Developer: Nintendo
Plataforma: Nintendo Switch
Data de Lançamento: 16 de fevereiro de 2024
Muitas das franquias da Nintendo já encontraram o seu lugar na Nintendo Switch, no entanto, Mario Vs. Donkey Kong sempre foi uma excepção, que chega agora à consola nipónica a meio de fevereiro. A rivalidade entre estes dois ícones é antiga, tendo começado nas máquinas arcade em 1981 com Donkey Kong, marcando a primeira aparição de Mario, então conhecido como Jumpman.
Foi apenas em 2004 que a Nintendo decidiu criar uma franquia que levaria os nomes destas duas personagens emblemáticas para um jogo, com o lançamento do primeiro Mario Vs. Donkey Kong para o Game Boy Advance. Embora tenham sido lançados outros jogos da franquia posteriormente, a Nintendo escolheu recriar integralmente o título original do Game Boy Advance e disponibilizá-lo agora para os jogadores da Nintendo Switch, com muitas melhorias e adições.
Tal como no jogo original, a história é simples e tem um papel secundário, servindo apenas como suporte para iniciar a jogabilidade e proporcionar uma narrativa leve. Tudo começa com Donkey Kong a assistir televisão e a ficar maravilhado com o anúncio de um novo brinquedo, o Mini-Mario. Impulsionado pela ansiedade de possuir um, dirige-se a uma loja, apenas para descobrir que todo o stock está esgotado. Determinado a ter um Mini-Mario, decide cometer uma loucura: invadir a fábrica onde os brinquedos são construídos e roubar todos os exemplares.
É exatamente isso que faz, e enquanto foge da fábrica com um saco cheio de brinquedos, Mario, que passava na rua, depara-se com a situação e corre atrás de Donkey Kong para recuperar os brinquedos. É precisamente neste ponto que o jogo tem início.
Para aqueles que não estão familiarizados com a franquia, este não é um jogo de plataformas convencional, apesar de as plataformas desempenharem um papel em todas as mecânicas do jogo. A essência do jogo reside na resolução de quebra-cabeças. O jogo está dividido em diferentes mundos, cada um composto por um determinado número de níveis, sendo que cada um é dividido em dois sub-níveis, onde no primeiro devemos adquirir uma chave, e no segundo devemos apanhar um Mini-Mario. Ao completar esses níveis (geralmente seis, pelo menos até onde já joguei), desbloqueamos dois níveis especiais: um em que ajudamos os Mini-Marios a apanhar três letras para formar a palavra TOY e outro que envolve uma luta de BOSS contra o Donkey Kong.
Sem entrar em detalhes sobre os níveis, todos eles apresentam variedade, cada um com os seus próprios quebra-cabeças. O primeiro mundo serve principalmente para introduzir as mecânicas disponíveis, como agarrar objetos, realizar saltos mais altos, segurar em barras e cordas, entre outras habilidades. Os níveis especiais com os Mini-Marios tão são variados como divertidos, e abordaremos esses detalhes na análise do jogo. As lutas contra o Donkey Kong são dinâmicas e de quebra-cabeças, exigindo que compreendamos como chegar até ele; raramente são complicadas, mas requerem atenção para superar o desafio.
No que diz respeito aos mundos, cada um desenrola-se num local diferente; por exemplo, o primeiro é ambientado numa fábrica de brinquedos, enquanto o segundo passa-se numa selva. Essa diversidade contribui para manter a experiência do jogador variada e evita que a monotonia se instale.
A jogabilidade é notavelmente mais lenta do que nos jogos típicos do universo Mario, o que faz sentido, pois trata-se de um jogo que enfatiza o pensamento estratégico em vez de ação rápida – característica comum na franquia Super Mario. Poderíamos considerá-lo o jogo ideal para quem aprecia quebra-cabeças desafiadores, mas não excessivamente difíceis. O jogo é bem equilibrado nesse aspecto, adequando-se até mesmo aos jogadores mais jovens, já que oferece a opção de um modo mais fácil que elimina o limite de tempo para completar os níveis e fornece ajudas adicionais.
Para terem uma noção das habilidades à disposição do Mario, destacamos algumas bastante úteis: saltar, abaixar-se, agarrar itens, lançar itens para frente, atirar itens para cima, deslocar-se enquanto executa o pino, dar um salto para trás enquanto realiza o pino para alcançar alturas maiores, escalar cordas, segurar cordas, agarrar barras, saltar em molas e utilizar um martelo, entre outras. Como é evidente – pela variedade de acrobacias disponíveis – este jogo destaca-se como uma experiência totalmente distinta dos jogos de plataformas tradicionais protagonizados por Mario.
No que diz respeito aos gráficos, o jogo apresenta uma estética encantadora, sendo consistentemente colorido, o que imediatamente chama a atenção. Os ambientes são diversificados, e todas as habilidades mencionadas anteriormente são executadas de forma impressionante, com animações notáveis. Destaque também para algumas cutscenes que estão excepcionais. No aspecto sonoro, o jogo demonstra uma competência notável, com músicas que se adequam perfeitamente aos diferentes níveis, assim como efeitos sonoros bem concebidos e até algumas falas reconhecíveis do universo Mario.
Mario Vs. Donkey Kong tem sido uma experiência bastante positiva. É daqueles jogos que, embora não seja destinado a sessões de jogo prolongadas, cativa o jogador pelo desafio apresentado. Considero-o uma excelente recriação, mas deixaremos os pormenores para a sua análise, que estará disponível aproximadamente na altura do seu lançamento.