Developer: Sobaka Studios
Plataforma: PlayStation 5|4, Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch e PC
Data de Lançamento: 18 de Julho 2023
Tivemos a oportunidade de testar REMEDIUM: Sentinels, um jogo desenvolvido pela equipa Sobaka Games, uma empresa russa responsável por jogos como Redeemer e editado pela ESDigital Games, uma editora cipriota cujo catálogo inclui Tetragon, entre outros.
REMEDIUM: Sentinels é um roguelike com elementos 3D e de sobrevivência que nos coloca num futuro pós-apocalíptico, cem anos antes do jogo original, quando aparece a tal “Peste Cinzenta”. Ninguém sabe as causas, mas as consequências são conhecidas: humanos e animais transformaram-se em inúmeras hordas de mutantes impiedosos e agressivos.
Ora bem, já perceberam que seremos nós, os guardiões criados por alquimistas, que vamos tentar proteger o que resta da Humanidade. O jogo consiste num único modo de jogo com seis cenários disponíveis. Durante as partidas, o objetivo é sobreviver o máximo possível com nosso golem guardião contra hordas infindáveis de inimigos.
O jogo conseguiu encontrar o equilíbrio dentro do género através das suas sessões mais curtas. A maioria dos clones de Vampire Survivors dura em média de 20 a 30 minutos por sessão, mas este dura apenas 15 minutos no modo Normal. Portanto, limpar e descontaminar os níveis principais provavelmente levará cerca de 8 horas ou menos.
A jogabilidade é relativamente simples e rapidamente apanhamos-lhe o jeito. Basta começar a dominar a movimentação da nossa personagem e depois é só destruir tudo o que aparecer à frente e ir melhorando as nossas habilidades. No entanto, se quiserem farmar Scrap, sugiro o modo Endless cuja recompensa é maior.
Tal como acontece com o Vampire Survivors, depois podemos aumentar o diminuir o tempo das sessões, tornando-as mais rápidas ou mais lentas, através da secção de Upgrades. Para além disso, vamos poder desbloquear novos golems durante as nossas runs. Geralmente estão enjaulados em algum local do mapa em cada nível. Cada golem fornece uma arma única e habilidades iniciais próprias, e são ao todo 8 golems diferentes com que podem jogar. Eu pessoalmente, joguei quase sempre com o Lamina e o Archangel por causa das Sawblades, porque é altamente satisfatório, especialmente se estiverem no seu nível máximo. O desbloquear de alguns golems obriga-nos a jogar o modo Endless, mas acaba por ser mais uma razão para superar esse desafio.
Em termos de level design, cada nível tem a sua própria atmosfera e vamos ter que os percorrer umas boas vezes para poder descontaminar a área de pragas. Se queiserem remover completamente a contaminação de todos os níveis, vão ter que sobreviver 15 minutos.
É claro que REMEDIUM: Sentinels também sofre pela questão da repetição inerente ao género, e apesar de apresentar muitas melhorias perante a versão que esteve em Early Acess, a verdade é que alguns desbloqueios podiam ser mais acessíveis, especialmente os das transmutações, para não termos que repetir tantas e tantas vezes os mesmos níveis.
Para desbloquear estas transmutações ou buffs elementares, se preferirem, temos que maximizar cada habilidade nas nossas runs. Portanto podia ser mais simples, e há outra coisa que não faz muito sentido, que é, quando maximizamos uma arma para ter um ataque elementar, a cadência da arma é redefinida.
Em termos gráficos, o jogo chama a atenção por causa do seu estilo de arte 3D, que ainda é algo ausente neste género. Fez-me lembrar o Warcraft 3 ou o StarCraft pela dinâmica e ambiente, sendo obviamente géneros diferentes, mas com um feeling por entre o Diablo e o Tochlight, e acho que dá para perceber pelas imagens.
REMEDIUM: Sentinels consolidou-se como um título competente no género roguelike de ação e sobrevivência e tornou-o acessível para pessoas mais ocupadas. Embora falte variedade quando se trata de descobrir habilidades únicas para cada golem, assistir à nossa personagem a derrotar hordas de inimigos parece terapêutico e satisfatório.
