Developer: Bethesda
Plataforma: Xbox Series e PC
Data de Lançamento: 6 de Setembro de 2023

Desde os primeiros tempos do homem que levantamos os olhos para o céu noturno, e contemplamos a vastidão estrelada que se estende até onde a vista alcança. Esse fascínio, essa necessidade de explorar o desconhecido, é intrínseco à nossa essência como seres humanos. E é essa necessidade que torna Starfield – o próximo e altamente esperado título da Bethesda Game Studios – numa proposta tão emocionante e cativante.

Desde o momento que Starfield foi anunciado, os corações dos entusiastas da ficção científica começaram a bater mais rápido. A ideia de explorar uma galáxia vasta, com uma narrativa rica e detalhada, está alinhada com o sonho de todos aqueles que se emocionaram com as páginas de Isaac Asimov, Arthur C. Clarke ou filmes como Interstellar e 2001: Uma Odisseia no Espaço. Starfield prometia tornar esse sonho uma realidade, oferecendo-nos a oportunidade de embarcar numa viagem inigualável através do espaço.

A influência da ficção científica na concepção de Starfield é evidente. Este género literário e cinematográfico sempre nos transportou para mundos misteriosos, desafiou as leis da física e explorou os limites da nossa compreensão do universo. Ao trazer esta rica herança para o mundo dos videojogos, Starfield pretendia não apenas honrar as obras que o precederam, mas também a tradição da exploração espacial na cultura popular.

Starfield não queria ser somente mais um jogo. E, ao mesmo tempo, tinha a aspiração de saciar a nossa sede de aventura, curiosidade e a inextinguível paixão pela exploração espacial. Como é habitual em qualquer título da Bethesda, comprometia-se em mergulhar-nos numa odisseia, contando uma história que seria tão profunda quanto a dimensão do universo que criou. Para os apaixonados por ficção científica e todos aqueles que desejavam abraçar uma aventura épica para lá das estrelas, Starfield representa a derradeira fantasia para quem sempre ansiou um jogo tão abrangente.

Uma das grandes qualidades da Bethesda é a narrativa imersiva. São mestres em criar mundos densos e ricos em detalhes. Com enredos profundos, é oferecida ao jogador a oportunidade de escrever a sua própria história, dando vida a personagens memoráveis que permanecem connosco muito depois de desligarmos o jogo. E este toque pessoal na narrativa, esta habilidade de fazer o jogador se sentir investido num mundo que apela à nossa imaginação, é uma característica que está igualmente presente em Starfield.

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Outro princípio de Todd Howard – o director do estúdio –, é o compromisso com a liberdade do jogador. A Bethesda acredita na filosofia “Play the way you want“, deixando que os jogadores escolham os seus próprios caminhos e decidam o destino das personagens. Essa autonomia inigualável é algo que Starfield além de ter herdado, ainda conseguiu expandir, uma vez que os jogadores são lançados numa galáxia vasta e desconhecida, e estarão imediatamente prontos para explorar, fazer escolhas e moldar a narrativa à sua maneira.

Para contextualizar, em 2050, os seres humanos deixaram finalmente a Terra e fundaram as suas primeiras colónias em Marte. Até 2100, a humanidade já habitava o espaço com relativa comodidade. E em 2156, alcançaram o sistema estelar vizinho de Alpha Centauri, graças à revolucionária tecnologia de propulsão denominada “Graviton Loop Array,” também conhecida como “Grav Drive”, abrindo novas hipóteses para a navegação espacial e iniciando uma nova era de exploração.

O jogo tem início em 2330, após uma série de eventos significativos. Agora, o cenário é dominado por duas superpotências colonizadoras rivais, as United Colonies e a Freestar Collective. Essas nações estenderam sua influência por toda a galáxia e já travaram duas guerras entre si, redefinindo completamente a paisagem espacial. No entanto, surge também uma organização chamada Constellation, composta pelos últimos exploradores do cosmos, que estão em busca de artefactos misteriosos. Artefactos esses que acabarão por estar intimamente ligados à nossa história.

