Antes de a demo de Stellar Blade chegar ao grande público, tivemos a oportunidade de jogar, em primeira mão, a proposta do estúdio coreano Shift Up. Agora trazemos as nossas primeiras impressões para vos aguçar o apetite e dar uma perspectiva deste exclusivo da PlayStation 5.

A demo acontece no início do jogo, quando Eve, membro do 7º Esquadrão Aerotransportado, é enviada à Terra numa missão para recuperar o planeta dos Naytiba, até a primeira luta contra um Boss. Esta primeira etapa incluirá uma fase tutorial para ajudar os jogadores a familiarizarem-se com as características básicas de combate enquanto exploram a Eidos 7 do pós-guerra, uma cidade humana agora infestada pelos Naytiba, dando-lhes uma primeira noção da mecânica de jogo que os acompanhará ao longo da história de Stellar Blade.

Destruída por criaturas bizarras, o planeta Terra foi abandonado, sobrevivendo apenas uma raça humana dizimada, refugiada numa Colónia espacial. Aqui, após partir da Colónia, a guerreira Eve aterra num planeta desolado, com apenas uma missão: salvar a humanidade ao resgatar a Terra dos NA:tives, uma força maligna que devastou o planeta. Mas enquanto EVE começa a atacar os NA:tive e a juntar as peças do puzzle que é o mistério do passado enquanto explora as ruínas da civilização humana, descobre que a sua missão está longe de ser simples, já que nem tudo o que parece é. Cabe aos jogadores ajudar a salvar a humanidade da extinção numa aventura cheia de combates frenéticos, bosses épicos e muita emoção na ponta da espada.

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Esta é a premissa do jogo que nos envolve em cinemáticas realmente incríveis, com uma qualidade gráfica bastante acima da média, dando-nos a sensação que estamos a ver algo do mestre Kojima, especialmente devido aos ângulos das câmeras nestas cutscenes, às próprias personagens e imagética, à eloquência dos inimigos e dos ambientes. Ao mesmo tempo, faz-nos lembrar o Metal Gear Rising Revengeance, onde Raiden andava a esquartejar tudo o que lhe aparecia à frente, um pouco como Eve acaba por fazer no jogo, num estilo bastante frenético, ágil e com muitas animações pelo meio.

Vamos poder escolher entre 3 modos de apresentação gráfica, temos o Modo Resolução que se vai focar em apresentar o jogo na resolução 4K para melhor qualidade de imagem. O Modo Desempenho que tem como objetivo manter Stellar Blade a 60fps para a melhorar experiência de jogo e combate fluído a todo o tempo, e, por fim, o Modo Equilíbrio que procura alcançar um ponto intermédio entre os outros dois.

Apesar de relativamente curta, esta demonstração tem cerca de 1 hora de gameplay do Modo História e depois de o completarmos, temos um vislumbre maior do jogo com um trailer espectacular, mas também o acesso ao Boss Challenge, onde aqui vamos poder jogar com Eve num ponto bastante mais avançado com mais mecânicas presentes, mais armas já disponíveis, mais animações e com um Boss substancialmente mais difícil, o que nos pode entreter durante mais algumas horas.

Falando então das mecânicas do jogo, do level design e do combate. Para aqueles que estavam à espera de um hack n’ slash mais ao estilo de um Devil May Cry, desenganem-se, apesar dos primeiros minutos poderem fazer sentir que vai ser assim, rapidamente vamos perceber que o jogo está mais perto de soulslike do que um tradicional hack n’ slash. Essa componente acaba por estar presente, porque, de facto vamos andar à espadeirada a tudo e todos, mas não vai ser sempre a aviar sem pensar muito na barra de vida da nossa personagem, ou apenas evadindo quando necessário. Aqui vai ser preciso ter em atenção alguns factores como o Shield, que funciona como uma barra de stamina nos soulslike, na defesa, no reflectir os ataques adversários e das evasões perfeitas que poderão ser a única forma de evitarmos levar um dano massivo de ataques especiais dos nossos adversários.

