Com quase vinte anos de vida, Mario Party é, certamente, uma das franquias mais celebradas da Nintendo. Com o poder quase infinito de tanto cimentar amizades para todo o sempre, como o de destruir relações de anos (momentaneamente, vá), é uma série que traz consigo a promessa de diversão partilhada. Será que ao fim de tantos anos Mario Party: Star Rush para a família de consolas Nintendo 3DS faz jus à saga-mãe?
Para começar, importa lembrar que Mario Party: Star Rush chega a Portugal menos de dois anos depois de Mario Party: Island Tour, sendo a primeira vez que a nipónica lança dois títulos da saga para a mesma consola portátil. Depois de uma aventura inicial que deixou algo a desejar, é evidente que Mario Party: Star Rush é superior ao seu antecessor.
Todos juntos!
O maior ponto a favor é a clara aposta em fazer uso de algumas das funcionalidades mais relevantes da consola, incluindo o suporte a figuras amiibo e, claro, a modalidade de jogo local. Sejamos sinceros, ainda que seja possível jogar sozinho, este jogo vive de uma experiência partilhada. Esta experiência pode ser feita tanto em modo download, como em modo local, sendo possível jogar em modo local com até quatro jogadores e apenas uma cópia do jogo. Para isso, basta que os jogadores convidados façam o download gratuito da aplicação Mario Party: Star Rush – Party Guest na Nintendo eShop.
Tabuleiros, moedas ou corridas?
Tal como o resto da saga, Mario Party: Star Rush continua a basear-se em mini-jogos. Contudo, para os jogadores que estejam à espera de mecânicas de jogo semelhantes ao costume para a saga, é melhor que se preparem para algumas novidades. Afinal, aquele tabuleiro maravilha a que nos habituámos ao longo dos anos, não existe mais. O evento principal do jogo é o “Toads ao Molho”; uma abordagem diferente ao jogo de tabuleiro habitual, em que assumimos o papel de um Toad (parte de um exército de Toads) que se movimenta com o propósito de derrotar o Bowser e recuperar as Estrelas roubadas.
Entre os restantes modos de jogo temos o Moedatlo, que é uma corrida por moedas, o Gamão do Mário, o Papa-Balões (que nos fez lembrar bastante o Mario Party 10 para a Wii U), o Recital Rítmico, o Puzzle do Bu, e, finamente, o único modo exclusivo para um jogador, a Torre do Desafio. De certa forma, quase podemos dizer que o título não foge à regra, sendo uma colecção de meta mini/micro-jogos. Cada evento é um jogo relativamente curto (com menos de uma hora de duração), cheio de mini-jogos de dois ou três minutos.
Ainda que a mecânica de jogo seja, em parte, semelhante ao habitual para a saga, Mario Party: Star Rush destaca-se pela positiva. Se é certo que nenhuma das aventuras de Mario Party para consolas portáteis foi particularmente bem recebida pela crítica, também é certo que este jogo corrige alguns erros do passado.
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O caminho é para onde quisermos
Mais rápido, com mais liberdade de movimento e mais imprevisível – são estas as grandes diferenças à vista. Ainda que alguns tempos de carregamento de jogo sejam um pouco mais lentos do que gostaríamos, é notável como acelerar o ritmo de jogo tem um impacto bastante positivo. Só é pena que a rapidez não se tenha traduzido em mais mini-jogos. Afinal, até os maiores amantes do estilo são capazes de se aborrecer ao fim de algumas horas. Se estiverem determinados a agarrar um Mario Party para a Nintendo 3DS, não se enganem: é mesmo este que devem agarrar.
Finalmente, gostávamos ainda de salientar o excelente trabalho da equipa de localização deste título, que passou a tratar o jogador por “tu” – algo que apreciámos particularmente tendo em conta o público-alvo e a informalidade do jogo.