Voltámos ao local do crime, desta vez não foi preciso encapuzar-nos, até porque o João Gonçalves não conseguiu ir, e como sabem que eu não tenho carta de condução dificilmente conseguiria voltar à sede da Sony PlayStation.

Sim voltámos para experimentar cerca de 50 minutos de inFAMOUS: Second Son, o novo exclusivo da PlayStation, produzido pela Sucker Punch.

Nesta nova demo tivemos a oportunidade de jogar dois níveis, um como bom e outro como mau. Perguntam vocês: como assim? Para quem já está habituado à saga inFAMOUS será mais fácil de entender, é que logo no início tivemos que escolher entre tomarmos conta de uma rapariga ( Abigail Walker mais conhecida por Fetch) que tem os mesmo poderes do que Delsin e ajudá-la a combater os traficantes de droga ou então torná-la uma assassina e ajudá-la a matar o líder dos activistas.

Começamos pelo lado azul, o lado bom portanto. Seguimos a Fetch para impedir os traficantes de droga de fazerem mais uma entrega nas docas, tendo que para isso encontrar a droga e marcar as casas onde estão os traficantes.

A primeira coisa que notámos foi a cor do patch que encontramos nas costas do casaco de Delsin, está branco simbolizando o lado bom e o mesmo desenho pode ser encontrado no canto superior esquerdo, aqui de cor azul. Depois a barra de energia estilizado ao modo street, parecendo uma linha de um spray. Conforme o poder com que estamos, assim fica a cor dessa linha. Se estamos com o “néon” fica cor de rosa, se estamos com o “smoke” fica cor de laranja. No mapa acontece a mesma coisa para encontrarmos estes poderes que estão assinalados através de pontos com estas cores.

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Quando entrámos em confronto com os traficantes rapidamente fomos surpreendidos com outros pormenores. Se na outra demo que tínhamos experimentado, tínhamos ficado apreensivos se o “néon” teria “close combat”, aqui nestes dois novos níveis ficámos aliviados e estarrecidos. O “close combat” do “néon” utiliza a tal corrente que Delsin possui e forma uma espécie de espada de luz . Ao termos escolhido o lado bom, com o “néon” conseguimos também fazer uma espécie de “bullet time” do Max Payne, onde através do L2 conseguimos ver os pontos fracos dos nossos inimigos e desacelerar o tempo para atingir esses mesmo pontos.

Em relação ao combate e às técnicas utilizadas não houve mais diferenças da última demo, a não ser o facto de podermos subjugar ou executar os nossos inimigos, atribuindo-nos pontos de Bom ou Mau pelas escolhas que fazemos e o poder “especial” do “néon”, o chamado “varrimento de luz”, que não podia ser observado e como tal aparecia-nos apenas uma mancha no ecrã.

Quanto à missão em si, temos então que limpar a área de inimigos, encontrar a droga, marcar as casas através de grafittis para depois a nossa nova amiga o destruir utilizando o seu poder de “néon”. Numa segunda fase perseguimos os restantes traficantes que vão fazer uma entrega numa carrinha. Aqui seguimos esta carrinha através do telhados dos edifícios para não sermos reconhecidos e depois dos traficantes pararem num beco para a entregar temos que os apanhar.

Passamos assim para o lado mau da demo que jogámos, portanto outro nível, onde aqui fazemos a escolha de sermos mais “rebeldes” e irmos atrás dos activistas e impedir várias manifestações à procura do seu líder que queremos eliminar. Aqui andámos por mais zonas, não estávamos confinados a um espaço como era nas docas. Optando pelo lado mau, temos o patch nas costas do nosso casaco de vermelho, o mesmo patch no canto superior esquerdo também fica vermelho. Mas aqui notámos algo mais interessante, é que o nosso arrasto quando corremos com o “néon” fica num tom vermelho, assim como deixamos de ter o poder de desacelerar o tempo, mas ganhámos o poder de atarantar os nossos inimigos e sugar a vida desses mesmos inimigos e até de civis.

A missão acaba por ser então “limpar” as zonas de activistas e apanhar e eliminar o líder activista, acabamos o nosso nível “mau” com Delsin a render-se num posto de patrulha cheio de elementos da DUP e com esse “bluff” acabar por lançar um ataque destrutivo juntamente com Fetch.

Quanto às missões deste dois níveis é basicamente isto, podemos no entanto revelar alguns pormenores que nos despertaram a atenção, como por exemplo, o trabalho de partículas mais apurado, especialmente em movimento, o reflexo nos prédios e na água a chegar a um nível de detalhe brilhante, a iluminação dos objectos e a forma como reagem, factor que notámos muito mais nesta demo, devido a decorrer de noite; ou até a variedade de inimigos que encontrámos. Desta vez lutámos contra um elemento da Task Force da DUP que podia nos aprisionar com uma espécie de cinza solidificada e que para além de disparar bolas de fogo, conseguia mover-se com “néon”.

Outra das curiosidades que podemos desvendar é que andámos a explorar Seattle e que um dos símbolos desta cidade está presente, estamos a falar do Space Needle e que podemos efectivamente subir até ao seu ponto mais alto.

inFAMOUS: Second Son está com um óptimo ar, estamos em pulgas para saber o que poderá acontecer ao escolher o lado bom ou mau, até que ponto as nossas acções vão influenciar o desenrolar do jogo e dos nossos poderes. O jogo da Sucker Punch tem tudo para ser um dos melhores do ano e marcante para a era PS4, resta apenas saber se não se tornará repetitivo e se o facto de não podermos bloquear os ataques não vai influenciar a nossa relação com este jogo. É esperar para ver.