Em primeiro lugar tenho de deixar aqui a minha confissão: eu nem sabia bem quem/o que era o Kirby. Para mim era um peluche aterrador parecido com uma coruja atrasada mental (depois lá me lembrei que esse era o Furby e não o Kirby) e por isso quando me disseram para jogar o Kirby não fui muito convencida. Para fazer esta pequena review fui fazer uma pequena pesquisa sobre quem era este pequeno personagem e porque me passou ao lado estes anos todos. O Kirby aparece em 1992 no jogo Kirby’s Dream Land para a Nintendo Game Boy. Não sei se se recordam mas os jogos na altura eram muito muito caros e talvez por isso me tenha ficado pelos clássicos mais óbvios como o Super Mario, o Tetris e o Zelda, e por isso mesmo o Kirby me tenha passado ao lado. O pequeno Kirby possui a mesma habilidade desde sempre: suga os seus inimigos e depois tem duas escolhas, ou cospe ou absorve as suas habilidades. Simples e extremamente eficaz, tudo o que o pobre Yoshi não consegue ser.
Mas vamos começar pelo inicio. E aqui temos um pequeno problema, eu não me lembro do objectivo do jogo, comecei a jogar e continuei a jogar sem pensar muito no meu objectivo final, focando-me apenas no mais urgente: apanhar as estrelas e os porta-chaves e chegar vivo ao fim do nível. Mas eu fui fazer uma pequena pesquisa para saber… não encontrei nada sobre isso, não é importante. O importante é jogar e chegar ao fim tentando apanhar o maior número de estrelas para desbloquear o “boss” final e pronto.
A jogabilidade em si é mesmo muito simples, é uma boa e simples plataforma com comandos muito simples (ao contrário do Yoshi com quem tínhamos de lutar para conseguir que fizesse o que queríamos) e com gráficos muito simpáticos. Pensei seriamente que o facto do nosso personagem ser uma bola cor-de-rosa o fosse tornar pesado e com pouca dinâmica, mas tal não acontece. O Kirby salta alto, anda depressa (ainda mais depressa se carregarmos duas vezes para a frente), come os seus inimigo e depois ainda tem mais um bom-bom: voa, ou flutua ou lá o que é. Não sabendo muito bem o que é, o que sei é que facilita e muito o jogo, o que para alguns pode tornar o jogo aborrecido, pois a maior “dificuldade” mesmo é a de morrer! A sério, demorei cerca de 10 níveis até morrer e foi porque caí num buraco. Eu pessoalmente não me importo nada que assim seja, às vezes sabe muito bem jogar qualquer coisa só com o intuito de chegar ao fim, e sem ter a frustração de morrer vezes sem conta e ter de voltar ao início e recomeçar para voltar a morrer… Já me chegou o primeiro Super Mario para Game Boy para uma vida inteira de frustrações.
Até agora para os fãs do Kirby nada de novo, ele sempre teve essas habilidades, but wait, there’s more! O Kirby agora tem 4 novas habilidades e a possibilidade de ficar Hypernova. Começando pelas habilidades: Beetle, Archer, Bell e Circus. Destas quatro apenas não achei muita piada ao Beetle, o Circus é mais tolo do que propriamente útil, o Bell ajuda muito na defesa e o Archer, como o nome indica, é muito bom para “arrumar” as coisas a longa distância. Quanto ao Hypernova é nos dado ao ínicio de determinados níveis e tem um poder destruidor incrível: absorve TUDO o que vê à frente, sejam inimigos ou árvores, ou pedras ou… enfim quase tudo o que está no ecrã. Torna o nível em si super fácil mas muito divertido.
Visualmente é muito bonito, com as cores tipicamente Nintendo aqui em jogo, com personagens simpáticas e todo ele muito virado para as crianças. Aliás, este jogo é muito para crianças: é simples, é bonito, tem uma banda sonora muito simpática e é muito fácil.
Bem, não há muito mais para dizer sobre o jogo excepto que para além do modo estória é possível ainda jogar mini-jogos (um pequeno jogo musical e um fighting game para jogar contra outros jogadores). Para além das estrelas que devem ser apanhadas para desbloquear os bosses é possível também apanhar diversos porta-chaves coleccionáveis.
O Kirby é uma lição para todos os que gostam de complicar (sim é para ti Yoshi). Às vezes mais vale simplificar, usar poucos botões e não “overthink it”. É simples, fácil, divertido e literalmente para toda a família (menos os cães e os gatos). E sim, vale a pena experimentar e empresar ao sobrinho pequenito, ele também vai adorar.