A jornada começa numa área subterrânea na lua de Vectera, onde desempenhamos o papel de mineiros recentemente contratados pela empresa Argos Mining Company. Enquanto recebemos instruções básicas sobre a profissão, deparamo-nos com um objecto misterioso que, ao ser tocado, desencadeia uma série de visões estranhas, resultando na perda momentânea dos nossos sentidos. Ao recobrar a consciência, somos informados de que iremos encontrar alguém capaz de esclarecer o que ocorreu. É nesse momento que conhecemos Barret, um da membro da Constellation, e que nos envia na nossa primeira missão: levar o artefato até aos seus colegas em New Atlantis.

Quando chegamos a New Atlantis e à sede da Constellation, recebemos uma explicação sobre o grande propósito do grupo, do qual agora fazemos parte devido à nossa conexão enigmática com o artefato. Assim, a aventura começa com um objectivo claro: descobrir os outros artefatos perdidos pela galáxia. Evitando revelar detalhes que possam estragar a experiência, posso adiantar que embarcaremos numa jornada fascinante em busca dos segredos da vida e do universo. E preparem-se, porque quando a história dispara, os twists são realmente surpreendentes.

A história é fantástica e é elevada pela qualidade das personagens. As escolhas que fazemos terão importância no desenvolvimento da narrativa, assim como os diálogos, com opções bastante variadas e em alguns casos com um sarcasmo delicioso. Existe ainda um sistema de persuasão, que funciona como um mini-jogo de probabilidades por turnos, onde tentaremos convencer outras personagens através das nossas respostas. Torna-se entretido quando o entendemos, e é mais um dos pontos fortes dos diálogos.

Cada personagem que vamos encontrando tem sempre algo de especial a acrescentar, seja uma conversa, uma história, ou mesmo uma missão secundária. A quantidade de missões secundárias, actividades e bounties é totalmente absurda, e é suficiente para nos manter ocupados durante semanas. O tipo de missões também é diversificado, particularmente em cidades como New Atlantis, Cydonia e Neon, mas não só, porque até nos planetas mais remotos há sempre a possibilidade de nos depararmos com algo completamente inesperado.

Neste momento, muitos jogadores estão divididos sobre se devem focar-se apenas na história durante o primeiro playthrough, a fim de chegarem o mais rapidamente possível ao New Game+. Muitos recomendam essa abordagem, considerando que o sistema de NG+ em Starfield é muito distinto daqueles aos quais estamos habituados, pois não só abrem novas opções, mas também está profundamente ligado à narrativa principal. O meu conselho é o seguinte: se, quando começarem a jogar, estiverem mais envolvidos na história acima de tudo o resto, então sim, progredir para o New Game+ pode ser a melhor decisão. Mas, se por acaso, estiverem a desfrutar da exploração e das missões secundárias e pouco avançaram na história principal, continuem sem pressas, porque o NG+ não vai ser assim tão transformador.

É um dos grandes trunfos de Starfield, e onde consegue ser verdadeiramente singular. É fácil nos distrairmos do objectivo que nos levou àquele planeta, visto que aceitando uma missão, esta levar-nos-á a outra, e depois a outra, e a mais outra; com muitas delas a possuírem uma profundidade espantosa. É uma experiência que nos faz perder no tempo, e por esse motivo, queremos sempre encetar em novas conversas e diálogos com as personagens que acabamos de conhecer.

Sim, é verdade que a qualidade das expressões faciais deixa a desejar, principalmente nos NPC’s mais aleatórios que têm imensas dificuldades em transmitir emoções. Já sabíamos que ia ser assim pelo que pudemos ver no Starfield Direct, apesar disso, não deixa de desiludir um pouco quando comparamos com os outros aspectos gráficos. Felizmente, em personagens com mais peso parece estar ligeiramente melhor, e por outro lado, a variedade de rostos é extraordinária, e não me lembro de ter visto uma face a repetir exactamente os mesmos traços.

O mesmo se verifica na quantidade de escolhas que temos no Character Creator. As possibilidades são intermináveis e podemos criar o corpo ou o rosto que quisermos, com todos os detalhes imagináveis. O mesmo acontece com a nossa personalidade que será formada através dos Backgrounds e dos Traits. O Background, consiste numa breve história sobre a origem do protagonista – além das três habilidades com que começa; e nos Traits teremos de escolher três que nos darão características especificas e opções especiais em certos diálogos que se relacionem com esses contextos.

