Developer: TinyBuild, SURT
Plataforma: PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One
Data de Lançamento: 01 de Fevereiro de 2023

O jogo é relativamente simples: acertar com os botões no ritmo certo para poder progredir na história. Não é invenção da roda. Pelo menos as pessoas da minha geração, dos trinta e poucos, lembram-se certamente do ParapaDaRapper, na antiga PS1, do Rez anos mais tarde, do Beat Saber no PSVR ou então do grande fenómeno de jogos rítmicos, o Guitar Hero ou o Rock Band

No caso de Rhythm Sprout, não trata de ter instrumentos para tocar, mas é só para perceberem que o que importa é acertar com o ritmo certo e carregar no respetivo botão quando ele aparece no ecrã. Embora no início possa parecer bastante simples, a verdade é que as coisas se vão complicando e de que maneira, principalmente para quem não está habituado a ritmos e a carregar nos botões com alguma destreza. 

A rapidez da música em conjunto com as diferentes combinações de botões são a maior dificuldade, mas depois há também armadilhas que nos fazem atrasar e perder pontos se em vez de acertarmos no ritmo certo, falharmos por um tempo que seja. Também é possível fazer alguns truques especiais, como por exemplo usar o “Ímpeto Doce” que nos dá mais pontos e alguma barra de vida.

Que história seria de esperar de um jogo destes? Confesso que nem eu sei bem, mas rapidamente percebi que estava perante um enredo que tentava ter algum humor sarcástico e às vezes sem grande sentido, que sinceramente foi o que mais me fez rir. Não às gargalhadas, mas aquele humor que bem dispõe depois de um dia mais difícil. 

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A história de Rhythm Sprout é toda ela hilariante. No início damos de caras com o Rei Texugo que tem como guardas o Alto e o Baixo. São os nomes que o jogo usa na sua tradução PT-BR. O rei avisa-nos que o exército Doces Açucarados está a chegar e prometem levar tudo à frente. Pelos vistos somos nós, com um personagem que parece uma cebola a que chamam Broto que vai ter de salvar a situação. O rei pede ainda para encontrarmos a sua filha, a princesa Couve-Flôr que acaba por ser a grande missão do jogo. Imaginação nos nomes dos personagens não falta. 

A nossa progressão faz-se por níveis não muito longos, onde temos de tentar fazer o maior número de pontos e combos possíveis para ganharmos mais estrelas no final de cada um. Enquanto os blocos caem e nós vamos acertando com o ritmo certo, o nosso personagem vai avançando até chegar ao final. Não faltam níveis e desafios extra, nem os chamados bosses que vamos ter de enfrentar. 

É um jogo rápido e intuitivo onde podem passar algumas horas de diversão porque até há bastante conteúdo. Eu não consegui jogar muito tempo seguido sem fazer pausas pelo meio porque apesar das músicas não serem más, acabam os níveis por ser muito parecidos. Com diferentes cenários, é certo, mas sempre com o mesmo objetivo e isso acaba por cansar. Pelo contrário, as melodias de Rhythm Sprout são interessantes, algumas delas até podiam levar outro tipo de tratamento e tornar-se, quem sabe, um êxito. Apesar de não serem sons conhecidos, alguns deles dão para bater bem o pé e ficar com ela na cabeça. Desde o hip-hop, passando pelo K-pop e pelo EDM, há de tudo um pouco.

Para um jogo em que não há grandes expectativas e tem um preço acessível, Rhythm Sprout é uma boa opção numa tarde mais aborrecida em que “não há nada de novo para jogar”. Bom para quem gosta destes jogos rítmicos e que ainda bem dispõe com os seus diálogos sarcásticos sem sentido, capaz de nos mandar, do nada, com frases do género “Tenho algumas uvas para me deliciar para mostrar quem manda aqui”. É divertido, rápido e tem boa jogabilidade, só peca por ser demasiado repetitivo. 

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Élio Salsinha
Aprendeu a jogar ao Pedra, Papel, Tesoura com o Alex Kidd e a contar até 100 com o Sonic. Substituiu a Liga da Malásia pela Liga Portuguesa no Fifa 98 e percebeu que havia jogos melhores que filmes com o Metal Gear Solid.
analise-rhythm-sprout<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul>   <li style="text-align: justify;">Diálogos com muito humor</li>   <li style="text-align: justify;">Jogabilidade simples e intuitiva</li>   <li style="text-align: justify;">Bom para quem gosta de jogos rítmicos</li>   <li style="text-align: justify;">Boas melodias</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Repetitivo</li> <li style="text-align: justify;">Por vezes a latência faz-nos errar no ritmo</li> </ul>