Developer: iFun4All / Curve Games
Plataforma: PC, PS4, Xbox One e Nintendo Switch
Data de Lançamento: 14 de julho de 2017
Aproveitámos o Prime Day, da Amazon Gaming, para agarrarmos no Serial Cleaner antes da chegada da sequela, no próximo dia 22 de setembro deste ano.
O jogo foi originalmente lançado em 2017 para PC e depois teve um port para as consolas e agora, para quem tem Amazon Prime, acaba por chegar a toda a gente de forma gratuita. Numa altura em que se instala a chamada Silly Season, na melhor que uma história regada de humor negro.
A premissa é bastante simples e segue o nome do jogo. Basicamente somos vamos limpar as cenas de crime de uma série de homícidios que vão acontecendo, dividido em capítulos. O jogo dividi-se entre a casa que partilhamos com a nossa querida mãe, que não sonha o trabalho que temos e, que o conjunto de recordações que temos no nosso quarto são lembranças dos locais dos crimes que “limpámos”, e os próprios locais onde aconteceram verdadeiras “matanças” com sangue por todo o lado e um conjunto de polícias que guardam o perímetro.
O jogo passa-se nos anos 70 e jogamos com Bobby, esse filho querido, educado e que ajuda a sua mãe nas tarefas da casa, um verdadeiro orgulho de mãe. A máfia telefona e Bobby torna-se o “faxineiro”, um freelancer que vai até aos locais do crime, coloca os corpos na bagageira da sua carrinha, recolhe as provas incriminatórias que existem no local, assim como aspira o sangue derramado.
Com visão isométrica e um estilo cartoonesco a lembrar a série XIII, Serial Cleaner apresenta um mapa fixo em cada um dos capítulos, sendo que o posicionamento dos corpos, dos objectos que constituem prova, do sangue e dos coleccionáveis é completamente aleatório. Por mais que queiram aplicar uma estratégia, ela vai ser sempre colacada à prova, porque tudo muda sempre que somos apanhados pela polícia.
A jogabilidade é super simples de aprender, mas as fases quase sempre requerem meios diferentes de serem passados. Como já referi os objectivos é recolher os corpos, as provas e limpar o sangue, mas não é apenas andar e executar estas tarefas. A movimentação, por exemplo muda quando carregamos ou não um corpo, quando usamos o aspirador para limpar o sangue fazemos mais barulho e, portanto, os polícias podem ouvir a nossa movimentação, abrir e fechar portas ou usar mecanismos, a mesma coisa, e, se somos vistos ou conseguimos entrar dentro de um esconderijo ou levamos com o cacetete e começamos o nível de novo.
Para complicar um pouco mais há vários tipos de polícia em cada nível e com o passar dos níveis vai piorando. Sendo assim temos:
- O comum que apenas anda em rotas programadas e tem um cone de visão.
- O agitado, em que qualquer barulho estranho que ouvir, sai disparado a ver o que é.
- O vigia, que não ataca, mas se nos vir assobia a chamar a atenção dos colegas.
- O atirador, que não se mexe muito, mas se nos vir, pum! já fomos.
- O blackpower, o mais agitado e rápido, é pior deles todos.
A inteligência artificial dos policias é bastante boa e quanto mais se avança na história, mais difícil vai ficando, sendo um óptimo desafio. São inteligentes e percebem quando a cena do crime foi alterada, ficando mais alerta e algumas vezes chamando mesmo ajuda.
As fases e os locais do crime são bastante diversificadas também. Vamos a lojas, hóteis, acampamentos, concertos de rock, redacção de um jornal, entre outros. Todos os capítulos têm pelo menos um colecionável, que tanto pode ser uma revista como uma bobina de um filme. O primeiro dá uma roupa nova para o nosso “faxineiro”, que quase sempre é uma referência a algum filme, enquanto que o segundo dá acesso a uma nova fase nova, que tanto pode ser inspirada em “Laranja Mecânica” como na famosa cantina de “Star Wars”.
Para fechar este pacote mais que completo, Serial Cleaner possui uma banda sonora excelente e empolgante. São ritmos variados e baseados nos anos 1970, fazendo uma mistura de jazz, disco e até heavy metal. Cada fase tem uma música exclusiva, adequada à temática, dando a elas uma identidade única. Essa parte sonora é um dos destaques do jogo, superando muitos títulos de orçamento maior. Para aqueles que apreciam, recomendo que adquiram o bundle que traz o jogo e sua trilha sonora. Com certeza não irão se arrepender.
Serial Cleaner é daqueles jogos de culto que toda a gente vai adorar experimentar. É uma excelente maneira de entrar no espírito e na história original antes do lançamento da sequela que vai colocar a fasquia bastante alta ao entrar no mundo do 3D. Está lá tudo, o humor negro, a premissa fora da caixa, a banda sonora, o vibe Hotline Miami, portanto Serial Cleaners tem tudo para ser uma excelente sequela.