A temporada 2022/2023 não traz certamente boas memórias, mas não deixou de ser importante para identificar os problemas que teriam de ser corrigidos para a época seguinte. E a verdade é que o Sporting e mais particularmente Ruben Amorim parecem ter aprendido com os erros, melhorando a equipa naquilo que era mais urgente.
Uma planificação mais assertiva desta temporada levou a que actualmente os leões sejam líderes do campeonato sem derrotas. Contratações como Hjulmand e principalmente Gyokeres foram claramente reforços, e tornaram o Sporting mais forte, deixando-o mais preparado para os vários momentos do jogo. Segue-se uma visita ao Estádio da Luz, onde chegam visivelmente num melhor momento, e com a oportunidade aumentar a vantagem que têm de três para seis pontos.
Adán – Guarda-Redes Líbero (Apoiar)
Nuno Santos – Ala Completo (Atacar)
Gonçalo Inácio – Defesa Com Bola (Defender)
Coates – Defesa Central (Defender)
Diomandé – Defesa Com Bola (Defender)
Fresneda – Ala Completo (Atacar)
Morita – Médio Área-a-Área (Apoiar)
Hjulmand – Médio Área-a-Área (Apoiar)
Pedro Gonçalves – Extremo Invertido (Atacar)
Gyokeres – Avançado Completo (Atacar)
Edwards – Extremo Invertido (Atacar)
Com Posse de Bola
Embora seja um 5-2-3 no papel, a Mentalidade Atacante encaixa bem neste Sporting, especialmente pelo impacto que Gyokeres tem no último terço. É uma equipa muito mais incisiva quando recupera a bola, em particular no momento de organização ofensiva, que foi um dos grandes problemas do ano anterior.
No entanto, foi na temporada transacta que se viram os primeiros sinais de que o Sporting pretendia ter um futebol mais dominador, sobretudo internamente. E foi um ano de crescimento, estabelecendo algumas das bases que tiveram alguma continuidade esta época. É um modelo de jogo mais abrangente, e que deu, para já, uma boa entrada no campeonato.
Em Transição
O contra-ataque continua a ser um dos grandes trunfos do modelo do jovem treinador português, que pode ser verdadeiramente diabólico quando dão espaço a um dos três jogadores da frente para conduzirem até à área. É uma equipa que se sente também confortável quando o jogo está mais caótico, não se importando de partir o jogo quando sente que pode tirar alguma vantagem dessa circunstância.
Tenta igualmente uma pressão ligeiramente mais alta, graças à capacidade física de Gyokeres, o que lhe proporciona muitas vezes causar o erro do adversário no seu meio-campo defensivo. Tem, ainda assim, algumas falhas de concentração, o que se reflecte em especial no momento de transição defensiva, onde a equipa tem mostrado alguns aspectos que terão de ser melhorados.
Sem Posse de Bola
Em organização defensiva, a linha defensiva constituída por cinco jogadores continua a ser uma forte arma do sistema de Ruben Amorim, defendendo bem em largura. Defende agora um pouco mais alto no campo, o que lhe dá a vantagem de recuperar a bola mais longe da sua baliza, mas, por outro lado, exige um maior rigor dos seus atletas mais recuados.
Apresenta algumas dificuldades quando deixa o adversário enquadrar perante a linha defensiva, nem sempre acertando na coordenação que é necessária para controlar a profundidade. No entanto, deixa de ser um passo natural dentro de um modelo que, à imagem do seu treinador, está a crescer e a adaptar-se.
Notas:
– Guarda-redes e lateral direito devem ser prioridades nas contratações
– Bom valor médio de xG
– Importante gerir bem a condição física de alguns jogadores
Ruben Amorim parte para mais uma época ao comando do Sporting e parece levar os adeptos do Sporting a acreditar novamente de que este poderá ser um ano feliz. Em vésperas de uma visita à Luz, embora não seja um jogo decisivo, é evidente o peso que uma vitória poderá ter, para catapultar a equipa para um patamar de confiança que parece ainda não ser inteiramente consistente.