Passou um ano e meio desde o lançamento de Dragon Ball Xenoverse, que na altura foi uma autêntica revolução nos jogos da fantástica e famosa série Dragon Ball. Dragon Ball sempre conseguiu colar multidões aos ecrãs, e por mais que alguns digam que pouco ligavam a Songoku e amigos, a verdade é que a gazeta no secundário era muito comum nesse horário, os próprios bares das faculdades paravam quase por decreto pelas horas do anime, e o saudoso VHS estava sempre programado para a obrigatória gravação, de modo a não perdermos um único episódio.

Dragon Ball Xenoverse foi um sucesso de vendas, e basta passar por fóruns de críticas para notar as opiniões bastante positivas dos jogadores. E uma vez que a Dimps e a Bandai Namco Entertainment aparentemente tinham encontrado a formula do sucesso, era previsível que seria uma questão de tempo até surgir a sequela. E assim aconteceu, a 25 de Outubro saiu Dragon Ball Xenoverse 2, com várias novidades e sem fugir ao registo do anterior. Passemos então à análise.

O jogo começa com o nosso personagem a ser solicitado pela Kaioshin do Tempo para uma missão importantíssima, com destino a Conton, cidade conhecida no jogo anterior como “Toki Toki” e que teve um crescimento impressionante desde os últimos eventos em Dragon Ball Xenoverse. Ao contrário de Toki Toki, que estava dividida em 3 partes separadas por “loadings”, Conton é uma área totalmente aberta e podemos viajar livremente para qualquer local. A cidade é composta por 10 zonas: a Área da Recepção, Área de Compras, Ninho do Tempo, Pedestal do Dragão, Distrito do Cogumelo, Área de Namekusei, Floresta de Bambu, Distrito Comercial, Distrito de Férias/Casa de Kame, Escola Orange Star; sem esquecer as áreas alternativas e chamadas de Fendas Temporais (nestas já existe um pequeno loading) que são: Casa de Mr. Satan, Corporação Cápsula, Casa de Guru, Casa de Majin Boo, Espaçonave de Freeza.

As Fendas Temporais são uma das excelentes novidades deste Dragon Ball Xenoverse 2, proporcionando novos desafios, e se querem exemplos, podemos contar que na Casa de Mr. Satan temos missões com o Grande Saiyaman (Gohan e o seu ridículo alter-ego de super-herói), ou até como seguranças de Mr. Satan (Hércules como é conhecido em Portugal), e para conseguirmos o tão “desejado” trabalho vamos ter de passar por diversos desafios que o próprio Mr. Satan nos vai propondo. Na Corporação Cápsula o objectivo é treinar com Vegeta, cujas recompensas como devem imaginar vêm na aprendizagem de novas técnicas. Já na Casa de Guru teremos de defender o planeta Namek e encontrar bolas de cristais, com uma grande surpresa após concluirmos um determinado número de missões. Há também a Casa de Majin Boo, onde teremos de trazer comida e alimentar Majin Boo e a sua família, recebendo itens em troca. Por fim, na Espaçonave de Freeza o objectivo é entrar para o seu exército.

Outra das novidades é a Academia de Patrulheiros do tempo, e aqui temos a oportunidade de aprender diversos golpes e combos, encontrando Instructores ao longo da cidade, cada um com a sua técnica para ensinar e funcionam como os antigos mestres do Dragon Ball Xenoverse, a diferença é que agora estes estão espalhados pela cidade e podemos ter vários ao mesmo tempo. Desses instrutores podem escolher um mestre e tentar ganhar o seu respeito, o que acontecer irá causar que apareça em algumas missões para nos ajudar quando estivermos com dificuldades. Como é fácil de deduzir esses instrutores são os personagens da série.

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As Distorções Temporais são outra das novas experiências que podemos viver em Dragon Xenoverse 2, e consiste numa espécie de Boss que se pode jogar até 6 jogadores, bastando para isso criar uma equipa e entrar simplesmente na Distorção Temporal que foi aparecendo, com a opção de poderem repeti-la sempre que quiserem. Nestas missões as recompensas são bastante recompensadoras, sendo que a dificuldade também é maior, como é de esperar. Neste modo têm a possibilidade de joga-lo tanto online como offline.

O modo historia como é óbvio está relacionado com a série do anime, isto já acontecia no jogo anterior. Algumas sequências foram alteradas e adicionados novos vilões, infelizmente nota-se bastante que saltam algumas lutas épicas da historia como por exemplo Trunks do futuro a lutar com Cell na sua forma final ou a famosa transformação de Goku em super saiyan 3 na luta contra Majin Boo. Seja como for o modo história cumpre o seu objectivo e continua excelente, infelizmente, não é permitido jogá-lo no modo online com amigos.

