventura de Moss, o livro mágico que nos conta a história do jogo e que em 2018 transportou os jogadores para este universo em que ajudamos Quill a salvar o mundo.

Nesta aventura, nós teremos dois papéis. Por um lado controlamos Quill e por outro somos parte ativa enquanto leitor da história de Moss. Cabe-nos resolver alguns quebra-cabeças que nos aparecem constantemente, com poderes próprios, bem como matar os inimigos com as várias armas que o ratinho terá à sua disposição, mas já lá vamos. De uma coisa tenham a certeza, a Polyarc fez um excelente trabalho com esta sequela, melhorando em muitos aspetos e inovando noutros, mas não em demasia.

A nível de história, Moss: Book 2 continua do ponto onde terminou o primeiro jogo, que vou chamar de “Book 1”. Agora, e com um personagem chamado Tylan do lado do mal, o nosso objetivo é juntar todos os pedaços de cristal para impedir que as Forças Arcanas tomem conta de tudo, como fizeram com o reino do rato Quill. Não sendo este o prato forte da aventura, a história até é bem mais completa que em Book 1. Ficaremos a saber mais sobre as personagens e a conhecer mais zonas pelas quais vamos passar. 

É também um conto bem mais longo, com as suas seis horas se deixarmos de fora alguns extras que vamos encontrar e poder explorar. Alguns nem são possíveis de apanhar a primeira vez que passamos por eles porque requerem um certo tipo de poder que só se aprende mais à frente. Uma maneira de fazer os jogadores que gostam de colecionar tudo, jogarem novamente certas partes do jogo. 

A jogabilidade é muito simples, intuitiva e divertida. À boa maneira de um hack ‘n’ slash, onde nos armamos no espadachim mais cruel de todos os tempos, Quill quando usa a espada parece um autêntico Mosqueteiro, mas isso nem é novidade para quem passou pelo Book 1. O que há de novo são as novas armas que teremos ao nosso dispôr. Um martelo e um chakram, que é uma arma de arremesso. Estas novas armas abrem um vasto leque de possibilidades, não só na maneira de lutar, mas também na forma como resolvemos alguns dos quebra-cabeças. A determinada altura é necessário usar o martelo para fixar um botão que abre uma porta e agora podemos fazê-lo. 

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Não é que o uso de todas as armas seja propriamente obrigatório em combate, depende do que gostamos mais. Podem ser mais eficientes em determinados inimigos, mas também não é por estarem a jogar com uma arma diferente da recomendada que não passam de nível. Do nosso lado, do “leitor” da aventura, temos a possibilidade de arrastar alguns elementos do cenário para permitir passagens mais seguras e até lançar alguns poderes pelo caminho, nomeadamente em alguns dos bosses de Moss: Book 2. Durante o jogo podemos ver mais variedade de inimigos do que no jogo de 2018, o que acaba por ser mais refrescante e menos repetitivo do que antes.

Os cenários são diferenciados com ambientes bastante distintos entre eles. Têm uma profundidade tridimensional muito bem trabalhada pela Polyarc e não fossem algumas limitações do PSVR, provavelmente ainda estariam melhores. A sua diversidade oferece novos puzzles que teremos de solucionar. Só com a nossa ajuda, o rato Quill conseguirá seguir em frente.

A grande limitação do jogo acaba por ser a tecnologia do PSVR. Confesso que já não me lembrava da confusão de fios que se tem de ligar, os diferentes cabos e ainda um comando Dualshock 4, porque só com esse é que o jogo vai funcionar. Não façam como eu que perdi algum tempo a tentar jogar com o comando da PS5 e afinal não dava. Além disso, às vezes há alguns erros técnicos em que não se consegue mexer em algumas partes do cenário que era suposto. Felizmente há a opção para reiniciar a sequência e colocar tudo como estava no início.

Moss: Book 2 é um excelente jogo para o PSVR. Um dos melhores na interligação entre os jogadores e as personagens presentes na aventura. É fácil de jogar e desafiante ao mesmo tempo. Melhora em relação ao seu antecessor e deixa em aberto uma possível continuação daqui a uns tempos. Oxalá a Polyarc tenha condições de fazer um jogo sem as limitações de um PSVR já a passar o prazo. A perspectiva de uma nova tecnologia do PSVR 2 pode dar asas à imaginação de como será o futuro de Moss, num presumível Book 3.

REVER GERAL
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Aprendeu a jogar ao Pedra, Papel, Tesoura com o Alex Kidd e a contar até 100 com o Sonic. Substituiu a Liga da Malásia pela Liga Portuguesa no Fifa 98 e percebeu que havia jogos melhores que filmes com o Metal Gear Solid.
analise-moss-book-2<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Boa jogabilidade</li> <li style="text-align: justify;">Diversidade de cenários</li> <li style="text-align: justify;">Bons quebra-cabeças</li> <li style="text-align: justify;">Quill é carismático</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">As limitações do PSVR</li> <li style="text-align: justify;">Alguns erros técnicos</li> </ul>