Portanto, como já perceberam só a referir estes elementos, estamos mais próximos de soulslike, e, ao contrário do que aconteceu com o mais recente exclusivo da Sony, o Rise of the Ronin, da Team NINJA, onde existe uma maior acessibilidade com vários níveis de dificuldade e uma aproximação maior ao género de hack n’ slash, aqui, em Stellar Blade isso não acontece. As batalhas que travamos com os oponentes mais fortes são focalizadas, sem termos um grande número de inimigos, dando atenção ao confronto para que possamos estar atentos às mecânicas referidas.

Assim sendo temos uma barra de vida, mas o foco será a tal barra de shield, onde Eve consegue aguentar alguns ataques defendendo com a sua espada, podendo defelctir os ataques se a guarda for executada na perfeição, abrindo uma brecha no adversário para contra atacarmos. Em algumas situações conseguiremos até, fazer uma combinação com um ataque mais letal. O mesmo acontece com as evasões que, se forem feitas na perfeição, poderão, também, fazer com que Eve execute uma combinação mais poderosa, acompanhada de uma animação especial. Ao que consegui apurar, especialmente na secção de Boss Challenge, conforme formos avançando no jogo e na skill tree da nossa personagem, mais situações destas conseguiremos ter, com animações mais “glamorosas” e espectaculares, para além de mais danificadoras.

Em termos de level design, pelo que vemos através desta demonstração é que teremos áreas lineares, em que vamos desbloqueando o acesso a algumas zonas através de portas que podem ser desbloqueadas através da recolha de códigos em outras zonas que teremos que desbravar, assim como através de zonas de acampamento que nos dão acesso ao fast travel, a consolas para o desbloqueio de skills com os skills points adquiridos e a restituição da nossa barra de vida, assim como das poções que transportamos. Existe alguma verticalidade nos mapas, com EVE a ter que subir escadas, ou executar saltos, ou até a baloiçar entre estruturas altas. Parece-nos também que haverá espaço para puzzles de ambiente, seja os já referidos puzzles para a abertura de portas, mas também para coleccionáveis ou arcas de loot com upgrades para o exo-fato de Eve. Alguns desses segredos poderão ser scannados, isto é, Adam, uma das outras personagens centrais do jogo, estará sempre ao nosso lado, através de um drone que nos acompanha, iluminando o nosso caminho, mas também scannando o mapa através do premir de um botão, fazendo assim, com que possamos identificar os caminhos, mas também os items à nossa volta.

Os bosses, pelo que observámos nesta demo, serão bastante desafiantes, necessitando que estudemos os seus comportamentos, como, por exemplo, o do final desta sessão de jogo, onde alimenta as suas espadas com raios, conseguindo mudar o padrão dos seus ataques em termos de alcance e propagação, fazendo com que Eve se tenha de deslocar de maneiras diferentes e calculando bem o timming para executar os seus ataques. Os inimigos mais complicados, como é o caso deste boss, terá uma barra de vida bastante superior aos demais, mas também uma barra de shield, como a nossa, e ainda pontos de equilíbrio, isto é, teremos que nos desviar e deflectir ataques para dar cabo desses mesmos pontos, para conseguirmos desferir dano crítico.

Claramente estes bosses vão precisar de persistência para os superar, por vezes, pelos menos ao que me pareceu, levando-nos a desbravar novamente as mesmas zonas do nível para adquirimos mais experiência, mais skill points, se necessário, para os superarmos depois, com nova tentativa, com maior facilidade.

Stellar Blade surpreendeu pelas mecânicas mais próximas de um soulslike do que aquilo que fazia antever, o que poderá deixar alguns ainda mais entusiasmados pelo jogo, ou outros um pouco mais relutantes, mas aquilo que é inegável é a sua qualidade gráfica, especialmente nas cinemáticas, pela densidade da narrativa que parece que vai apresentar no jogo final, pela imagética muito própria do mundo criado pelo estúdio coreano Shift Up. A verdade, é que parece, que não vai deixar ninguém indiferente e poderá ser um título de referência para este ano de 2024.

Stellar Blade chega a 26 de abril, em exclusivo para a PS5.