Quanto às Missões Paralelas, funcionam exactamente da mesma maneira que no jogo anterior, isto é, vão sendo desbloqueadas conforme vamos avançando na história, e tanto podem ser completadas no modo online, como no offline, sendo uma excelente forma de jogarem em co-op com os vossos amigos. Além de que é igualmente uma excelente ajuda para conseguirem subir o nível do vosso personagem, ganhando novos equipamentos, técnicas e itens no processo. Convém também lembrar que podem sempre escolher até dois personagens para vos acompanhar nas missões, o que ajuda quando há vários adversários com os quais teremos de combater ao mesmo tempo. Se quiserem saber como desbloquear as missões paralelas podem consultar os artigos especiais no nosso espaço de truques e dicas, aqui.

Os combates são outra forma de se poderem divertir, e tal como nas missões paralelas, existe um modo online e outro offline. No modo offline podemos escolher uma de três opções: jogar contra o CPU (em jogos de 1×1, 2×2 e 3×3), lutar localmente contra os nossos amigos, e ainda um modo treino em que podemos testar os golpes aprendidos contra um adversário do CPU completamente estático. Já no modo online podem lutar contra amigos ou desconhecidos, escolhendo os mais variadíssimos personagens do mundo Dragon Ball, confirmando assim se estão em forma, ou se necessitam de um treino-extra e estarem convenientemente preparados no Torneio de Artes Marciais.

Os Torneio de Artes Marciais continuam a fazer parte do jogo, não me foi contudo possível testá-lo, verificando-se sempre impossível o registo de cada vez que tentei.

Para criarem o vosso personagem podem escolher entre cinco raças (Majin, Saiyan, Terraquio, Namekiano e a raça de Freeza). E se soa algo familiar para quem jogou o primeiro Dragon Ball Xenoverse, agora a novidade está na quantidade de opções que têm para personalizar o vosso herói, dando para alterar praticamente tudo o que quiserem, desde o formato e a cor dos olhos, assim como o cabelo, queixo, nariz, altura, largura, e muito mais.

Os Personagens Jogáveis são imensos e vão sendo desbloqueados conforme nos vão surgindo nas várias missões, sejam elas parte da história central, missões paralelas, ou mesmo outras que poderão encontrar pela cidade. Temos quase todos os personagens de Dragon Ball Z, Dragon Ball Super e Dragon Ball GT, ou seja, sem contar com as várias transformações, temos o incrível número de 85 personagens! Portanto, o que não faltará é por onde escolher. Lembramos no entanto, que quem fez a pré-reserva do jogo terá mais um personagem jogável, Goku Black, e os jogadores que compraram o Season Pass poderão jogar também com o Trunks do futuro.

Os vários itens do jogo, nomeadamente os de energia, de KI, de vigor, assim como as técnicas e claro, as bolas de cristal, podem ser apanhados durante a missão, ou no final, como recompensa, mas podem também comprá-los nas diversas lojas (à excepção das bolas de cristal). Há Sets para todos os gostos e com os mais variados tipos de bónus, com um destaque especial para a nova funcionalidade que permite criar itens para alterar um bónus que não seja do nosso agrado.

Outra das novidades implementadas é o novo tipo de moeda, na forma de medalhas que apanhamos em algumas missões, e mesmo não saindo com tanta frequência permite igualmente trocar por itens no jogo.

A jogabilidade é similar à de Dragon Ball Xenoverse, e os movimentos são bastante simples e soltos. O sistema de combate continua fenomenal e foram adicionados novos combos e golpes, o que torna a experiência ainda melhor. Infelizmente a área de combate não foi aumentada, significando que continua limitada e com as irritantes paredes invisíveis, o que por vezes prejudica o combate.

Graficamente o jogo foi melhorado, embora as alterações não sejam muito significativas em comparação com o jogo anterior. Faltou porém a adição da destruição de cenários, uma vez que apenas ficam destruído por segundos, voltando rapidamente ao normal. Ainda assim, as animações têm uma qualidade muito acima da média, deixando-nos mesmo perplexos quando comparamos com o anime.

Concluindo, Dragon Ball Xenoverse 2 é um jogo que não nos deixará certamente indiferentes, especialmente se forem fãs da serie. Caso não tenham o jogo anterior, arriscamos mesmo dizer que é indispensável na vossa lista de jogos. No entanto, caso já tenham jogado o Dragon Ball Xenoverse e por algum motivo não vos agarrou, então Dragon Ball Xenoverse 2 dificilmente vos fará mudar de ideias, dado que conserva os mesmos princípios do antecessor. Seja como for, é a continuação do divertimento do primeiro título da serie e muito resumidamente, Dragon Ball Xenoverse 2 é um jogo que vale realmente a pena ser jogado.

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Rui Gonçalves
Desde o tempo do seu Spectrum+2 128k que adora informática. Programador de profissão nunca deixou de lado os jogos, louco por RPGs e jogos de futebol. Adora filmes de acção e de ficção científica, mas depois de ver o Matrix nunca mais foi o mesmo.