A Nintendo fez aquilo que melhor sabe, reinventou um jogo, dando-lhe aquele toque próprio da marca que tão bem sabe fazer. Mas nos dias de hoje será isto suficiente?

Antes demais o que é Splatoon?

Bom é um jogo de de acção, mas de acção à Nintendo, não há sangue a pintar o cenário, não há headshots perfeitos, não há drones a funcionar como perks, mas há furacões de tinta a cair. Há tinta a voar por todo o lado, há um objectivo que não é destruir os inimigos, é quanto muito capturar, não a bandeira, mas todo o cenário dando-lhe a nossa cor. Claro que existe uma equipa inimiga que quer fazer o mesmo que nós e contra a qual teremos de lutar, mas isso faz parte da competição.

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Ao chegarmos a Inkopolis pela primeira vez somos brindados com as estrelas pop Calli e Marie, que nos explicam o que podemos encontrar nesta cidade que funciona como Hub, aqui consoante o nosso nível podemos comprar diversos equipamentos, e aceder aos vários modos de jogo, ao modo single player, ou a grande estrela deste jogo o modo online. O acesso é simples basta dirigirmo-nos aos sítios respectivos, ou tocando no nosso Wii GamePad, nos atalhos existentes. Neste hub podemos também encontrar outros jogadores que vão preenchendo os servidores de jogo, com os quais podemos  interagir, mas de um forma muito, mas muito limitada. Podemos apenas gostar de uma publicação deles no miiverse ou verificar qual o equipamento que usam e se gostarmos do mesmo encomendá-lo ao nosso amigo sombrio que nos arranja de alguma forma algum desse material.

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Infelizmente isto é o que podemos fazer no que toca a interagir com outros jogadores, não podemos mandar mensagens, não podemos falar com eles, nem iniciar uma partida específica com os mesmos. E talvez por esta falta de actividade, acabamos por passar pouco tempo aqui.

Mas passemos mesmo ao que interessa à acção frenética de jogo e essa Splatoon tem para dar e vender.

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Localmente podemos partir a aventura contra os terríveis polvos, lutando pela liberdade do PeixeGato gigante que em tempos fez parte do cenário de Inkopolis, aí teremos vários cenários onde iremos perder algum tempo, apesar de não muito devido a longevidade curta deste modo, mas que será útil para aprenderem também algumas coisas básicas da jogabilidade de Splatoon. Quem terminar este modo será também recompensado para o multijogador mas isso terão de terminar e descobrir, mas para os que chegam pela primeira vez a Inkopolis, vale a pena o modo história acreditem.

Ainda em modo local poderão tentar os desafios amiibo, onde revisitam os cenários da aventura, mas com desafios específicos, ligados a armas especificas como o Rolo de Tinta usando o amiibo de Rapaz Lula, ou a Sniper de Tinta usando a Rapariga Inkling.

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Mas estes são desafios para jogar sozinho, e como rapidamente descobrimos, Splatoon precisa de mais pessoas de mais tinta a voar, e para isso ainda em modo local podemos fazer combates desafiantes de 1vs1 onde um jogador usa o GamePad onde toda a acção fica no nosso ecrã,  e o outro jogador usa a combinação Pro Controller e televisão. Aqui o objectivo é rebentar o maior numero de balões em partidas de dois minutos, e onde além da jogabilidade, é de valor o uso dado à combinação TV+Gamepad, uma combinação que queremos ver em mais jogos cara Nintendo. Uma pequena coisa que seria interessante seria levar esta experiencia de dois jogadores para o Online, um pouco como acontece em Mario Kart onde podemos fazer corridas com mais amigos alguns online e alguns no sofá.

Mas tirando isso, estes dois modos serão uma grande preparação para o grande modo que é o Online, primeiro nas Turf Wars, e depois nas Ranked Battles.

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O Turf Wars como já disse consiste em pintar o cenário todo, em batalhas de 4vs4 durante 3 minutos, em equipas aleatórias, isto porque ao fim da cada partida as equipas são misturadas para que não haja equipas mais fortes. Isto faz com que apesar de sermos uma equipa seja desenvolvida uma estratégia individual, mais ainda forçada pela não existência de voice chat, mas honestamente não sentimos assim tanta falta do mesmo. Nestas lutas quer sejam vencedores ou vencidos ganham pontos que podem gastar nas lojas que encontramos em Inkopolis no hub principal do jogo.

Um pequeno pormenor que irão reparar é que enquanto esperam que o jogo comece e as equipas sejam formadas, podem jogar um pequeno jogo no vosso Game Pad, um mini game que vos ajudará a passar o tempo entre partidas, isto porque após entrar neste lobby onde se reúnem os jogadores não podem sair, ou mudar de armas ou equipamento, o que nos parece a nós um ponto a mudar.

As Ranked Battles consistem também em pintar o cenário mas de uma forma diferente, aqui teremos de controlar certas áreas do cenário com as cores da nossa equipa, podemos dizer que aqui sim é o modo mais hardcore de jogo, tem de haver um maior planeamento, e aqui já se sente mais quais as melhores armas a usar em cada situação. Enquanto nas Turf Wars a sniper não é muito útil pois pinta pouca área, aqui nas Ranked Battles é crucial para proteger a nossa área.

Seja qual for o modo de jogo de tempos a tempos existem os Splatfest! Aqui escolhemos um lado da batalha em perguntas simples, como Rock ou Pop, depois de escolhido o lado da batalha, vestimos a camisola (efectivamente) e todos os pontos que fizermos durante o fim de semana do Splatfest, serão para a equipa decidindo assim que equipa vence, e a equipa vencedora recebe prémios que só aqui pode conseguir, as míticas Sea Shells, que servem para fazer upgrade ao nosso equipamento.

Tudo isto é o que podem encontrar em Splatoon, mas tudo isto seria nada sem o fantástico gameplay em que a Nintendo apostou.

O movimento das personagens faz-se em duas formas, ou és um humanoide, e corres, com as limitações que isso implica, e disparas para todo o lado usando o Gamepad para apontar, pintando assim todo o cenário, ou ao toque de um botão transformas-te numa Lula, mergulhando na tinta da tua cor, movimentando-te muito mais rápido, e surpreendendo os inimigos com essa velocidade.

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A utilização do gamepad é intuitiva, se nos primeiros momentos pode parecer estranho a adaptação a mover o comando para apontar, a verdade é que com pouca habituação, o facto de podermos ter esta “liberdade” de mira nos dá muito mais gozo e diversão quando estamos no meio de uma batalha. Usando o comando para fazer mira permite-nos concentrar totalmente no movimento, e assim sendo tornando a mobilidade a nossa primeira prioridade.

Splatoon é um jogo genial dos melhores e mais inovativos dos últimos tempos, saído das mentes brilhantes da Nintendo, mas não deixa de ser um jogo com alguns pormenores que podem ser ainda vistos, um exemplo é o uso de amiibo, que é um pouco como DLC fisico, pois desbloqueia áreas que não é possível jogar sem a compra dos pequenos bonecos, outro uso que poderiam dar seria tão simples como usar o amiibo do Mario para por exemplo desbloquear o famoso chapéu, que seria algo que não iria interferir com o jogo mas dando acesso extra a elementos a quem tem o amiibo respectivo.

Splatoon é uma festa e é a certeza de que a Nintendo continua a fazer aquilo que sabe melhor, divertir os jogadores.

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