No fundo, é decidir quem queremos ser no jogo, e é um elemento fundamental nos títulos da Bethesda. E ainda que o protagonista seja mudo, não é algo que incomode, já que todas as outras personagens têm um voice acting absolutamente incrível. Olhando até para muitos jogos importantes no género, é até normal que assim seja, e compreensível, visto incluir mais de 250000 linhas de diálogo. Portanto, não se preocupem, porque a ausência de voz da personagem principal não irá retirar qualquer imersão ao jogo, e prontamente vão esquecer que é algo que não está lá.

Os nossos leais companheiros desempenham um papel significativo nesta parte do jogo, enriquecendo a experiência com observações, alertas úteis e até mesmo influenciando positiva ou negativamente as nossas interacções com outros NPC’s. Além dos que fazem parte do grupo restrito da Constellation, há outros que podemos recrutar ao longo da história. Cada companheiro possui um conjunto único de habilidades que os torna mais eficazes em funções específicas, seja como membros da tripulação ou ao enviá-los para os nossos Outposts. Contudo, é nas missões que eles brilham, apoiando-nos no terreno e ajudando a transportar itens que, de outra forma, sobrecarregariam o nosso inventário. Apenas um Companion pode acompanhar-nos de cada vez, sendo importante escolher aquele que seja mais relevante para a missão em questão.

É simplesmente irresistível aterrar em qualquer planeta que acabámos de avistar, só para contemplar as paisagens. Nesse particular, Starfield é de tirar o folego. A multiplicidade de ambientes e biomas é inacreditável, e é tudo o que queríamos de um jogo sobre exploração espacial. Seja no espaço ou em terra, a deslumbramento é contante, e a sensação de partir rumo ao desconhecido é única e muito especial neste título da Bethesda.

Paga-nos o café hoje!Por isso mesmo, é quase inevitável passarmos algum tempo no Photo Mode. Não estou a exagerar quando digo que, brevemente, alguns dos mais bonitos wallpapers que veremos terão origem no Starfield. O sistema é excelente, e vai desde o tipo de câmera, filtros, poses, molduras, etc. Outra particularidade interessante, é que todas as screenshots que tiramos irão posteriormente aparecer nos loading screens durante o jogo. Os tempos de espera dos loadings são curtos na esmagadora maioria, mas quem quer usar o fast travel como modo de deslocação primário, não tem como evitá-los.

São mais de 1000 planetas, e nenhum é idêntico ao anterior, mesmo naqueles que são desertos. Em cada um existem diversos pontos de interesse que podemos investigar, dado que nunca sabemos o que estará à nossa espera. É necessário algum cuidado com a atmosfera de alguns planetas, já que como devem calcular, muitos não são habitáveis, e podem causar efeitos nefastos, como radiação solar, queimaduras do frio, doenças, e muito mais. O fato espacial protege, mas apenas até certo ponto, e depois será necessário consumir o item certo para tratar cada condição.

Adicionalmente ao Spacesuit, como ferramentas básicas vamos contar com a Cutter e a Scanner. A Cutter servirá para extrair recursos, enquanto a Scanner tem uma utilidade muito mais flexível. Vamos usá-la para identificar minerais e outros elementos da tabela periódica, plantas, animais, visualizar pontos de interesse e medir distâncias. É similarmente possível fazer análises nas órbitas dos planetas e saber assim em que tipo de recursos são ricos. Essa informação poderá depois ser vendida em múltiplos locais, logo, é crucial criar essa rotina de cada vez que chegamos a um novo planeta, dado que são créditos que ganhamos sem grande esforço.

Esses recursos são indispensáveis para essencialmente tudo o que é crafting, e acreditem, podemos criar quase tudo. Há workbenchs para armas, para peças dos Outposts, para os fatos espaciais, material médico e até comida. E a somar a isso, ainda temos a pesquisa, que abre opções de crafting mais avançadas. Infelizmente, e à semelhança de qualquer mecânica de Starfield, será algo que teremos de aprender sozinhos, não obstante, é primordial no progresso da personagem, e convém dedicar algum tempo a perceber como usufruir deste sistema.

