Developer: Draw Distance
Plataforma: PC, Nintendo Switch
Data de Lançamento: 07 de novembro de 2019

Há uns bons anos estiveram muito na moda os jogos do tipo tower defense. Apesar de já não estar no topo dos gostos dos jogadores, a verdade é que este tipo de jogo abriu a porta a várias inovações no mundo dos videojogos, sendo que Ritual: Crown of Horns é um bom exemplo disso.

Desenvolvido pela equipa da Draw Distance, estamos perante um shooter em visão superior e em cenários 3D, num mundo Western em que a nossa personagem é Daniel Goodchild, um Cowboy reformado das forças armadas dos Estados Unidos. Daniel tornou-se, entretanto, um caçador de recompensas, e é agora contratado para investigar certos acontecimentos estranhos que, alegadamente, são causados por criaturas sobrenaturais.
Durante a investigação, Goodchild é morto por estas criaturas e uma bruxa vê nele um grande potencial e faz com que ele a ajude a eliminar estas criaturas ocultas. Para isso, temos que defender a bruxa enquanto ela está a realizar um feitiço. Até aqui tudo bem, porém, durante o processo de invocação, não podemos deixar que nenhuma criatura atrapalhe a bruxa; e posso desde já adiantar, que vão aparecer muitas mesmo. E até apenas três minutos, que à partida pode parecer que é pouco tempo, vão parecer uma eternidade. Estes monstros aparecem de tudo o que é sítio e teremos ter de usar as nossas armas e algumas habilidades que vamos aprendendo.

Logo no início, começamos equipados com um revólver e uma caçadeira, contudo, podemos equipar outras ao longo do jogo, assim que forem desbloqueadas. A habilidade que o personagem tem inicialmente é algo semelhante a um shuriken rodopiante, que está à nossa volta e elimina todas as criaturas que nos tocam. No início vai ser uma ajuda fundamental, aliás, digo mais: será imprescindível para o nosso sucesso.

Outras melhorias que podemos fazer é na roupa. É possível comprar roupa que nos trazem melhorias, facilitando a tarefa. Também podemos comprar acessórios, que tal como a roupa, vão oferecer vantagens e ajudas.

O jogo no início é muito divertido e acima de tudo desafiante – talvez demais no início –, mas com o tempo e com a prática, começamos a melhorar e a conhecer a mecânica do jogo, tornando-se assim um pouco mais fácil, todavia, desafiante ao mesmo tempo. Mas se no início é divertido, passado algum tempo apercebemo-nos do grande problema de Ritual: Crown of Horns, já que após alguns níveis, iremos sentir que apesar dos cenários serem diferentes a maneira de jogar é sempre a mesma e isso faz com que haja grandes probabilidades de se tornar enfadonho.

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A jogabilidade deste jogo é simples, mas é um pouco atrapalhada e nem sempre reage logo. Os comandos são fáceis de decorar dado que não há grandes combinações de teclas e são comandos intuitivos. O objetivo, como foi dito, será o de proteger uma bruxa que está a realizar feitiços durante um determinado tempo, mas durante esse tempo, várias criaturas virão determinados a atrapalhar a bruxa.

Graficamente este título não peca nada, pois conta com um visual muito bem elaborado e que está com um ambiente muito bem desenhado e muito bem trabalhado. Sem dúvida um dos pontos a favor deste jogo.

Outro ponto positivo é a banda sonora e os respectivos efeitos. Apesar de não ter uma banda sonora ampla, a que existe encaixa bastante bem no jogo, com músicas a lembrar o velho faroeste e um rock para dar energia a quem joga, no entanto, algumas também muito sombrias. Os efeitos sonoros estão muito bem implementados, principalmente os sons das armas quando disparam, que dependendo da arma que estejamos a usar, o som do disparo muda, como seria de prever.

Em suma, estamos perante mais um jogo Indie que apesar das suas fragilidades não deixa de ser um jogo divertido e curioso. E quem jogar Ritual: Crown of Horns vai com certeza sentir falta de um modo multiplayer, quer local, quer em rede; e sem dúvida que se existisse, diria que melhorava bastante a avaliação deste jogo. Mesmo assim, é um jogo que merece ser experimentado.

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Pedro Completo
Nascido no coração de Lisboa, este rapaz, nunca foi o mesmo a partir do momento em que o pai lhe ofereceu o primeiro Gran Turismo.Apaixonado por jogos de corridas, mas principalmente do Gran Turismo, comprou todos os jogos da saga até hoje. Dezanove anos depois, tem um novo amor, Forza Horizon...mas não esqueceu Gran Turismo.
ritual-crown-of-horns<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Grafismo bem trabalhado.</li> <li style="text-align: justify;">Efeitos sonoros realistas e com uma banda sonora adequada.</li> <li style="text-align: justify;">Divertido e desafiante.</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Alguns quebra-cabeças estão extremamente mal explicados</li> <li style="text-align: justify;">Falta de modo Multi-player.</li> <li style="text-align: justify;">No inicio, o grau de dificuldade é muito desafiante.</li> <li style="text-align: justify;">Após algum tempo de jogo, torna-se muito repetitivo</li> </ul>