Developer: Blue Loop
Plataforma: Nintendo Switch e PC
Data de Lançamento: 22 de Fevereiro de 2023
Puzzle games, uma das formas mais básicas de entretenimento que consegue consumir a nossa sanidade mental, existem para todos os tipos de pessoas e para todos os gostos. Como não gostar deste tipo de jogo que facilmente nos consegue levar a episódios de gamer rage?
Não se deixem enganar pelo boneco fofo que nos aparece na apresentação do jogo. A nossa personagem de aspecto fofo (pelo menos dentro dos meus parâmetros) é apenas um pequeno cheirinho do que vos vai prender ao ecrã.
Assim que abrimos o jogo somos levados para uma viagem espacial e humorística que define o nosso ponto de partida. A história de quadroids resume-se a um princípio muito simples conquistar todo o espaço. Os quadroids são seres sem cérebro que são guiados pelos Roboctopus (seres de inteligência superior que têm como objetivo conquistar a galáxia).
E desta forma somos introduzidos ao tutorial de quadroids e apercebemo-nos de que o que parecia ser um simples jogo do estilo de puzzle, tem muito mais debaixo da manga enquanto ao mesmo tempo apresenta uma simplicidade única.
O tutorial apresenta-nos, então, a grande dinâmica do jogo. O ecrã encontra-se dividido em quatro partes diferentes, onde cada um dos quadrados é orientado por um botão diferente (R, ZR, L, ZL) e esses botões têm todos a simples função de saltar. E se até agora isto parece muito fácil, a toda esta dinâmica adicionem um droid que nunca para e que está constantemente de um lado para o outro do ecrã e onde a cada nível os mapas são diferentes e onde a sequência de movimento das partes do ecrã também é diferente.
Basicamente o nosso bonequinho nunca para quieto no ecrã e tem pela frente vários desafios para conseguir chegar à sua meta final em cada um dos níveis. E à medida que o jogo vai progredindo vamos encontrando cada vez mais obstáculos, como lanças onde o nosso boneco poderá morrer.
E se acham que isto é tudo, tirem daí as ideias, muitas vezes não vão ter 1 droid no ecrã, mas mais ao mesmo tempo e temos que conseguir orientá-los todos até a base. É importante conseguir manter foco nos seus movimentos a todos os segundos ou corremos o risco de eles irem, sem rumo, ter com a sua morte.
Em todo o jogo, aquele simples comando de “saltar” guia todos os movimentos do jogo e é a base de tudo. Nunca há um nível que seja aborrecido neste jogo, aliás, atrevo-me a dizer que com esta simples dinâmica, este jogo proporciona momentos realmente caóticos e catastróficos, e confesso que já á muito tempo não me sentia tão motivada para passar níveis e ao mesmo tempo tão frustrada por estes se apresentarem mais difíceis do que pareciam inicialmente.
Os controlos do jogo são sem dúvida de uma simplicidade brilhante e os criadores deste só têm de estar muito orgulhosos do que conseguiram criar.
O único ponto negativo que atribuiria seria, apenas, o facto de não haver muito mais variedade no jogo para além do que já foi descrito, por isso se fores alguém à procura de gameplay com grande variedade de tarefas, este jogo não será, certamente, para ti.
Falando agora nos gráficos do jogo estes são bastante simples. Se gostam de jogos que puxem pela capacidade gráfica da Nintendo Switch, este definitivamente não é um deles. No entanto, o charme dos gráficos pixelados 2D não falham neste jogo. Senti-me como se estivesse a voltar a era do game boy advance em certos momentos, o que me agradou imenso.
Este jogo é sem dúvida a prova de que não é preciso muito para se criar um jogo extremamente envolvente. Atrevo-me a dizer que todas as pessoas que gostam de puzzle games, vão encontrar horas de diversão em Quadroids.