Mas já que falamos de coisas pouco intuitivas, não há como ignorar a navegação, que é extremamente confusa. Mesmo usando somente o fast travel será uma das coisas que mais irá testar a nossa paciência até compreendermos a lógica. Para piorar, nas cidades não existe qualquer tipo de mapa, o que tornará imensamente difícil sabermos onde estão as lojas mais relevantes, o que nos forçará a decorar locais e caminhos. Nos planetas mais desertos não é um problema, mas continuo a sentir que faz falta algum tipo de veículo, porque mesmo utilizando o jet pack, o oxigénio – ou a stamina, se preferirem – esgota-se rápido e torna tudo muito pouco prático. São pormenores que vão incomodando menos ao longo do tempo, mas que garantidamente serão o primeiro alvo dos modders.

Podemos alternar entre a perspectiva da primeira e terceira pessoa, e ambas funcionam muito bem, embora eu tenha sentido que o combate funciona melhor na primeira pessoa, e o passeio e a exploração na terceira. Ainda assim, joga-se perfeitamente em qualquer uma delas, e em third person view temos inclusivamente duas escolhas: uma por cima do ombro, e outra mais afastada. Em certos casos, consoante a óptica da arma, podemos mesmo deslocar-nos na terceira pessoa, e apontar na primeira pessoa como nos últimos jogos do Ghost Recon.

O combate é óptimo quando o começamos a perceber. Superou as minhas expectativas e é, inequivocamente, o melhor gunplay que já foi criado pela Bethesda. Inicialmente pode deixar o jogador um pouco céptico, mas não nos podemos esquecer que é um RPG, e depende de alguma evolução da personagem para calibrar. A partir do momento em que investimos nas habilidades e encontramos armas mais poderosas e com as quais nos sentimos mais confortáveis, tudo começa a encarrilar, e é quando a diversão realmente começa.

A dificuldade no modo normal é relativamente baixa, em grande parte devido à inteligência artificial limitada. Frequentemente, os inimigos parecem desorientados em relação à nossa posição, tornando fácil flanqueá-los ou surpreendê-los ao atacar por trás. Porém, não é por isso que o combate deixa de ser excitante, especialmente quando estamos envolvidos em alguma quest. Os inimigos mais simples têm apenas uma barra de energia que se esgota rapidamente, mas os inimigos mais desafiadores têm múltiplas barras de energia e levam mais tempo a cair, além de causarem mais dano.

Possuímos a liberdade de escolher entre o combate à distância, um estilo de luta corpo-a-corpo ou uma abordagem furtiva, embora devamos mencionar que a componente de furtividade pode, por vezes, parecer um pouco desajeitada. No entanto, esta variedade acrescenta uma camada de pensamento tático e estratégico à jogabilidade, sendo especificamente útil em situações em nas quais queremos evitar confrontos diretos. Vale a pena notar que não existe uma abordagem única para resolver cada situação, e por vezes, até o sistema de persuasão se revela como a melhor solução.

A amplitude de armas e efeitos neste jogo é praticamente comparável à de Borderlands. É um looter shooter sólido que classifica as armas com base em tipos e raridades. Quanto mais rara a arma, mais efeitos especiais esta possui, e a gama de possibilidades é quase infinita. Temos uma variedade substancial, incluindo Rifles, Assault Rifles, Laser Rifles, Shotguns, Pistols, Particle Beams, Heavy Weapons, assim como facas, machados e espadas. Sem esquecer, evidentemente, uma razoável gama de modificações para adequarmos as armas ao nosso gosto.

Quanto ao equipamento, a variedade é igualmente impressionante e divide-se em três categorias: Spacesuits, Boost Packs e Helmets. São essenciais para permitir a exploração de diversas atmosferas planetárias e cada um deles oferece benefícios distintos, como protecção contra condições extremas, além de servirem como armadura. Quando estamos dentro da nave ou em planetas com atmosfera respirável, podemos optar por vestir roupas mais casuais, e aqui também há várias opções de vestuário disponíveis. Em resumo, as opções de personalização são imensas, e os designs são notavelmente bem executados.

Quanto ao combate espacial, a sua satisfação está intrinsecamente ligada às capacidades da nave que pilotamos. A Frontier, a nave que nos é atribuída no início, oferece uma visão limitada do que esta faceta do jogo representa, tanto em termos de manobrabilidade como de poder de fogo. Com naves mais avançadas, o desenvolvimento das habilidades adequadas, e ao aprendermos como alocar correctamente a energia nos diferentes sistemas da nave, os combates tornam-se consideravelmente mais emocionantes. E é até possível enfraquecer as naves inimigas para, posteriormente, efetuar uma abordagem, eliminar a tripulação e, em alguns casos, apropriarmo-nos delas.

