Developer: Ultimate Games, TopCog
Plataformas: Nintendo Switch
Data de Lançamento: 30 de Janeiro de 2025
Depois de ter sido lançado para PC e Xbox One, Tap Wizard 2 chega finalmente à Nintendo Switch, trazendo consigo uma mistura curiosa e viciante de idle game, action RPG e shooter. Nesta aventura de inspiração retro, os jogadores são transportados para um mundo de fantasia onde um mago solitário tem de enfrentar incessantes hordas de criaturas das trevas. O jogo aposta numa jogabilidade simples e acessível, onde é possível escolher e combinar feitiços, habilidades especiais e traços únicos para criar o feiticeiro perfeito.
Um dos maiores pontos fortes de Tap Wizard 2 é o seu sistema de progressão persistente, que mantém o jogador constantemente motivado. Mesmo quando o mago é derrotado, as habilidades e poderes conquistados permanecem, permitindo regressar à ação mais forte e preparado do que nunca. Este ciclo de tentativa e melhoria contínua confere uma sensação de evolução constante, reforçando o caráter viciante da experiência e incentivando o aperfeiçoamento de estratégias a cada nova tentativa.
A variedade de feitiços também merece destaque. Cada magia está associada a elementos clássicos como fogo, gelo e relâmpago, oferecendo diferentes formas de abordagem no combate. O sistema de desenvolvimento do personagem é surpreendentemente profundo, incluindo totens e runas únicas que ampliam o leque de possibilidades, além de melhorias que potenciam as magias e habilidades já desbloqueadas. O resultado é uma experiência que recompensa a experimentação e a personalização, permitindo aos jogadores moldar o seu mago ao seu estilo de jogo preferido.
Contudo, a transição para as consolas não foi totalmente bem-sucedida. No PC, o uso do rato proporciona um controlo fluido e natural, mas nas consolas o esquema de comandos revela-se menos intuitivo. Os analógicos assumem o papel do rato, o que denuncia um port direto sem grandes otimizações. No caso específico da Nintendo Switch, esta limitação torna-se ainda mais evidente devido à ausência de suporte para ecrã tátil. Essa funcionalidade teria sido uma adição ideal, capaz de tornar o controlo dos feitiços e a interação com o jogo muito mais orgânica — algo que, infelizmente, foi deixado de fora e acaba por prejudicar o potencial da experiência portátil.
Tap Wizard 2 consegue prender-nos em longas sessões de jogo, fazendo o tempo passar sem darmos conta, mas acaba por tropeçar em alguns problemas quando jogado com um comando. O ciclo constante de jogar, melhorar e morrer é inicialmente viciante, mas tende a tornar-se repetitivo e demasiado prolongado para que a sensação de recompensa se mantenha. Ainda assim, para os fãs de títulos como Vampire Survivors ou Brotato, esta é uma alternativa interessante — uma pausa refrescante entre partidas desses dois gigantes do género, capaz de quebrar a rotina sem, no entanto, substituir totalmente o apelo dos originais.



