Developer: Rendlike
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 18 de Fevereiro de 2022

Estamos no futuro. As pessoas começaram a juntar os seus genes com os dos animais. Porque era fixe. Depois com as alterações climáticas tornou-se necessário para aguentar o frio. Com isto os humanos híbridos ganharam uma espécie de superpoder, a hibernação, que é especialmente útil para as viagens espaciais.

Assim é a introdução de Fixfox onde assumimos o papel de Vix, uma ou um humano/raposa, já que um dos settings é poder escolher o pronome pelo qual queremos ser endereçados.

Vix é um Spacr, um mecânico espacial cujo trabalho é arranjar coisas. O problema é que o nosso personagem tem algum azar. Os outros conhecem-nos como Fixfox exatamente pela nossa inabilidade. E ainda por cima vamos parar a um planeta, Karamel, onde as ferramentas são proibidas.

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Está assim montado o cenário para uma aventura calma, onde o foco é arranjar coisas e pelo meio ir descobrindo as ferramentas mais adequadas. Que podem ir de bananas a moedas. Sempre com a perspetiva “top down”, conduzimos o nosso orelhudo herói pelas várias partes do mapa enquanto tentamos arranjar informação, comemos alguns pratos e arranjamos eletrodomésticos e até supercomputadores.

O jogo é uma experiência relaxante onde a violência não tem lugar e além da história, que irá meter robots gigantes, piratas simpáticos, inteligências artificiais famosas e alguém do passado com uma missão, sem querer desvendar muito, passamos a maior parte do tempo a viajar no mapa a encontrar ferramentas e tentar adivinhar a sua utilidade. Para isso vamos ter também ajuda.

Fixfox consegue fazer algo muito bem, que é ter uma experiência divertida e calma. Quando começamos a achar que está a ficar um bocado repetitivo, o jogo consegue dar-lhe uma volta e manter-nos agarrados. De todos os tempos passados a jogar, apenas a missão dos boosters pareceu algo penosa, obrigando a voltas no mapa por falta de clareza nas instruções. Mas a área de jogo é pequena o suficiente para que essa pequena frustração não dure mais que 10 minutos. Ainda assim o jogo beneficiaria de um menu com objetivos intermédios, com mais que a descrição geral da missão. A versão que jogámos não foi a final, por isso pode ser algo que ainda venha a ser corrigido.

Os controlos são intuitivos, com WASD e rato mas quando estamos na mota, facilmente vamos contra coisas porque ela desliza um bocado. Tudo o resto, de menus à própria mecânica de arranjar as coisas, é bastante simples. O mais diferente que encontramos é quando acedemos à nossa mochila que também é o nosso companheiro de viagem. Aí, tal como nos minijogos, o rato é que manda e pode tardar algo em habituarmo-nos a arrumar a mochila para encontrar o que queremos, para depois ter que pegar com o rato e fisicamente tirar pela parte de cima da mochila.

O mundo é facilmente imersível e damos por nós a querer continuar e descobrir que mais a história pode oferecer à nossa raposa, criada, desenhada, escrita e programada por uma só pessoa, Jaroslav Meloun e pode ser disfrutado tanto pelos mais adultos como pelos mais pequenos.

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Tiago Crispim
Foi criado com o "Load aspas aspas" e o "xcopy asterisco ponto asterisco". Ainda sabe de cor o código para passar de nível no Sonic e no Alladin. Adora jogos com histórias desde o Final Fantasy VII, de corridas desde o Colin McRae Rally e simuladores desde o Police Quest.