O Ship Builder é, indiscutivelmente, uma das joias da coroa de Starfield. Aqueles que apreciam elementos de construção vão encontrar aqui uma fonte inesgotável de entretenimento, podendo passar horas a projectar a sua nave ideal. As opções de personalização estendem-se até ao infinito, tanto em termos estéticos como funcionais. As naves podem variar desde as mais pequenas e ágeis, concebidas especificamente para o combate, até às mais massivas e imponentes, capazes de acomodar uma tripulação maior, ou, se desejarem, optar por aquelas destinadas apenas ao transporte de contrabando, com blindagem para escapar à detecção das autoridades.

Da mesma forma, as possibilidades na construção dos Outposts são colossais. Foi uma componente que a Bethesda já nos tinha trazido em Fallout 4, mas que ganha aqui uma complexidade muito maior. É essencialmente um jogo dentro de um jogo. Tem estruturas suficientes para criar bases monumentais que serão de uma extrema utilidade no endgame. É um aspecto do jogo que a generalidade dos jogadores deixará para mais tarde, mas com a necessidade de espaço no inventário, ou de tirar partido das vantagens do crafting, inevitavelmente iremos dedicar-lhe algum tempo.

Nesse sentido, numa etapa mais avançada, será onde teremos de colocar alguns pontos de habilidade, de modo a maximizar todo o seu potencial. A skill tree é gigantesca, e baseia-se em cinco grupos (Physical, Social, Combat, Science e Tech), com quase duas dezenas de habilidades cada. É um sistema de progressão empírico, visto que sempre que subimos de nível ganhamos um skill point, que servirá para desbloquear uma habilidade, e depois teremos de completar desafios para que a próxima rank fique disponível. E um bom exemplo da sua magnitude, é que tudo o que mencionei até agora nesta análise tem uma categoria correspondente na árvore de habilidades.

Em termos de performance, o jogo é bastante estável, e apesar de rodar a 30FPS, a jogabilidade é fluida. Em áreas urbanas, ocasionalmente pode haver uma ligeira queda de desempenho, mas é muito raro. Como era de esperar, existem alguns bugs e alguns problemas de texturas em alguns locais – o que é comum dada a dimensão do jogo – mas nenhum deles se pode considerar game breaking. Não posso afirmar se a mesma situação se aplica ao PC, mas na Xbox Series X, experimentei alguns crashes que podem ser frustrantes, especialmente quando isso me obrigou a voltar a versões de save anteriores. Portanto, recomendo que utilizem o Quick Save com regularidade para evitar surpresas desagradáveis.

A música foi executada de forma excepcional. O diretor de áudio, Marc Lambert, e o compositor, Inon Zur, realizaram um trabalho brilhante ao capturar a essência da odisseia cósmica que é Starfield. Tanto nos detalhes sonoros que conferem autenticidade a todas as acções, quanto nas músicas que nos acompanham nos momentos mais diversos, sentimos constantemente que estamos a viver a aventura de ficção científica dos nossos sonhos, onde nós mesmos somos o centro de uma verdadeira epopeia. Pousar num planeta e contemplar o desconhecido ao som de uma melodia de fundo que nos envolve por completo é uma experiência difícil de descrever e que realmente precisa ser vivida para ser compreendida.

Todd Howard afirmou que quanto mais investimos em Starfield, mais recebemos de volta. E não poderia estar mais correcto. É um daqueles jogos que demora a desenvolver, mas à medida que compreendemos as suas nuances e alcançamos um ponto específico na história, transforma-se numa experiência verdadeiramente única e viciante. Não tenho dúvidas de que será um título que deixará um legado na história dos videojogos e uma experiência que permanecerá na memória de muitos jogadores.

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Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.
analise-starfield<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Planos visuais de tirar o fôlego</li> <li style="text-align: justify;">As missões principais e secundárias são fantásticas</li> <li style="text-align: justify;">Conteúdo interminável</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Alguns bugs e crashes</li> </ul>