Developer: Teyon e Reef Entertainment
Plataforma: Xbox One, PlayStation 4 e PC
Data de Lançamento: 14 de Novembro de 2019

A saga Terminator tem sido fértil tanto em trazer bons filmes de acção, como para servir de base a uma já razoável lista de videojogos. No entanto, nenhum conseguiu tornar-se verdadeiramente relevante até hoje, levando a que os estúdios tenham cada vez menos interesse em pegar no tema.

Terminator: Resistance é a mais recente tentativa de explorar este mundo pós-apocalíptico dominado por máquinas, cujo único objectivo é exterminar os últimos sobreviventes da raça humana. Desenvolvido pelo estúdio Teyon e publicado pelo Reef Entertainment, parceria também responsável pelo lançamento de Rambo: The Video Game em 2014, que não teve propriamente vida fácil, dadas as críticas pouco simpáticas que recebeu.

Terminator: Resistance tem lugar aproximadamente três décadas após o Judgement Day, onde a Skynet está completamente focada em acabar de vez com a resistência. Jacob Rivers é o nosso personagem, e tem a missão de se reunir com a resistência, depois de ver todo o seu pelotão ser massacrado. Pelo caminho, conhece um grupo de sobreviventes, os quais irá ajudar enquanto não se junta novamente à força liderada por John Connor.

Além de terem a utilidade de nos apresentarem aos essenciais do jogo, as personagens que encontraremos nessa pequena comunidade serão igualmente a principal fonte de contextualização da história, com várias revelações tanto relativamente à situação específica daquele caso, como de um plano mais geral.

Os diálogos são um pouco à imagem de Fallout, onde temos usualmente duas opções de pergunta ou resposta, que apesar de não adicionarem grande complexidade à conversa, servem ainda assim para criarem um certo sentido de personalidade no protagonista.

Publicidade - Continue a ler a seguir

Passando para a jogabilidade, fornece uma conjugação de mecânicas cada vez mais comuns em jogos na primeira pessoa. É um shooter semilinear, mas com ligeiros elementos de RPG, survival e stealth. Os objectivos vão sendo divididos entre várias missões principais e secundárias, com o loot a ter um papel importante para obtenção de materiais que sustentam um sistema de craft básico – mas capital –, dada a escassez de munições.

Paga-nos o café hoje!

É um jogo que promove duas abordagens ao combate, sendo a mais segura em modo stealth, onde através de um scanner conseguimos detectar os inimigos e a sua localização, de forma a podermos evitá-los. Também é possível partir imediatamente para a acção, porém, é um passo até ficarmos sem balas, sobretudo quando mais precisamos delas.

A exploração é uma parte importante de Terminator: Resistance, e diria que a maior parte do tempo será dedicada a vasculhar tudo o quanto seja caminho. Os inimigos estão normalmente colocados para sugerir que o local deverá ser investigado, e acreditem, todos os materiais acabarão por ser importantes, já que os inimigos vão ficando cada vez mais difíceis e vão precisar de todos os recursos disponíveis.

Como não podia deixar de ser, existe a já habitual skill tree, e está separada por três categorias: Combat, Science e Survival. No Combat, como o próprio nome indica, podemos escolher de que maneira nos sentimos mais confortáveis na aproximação ao combate. Seja de modo mais furtivo, com mais poder de fogo, ou mesmo com explosivos, há variedade suficiente para ir de encontro ao nosso estilo. Em Science podemos optar pelo Lockpicking (arrombamento de portas), Crafting e Hacking, que é essencialmente a secção dos utilitários; finalizando no separador Survival – a muleta do sistema de progressão.

Relativamente à parte gráfica, é onde Terminator: Resistance mais desilude. Se dissessem que fora lançado há 10 ou 15 anos atrás, ninguém suspeitaria de nada. Está bastante datado, e merecia melhor qualidade nesse departamento. A música e os efeitos sonoros estão mais aceitáveis, contudo, nada de extraordinário, cumprindo apenas no fundamental.

Terminator: Resistance não é um mau jogo e é até uma das melhores adaptações sobre o Exterminador Implacável. Tem os seus problemas e sentimos que podia estar melhor em alguns aspectos, todavia, é uma boa experiência para quem gosta de shooters que seguem a mesma linha de Fallout, e, especialmente, para quem é fã da saga protagonizada por Arnold Schwarzenegger.

REVER GERAL
geral
Artigo anteriorAnálise: Tour de France 2020
Próximo artigoGameplay de Rogue Lords revelado no PC Gaming Show
Nuno Mendes
Completamente obcecado por tudo o que tenha a ver com futebol, é daqueles indesejados que passa mais tempo a editar as tácticas do PES do que a jogar propriamente. Pensa que é artista, mas não conhece as cores primárias, e para piorar, é ligeiramente daltónico. Recusa-se a acreditar que o homem foi à Lua.
analise-terminator-resistance<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Uma eficaz conjugação de mecânicas</li> <li style="text-align: justify;">História interessante</li></ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Graficamente um pouco aquém para aquilo a que estamos acostumados hoje em dia</li><ul>